Vetos do governador são recebidos oficialmente em Plenário

Cinco vetos do governador Antonio Anastasia a proposições de lei aprovadas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerai...

02/02/2011 - 00:04
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Vetos do governador são recebidos oficialmente em Plenário

Cinco vetos do governador Antonio Anastasia a proposições de lei aprovadas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais no fim de 2010 foram recebidos oficialmente em Plenário durante a Reunião Ordinária realizada nesta quarta-feira (2/2/11).

O governador vetou totalmente a Proposição de Lei 20.324, originária do Projeto de Lei (PL) 684/07, do deputado Weliton Prado (PT), que obriga os fornecedores de serviços que atendem mais de 10 mil consumidores a instalar postos de atendimento nos municípios onde eles tiverem mais de mil clientes. Além disso, a proposição proíbe esses fornecedores de manterem exclusivamente meio de atendimento telefônico ou eletrônico, sem oferecer atendimento pessoal a seus clientes.

Também foram vetadas totalmente as Proposições de Lei 20.333 e 20.342. A primeira, originária do PL 3.777/09, do deputado Ruy Muniz (DEM), autoriza doação de imóvel do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) ao município de Congonhal (Sul de Minas). A segunda, que teve origem no PL 4.249/10, do deputado Delvito Alves (PTB), autoriza doação de imóvel do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) em Unaí (Noroeste de Minas).

Já a Proposição de Lei Complementar 123, que trata da punição do assédio moral no serviço público estadual, foi vetada parcialmente. O governador vetou artigos como o que inclui os militares nas disposições da lei. Também foram vetadas definições de assédio moral que foram consideradas contrárias ao interesse público. O restante da proposição, originária do PLC 45/08, dos deputados Sargento Rodrigues (PDT) e André Quintão (PT), foi transformado na Lei Complementar 116.

Também foi vetada parcialmente a Proposição de Lei 20.345, que dispõe sobre a adoção do juízo arbitral para a solução de litígio em que o Estado seja parte. Foram vetados dois dispositivos: um com o objetivo de assegurar proteção ao sigilo comercial ou industrial; e outro que estabelece prazo de 180 dias para o juiz pronunciar a sentença arbitral. O restante da proposição, que teve origem no PL 4.462/10, da Comissão Especial da Arbitragem, foi transformado na Lei 19.477.

Os deputados terão 30 dias corridos, contados a partir desta quinta-feira (3), para analisar esses cinco vetos. Após esse prazo, eles passam a sobrestar a pauta do Plenário, impedindo que qualquer outra proposição seja analisada. Esse prazo vence em 4 de março, véspera do Carnaval, adiando para o dia 10 de março o início desse trancamento da pauta.

Outras mensagens - Também foram recebidas na Reunião Ordinária desta quarta-feira (2) três mensagens do governador encaminhando projetos de lei de denominação de escolas estaduais. Outra mensagem encaminha para análise da ALMG a indicação de Antônio Abrahão Caram Filho para a presidência da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário (Arsae-MG).

Reunião marcada por embate entre oposição e governo

A primeira Reunião Ordinária da 17a Legislatura foi marcada pelo embate entre deputados da oposição e do governo em torno das leis delegadas editadas pelo governador Antonio Anastasia em janeiro. O deputado Rogério Correia (PT), líder do bloco que reúne PT, PMDB, PCdoB e PRB, foi à tribuna para criticar as leis delegadas.

O parlamentar não concorda com as alterações promovidas por meio dessas leis, como a criação da Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo e do Escritório de Prioridades Estratégicas, as mudanças na estrutura administrativa do Estado sem discussão com a sociedade e a criação de 1.300 cargos no Poder Executivo, que vão custar R$ 53 milhões ao ano, segundo Rogério Correia. "A criação de cargos e secretarias foi um arranjo para manter unificada a base de governo, e quem paga a conta é o erário", afirmou.

O deputado Sávio Souza Cruz (PMDB) criticou o que ele chama de censura econômica à imprensa mineira, por meio de investimentos publicitários em jornais, rádios e TVs. Segundo o parlamentar, durante a gestão Aécio Neves foram gastos R$ 1 bilhão em publicidade oficial do Estado, dinheiro suficiente para realizar uma obra do porte da Cidade Administrativa. "Esse volume de dinheiro foi usado para distorcer a opinião pública em nome de um projeto pessoal de poder, contrário aos interesses de Minas", criticou.

Os deputados do bloco de oposição, que deve ser batizado de Minas Sem Censura, querem que a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, seja chamada para prestar esclarecimentos sobre as mudanças promovidas pelas leis delegadas. O deputado Rogério Correia informou que apresentou requerimento para que ela compareça em Plenário, uma vez que a formação das comissões pode demorar algumas semanas. O presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), disse que vai fazer uma análise criteriosa desse requerimento.

Quem saiu em defesa do governo foi o deputado João Leite (PSDB). Ele rebateu as acusações da oposição argumentando que a verba publicitária despendida pelo Governo do Estado em oito anos equivale à despesa com publicidade do Governo Federal em um ano. Ele lembrou também que o governo do PSDB comparece todos os anos à Assembleia para discutir o Orçamento do Estado e o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG). "O Governo do Estado dá toda a atenção ao Poder Legislativo, diferentemente do Governo Federal, que governa por medidas provisórias", criticou.

Despedida - A reunião teve ainda discurso do deputado Carlos Pimenta (PDT), que se despede da ALMG para assumir a Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego. Ele agradeceu seus colegas de partido, eleitores e prefeitos aliados, e disse que vai batalhar para a qualificação de mão de obra para suprir a crescente demanda da economia mineira. Ele recebeu manifestações de apoio dos deputados Sargento Rodrigues (PDT), Doutor Viana (DEM), Elismar Prado (PT), Liza Prado (PSB), Tenente Lúcio (PDT) e Gustavo Perrella (PDT).

Já o deputado Rômulo Viegas (PSDB) foi à tribuna para cobrar a transferência de recursos federais para os Estados e municípios e também uma solução para evitar acidentes no Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Em aparte, o deputado Vanderlei Miranda (PMDB) defendeu a proibição do tráfego de caminhões pesados na via nos horários de pico e a redução do limite de velocidade desses veículos para 20 km/h. "O Anel Rodoviário se tornou uma incógnita. Não sabemos se sairemos dele com vida", comentou.

Comunicados - Durante a reunião, foi lida comunicação do governador indicando o deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB) para líder do Governo na ALMG. Também foram informadas as indicações de Rogério Correia para líder do bloco PT/PMDB/PCdoB/PRB; de Tenente Lúcio para líder do PDT; e de Tiago Ulisses para líder do PV.

Também foram informados os afastamentos dos deputados Carlos Pimenta, que vai ocupar a Secretaria de Estado do Trabalho; Lafayette de Andrada (PSDB), que será secretário de Estado de Defesa Social; e Gil Pereira (PP), que vai para a Secretaria de Estado para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas.

 

 

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