Orçamento de 2011 está pronto para ser votado em Plenário

Está pronto para ir ao Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em turno único, o Projeto de Lei (PL) 4.89...

16/12/2010 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Orçamento de 2011 está pronto para ser votado em Plenário

Está pronto para ir ao Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em turno único, o Projeto de Lei (PL) 4.895/10, do governador, que contém o Orçamento do Estado para 2011. Em reunião realizada na noite desta quinta-feira (16/12/10), a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), ampliada com a participação de membros das comissões permanentes, aprovou o parecer do relator, deputado Zé Maia (PSDB), sobre a matéria. Ele opina pela aprovação do PL 4.895/10 com 467 emendas e 39 subemendas. O projeto deverá ser votado em Reunião Extraordinária de Plenário nessa sexta-feira, 17. O encerramento do ano legislativo depende da aprovação do Orçamento.

O projeto do governador prevê receitas e despesas no valor de R$ 44.998.615.907,00. Em valores nominais, estima-se crescimento de 9,45 % na receita de 2011 em relação à de 2010. Para elaborar a peça orçamentária, o Governo do Estado utilizou como parâmetros crescimento do PIB de 5,5% e inflação de 4,5% em 2011.

A receita tributária representa 75,70% da receita total e tem como principal componente o ICMS (82,36% da receita tributária), segundo estimativa de arrecadação para 2010, mais as variações anuais previstas da taxa de inflação com base no IPCA (4,5%) e PIB. Em valores nominais, estima-se um crescimento de 16,56% na receita tributária de 2011 em relação a 2010, com a arrecadação de ICMS devendo chegar a R$ 28 bilhões.

Emendas - O PL 4.895/10 recebeu 689 emendas (excluídas aquelas apresentadas pelo relator). Entre elas, 60 são originadas de propostas da população, apresentadas nas audiências de revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2008-2011. Das 689, 425 foram aprovadas na forma proposta e 39 na forma de subemendas. Outras 225 foram rejeitadas. O relator apresentou, ainda, 42 emendas.

As emendas parlamentares, incluídas as do relator, destinam-se a investimentos em áreas diversas, como: reforma de escolas; construção de quadras de esporte; aquisição de viaturas de polícia; pavimentação de estradas; fortalecimento e melhoria da qualidade dos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS); assistência social; inclusão e promoção social das pessoas com deficiência; operacionalização de conselhos vinculados à Subsecretaria de Trabalho, Emprego e Renda; estímulo à promoção cultural; apoio à infraestrutura e eventos do agronegócio; construção, ampliação, reforma e aparelhamento de unidades da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg).

Educação e saúde - O parecer do deputado Zé Maia destaca que os recursos previstos nas funções educação (27,86%) e saúde (14,59%) e nas ações de amparo e fomento à pesquisa (1%) obedecem à Constituição do Estado e à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) quanto à aplicação mínima de recursos nessas áreas. Excluída a função "encargos especiais", que inclui o pagamento de juros da dívida, as funções com maior peso na composição da despesa são previdência social (13,65%), segurança pública (12,92%), educação (11,74%) e saúde (10,98%).

Ainda segundo o relator, a comparação com os exercícios anteriores mostra o incremento substancial nos gastos com as funções assistência social, previdência social, saúde, energia e urbanismo. Por outro lado, algumas funções tiveram redução de recursos quando se compara a previsão para 2011 com os anos anteriores, com destaque para agricultura, comércio e serviços, habitação e transporte.

Na assistência social, dos R$ 230,8 milhões de recursos previstos, R$ 49,6 milhões são destinados à implantação do Projeto Travessia; R$ 75 milhões à Poupança Jovem e R$ 40 milhões à implantação do Sistema Único de Assistência Social (Suas). No Fundo para a Infância e a Adolescência (FIA), os recursos somam R$ 8,06 milhões. Na saúde, dos R$ 4,942 bilhões de recursos previstos, R$ 2,641 bilhões estão alocados na assistência hospitalar e ambulatorial, R$ 861,12 milhões na atenção básica e R$ 115,31 milhões no suporte profilático e terapêutico.

Os investimentos previstos na função energia somam R$ 100,211 milhões (33% superiores ao valor aprovado para 2010), dos quais R$ 100,010 milhões (99,8%) são destinados à universalização do acesso à energia elétrica no campo. Na função urbanismo, dos R$ 104,742 milhões previstos, R$ 87,642 milhões estão alocados na infraestrutura urbana.

Gastos com pessoal - Dos R$ 44,998 bilhões de despesa fixada no Orçamento de 2011, 87,17% são despesas correntes; 11,8%, despesas de capital; e 1,03%, reserva de contingência.

No grupo das despesas correntes, aquelas com pessoal e encargos sociais, no montante de R$ 19,3 bilhões, são as mais representativas. A projeção dessa despesa foi feita com base na folha de abril de 2010, com crescimento vegetativo de 1,83% ao ano. A esse valor foram agregados recursos destinados a reajustes autorizados, bem como aqueles necessários à cobertura de despesas decorrentes do preenchimento de cargos por concurso público. Foram excluídas as despesas com obrigações patronais, atendendo a portaria interministerial.

Em valores nominais, há um crescimento de 16,18% dos gastos com pessoal e encargos sociais em relação à despesa orçada de 2010. A participação desse grupo de despesa na despesa total do Estado passou de 40,53%, em 2010, para 43,03%, em 2011.

Outras despesas - O parecer do deputado Zé Maia destaca outros números das despesas correntes que, somados, representam 44,15% da despesa total estimada para 2011:

* Juros e encargos da dívida: R$ 1,672 bilhões

* Transferências constitucionais aos municípios: R$ 8,673 bilhões

* Outras despesas correntes: R$ 9,519 bilhões, destinados basicamente ao custeio operacional dos órgãos e entidades da administração pública estadual.

Investimentos são inferiores aos previstos para 2010

Outro número relevante do Orçamento de 2011 é o de investimentos gerais, no valor de R$ 3,030 bilhões, inferior em 10,78% à previsão orçamentária para 2010. O parecer da Comissão de Fiscalização Financeira mostra dados do Governo que atestam redução na capacidade de investimento do Estado, representando 6,74% do total da despesa fiscal em 2011 contra 8,58% em 2010 e 9,25% em 2009.

Outros R$ 5,99 bilhões serão investidos por meio das empresas estatais, principalmente Copasa e Cemig, dirigidos para projetos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e abastecimento de água, sistema de esgoto e saneamento ambiental. Já a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) estima em R$ 421,240 milhões o montante de investimentos previstos para 2011. Desse total, 60,70% são destinados à função "indústria", para a implantação e otimização de áreas industriais planejadas, e 33,2% são relativos à execução de obras complementares na Cidade Administrativa do Estado.

Além dos investimentos, compõem a despesa de capital as inversões financeiras (R$1,1 bilhão, sendo 93,51% reservados aos fundos) e a amortização da dívida (R$ 1,17 bilhão, sendo 95,08% relativos à dívida contratada interna).

Outros números - No projeto do Orçamento de 2011, a reserva de contingência está fixada em R$ 461,477 milhões, equivalente a 1,36% da recente corrente líquida. Esse montante atende ao limite mínimo de 1,% estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para essa rubrica.

As despesas com amortização e serviço da dívida estão orçadas em R$ 2,852 bilhões (6,34% da despesa total). A amortização consome R$ 1,17 bilhão e o serviço da dívida (juros e outros encargos), R$ 1,672 bilhão.

A meta de superávit primário é de R$ 2,8 bilhões; e as receitas de capital somam R$ 1,274 bilhão (2,83% do total da receita prevista). As operações de crédito, amortização de empréstimos e transferências de convênios são seus principais componentes.

Relator aponta elevada rigidez orçamentária

Dos R$ 44,998 bilhões de receita previstos para 2011, 52,15% (R$ 23,468 bilhões) são recursos ordinários livres do Estado. As receitas restantes (alienação de ativos; transferências da União, multigovernamentais, de convênios e constitucionais aos municípios) referem-se a recursos vinculados, o que demonstra, segundo o relatório do deputado Zé Maia (PSDB), "elevado grau de rigidez orçamentária". As transferências da União contribuem com 12,15% da receita total.

A mesma rigidez é apontada pelo relator no que diz respeito às chamadas "despesas incomprimíveis", que somam R$ 38,766 bilhões (86,15% da despesa total). O parecer destaca que esse número revela dificuldades para eliminar possíveis déficits nominais no decorrer da execução orçamentária de 2011. As despesas incomprimíveis são aquelas que não podem ser reduzidas, em decorrência de repartições ou vinculações constitucionais de receitas ou de difícil redução em função de sua essencialidade (exemplos: despesas com recursos vinculados; juros e encargos da dívida; amortização; pessoal e encargos sociais - recursos não vinculados).

Conclusão do parecer - O parecer do relator opinou pela aprovação do PL 4.895/10 com as emendas nºs 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 52, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 100, 101, 102, 104, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 144, 145, 146, 148, 149, 150, 151, 152, 153, 154, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 161, 162, 163, 164, 165, 166, 167, 168, 169, 170, 171, 172, 173, 174, 175, 176, 177, 178, 179, 180, 181, 182, 183, 184, 185, 186, 189, 190, 191, 196, 197, 198, 199, 200, 201, 202, 203, 204, 205, 206, 207, 212, 213, 214, 215, 216, 217, 218, 219, 220, 224, 225, 226, 227, 228, 229, 230, 231, 232, 233, 234, 235, 236, 237, 238, 239, 240, 241, 242, 243, 244, 245, 246, 247, 248, 249, 250, 251, 252, 253, 254, 255, 256, 257, 258, 259, 260, 261, 262, 263, 264, 265, 266, 267, 268, 269, 270, 271, 272, 277, 278, 279, 280, 281, 282, 283, 284, 285, 286, 287, 288, 289, 290, 291, 292, 293, 294, 295, 296, 297, 298, 299, 300, 301, 302, 303, 304, 305, 306, 307, 308, 309, 310, 311, 373, 374, 375, 376, 377, 378, 379, 380, 381, 382, 383, 384, 386, 387, 388, 389, 391, 393, 394, 395, 396, 397, 398, 399, 400, 401, 403, 404, 405, 406, 407, 408, 409, 410, 411, 491, 492, 493, 494, 495, 496, 497, 498, 499, 505, 506, 510, 511, 515, 516, 517, 518, 519, 520, 521, 522, 523, 524, 525, 526, 527, 528, 529, 530, 531, 532, 533, 534, 553, 554, 563, 582, 584, 585, 586, 587, 588, 589, 590, 591, 592, 593, 594, 596, 597, 598, 599, 600, 601, 607, 608, 609, 610, 611, 612, 618, 619, 620, 621, 622, 623, 624, 625 e 627 apresentadas por parlamentares; com as emendas nºs 638, 639, 640, 641, 642, 643, 644, 645, 646, 647, 648, 649, 650, 651, 652, 653, 654, 655, 656, 657, 658, 659, 660, 661, 662, 664, 665, 666, 667, 668, 669, 670, 671, 672, 673, 674, 676, 677, 678, 679, 680, 681, 682, 683, 684, 685, 686, 687, 688, 689, 690, 691, 692, 693, 694, 695, 696 e 697 apresentadas pela Comissão de Participação Popular; com as emendas nºs 698 a 739 e as subemendas nº 1 às emendas nºs 43, 44, 45, 46, 47, 48, 50, 53, 80, 103, 129, 187, 188, 192, 193, 194, 195, 385, 501, 512, 513, 514, 564, 565, 566, 567, 568, 569, 570, 571, 572, 578, 579, 580, 581, 626, 628, 663 e 675 apresentadas pelo relator; e pela rejeição das emendas nºs 8, 28, 29, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 49, 51, 54, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 147, 221, 222, 223, 273, 274, 275, 276, 312, 313, 314, 315, 316, 317, 318, 319, 320, 321, 322, 323, 324, 325, 326, 327, 328, 329, 330, 331, 332, 333, 334, 335, 336, 337, 338, 339, 340, 341, 342, 343, 344, 345, 346, 347, 348, 349, 350, 351, 352, 353, 354, 355, 356, 357, 358, 359, 360, 361, 362, 363, 364, 365, 366, 367, 368, 369, 370, 371, 372, 392, 413, 414, 415, 416, 417, 418, 419, 420, 421, 422, 423, 424, 425, 426, 427, 428, 429, 430, 431, 432, 433, 434, 435, 436, 437, 438, 439, 440, 441, 442, 443, 444, 445, 446, 447, 448, 449, 450, 451, 452, 453, 454, 455, 456, 457, 458, 459, 460, 461, 462, 463, 464, 465, 466, 467, 468, 469, 470, 471, 472, 473, 474, 475, 476, 477, 478, 479, 480, 481, 482, 483, 484, 485, 486, 487, 488, 489, 490, 500, 502, 503, 504, 507, 508, 509, 536, 537, 538, 539, 540, 541, 542, 543, 544, 545, 546, 547, 548, 549, 550, 551, 552, 555, 556, 557, 558, 559, 560, 561, 562, 573, 574, 575, 576, 577, 583, 595, 602, 603, 604, 605, 606, 613, 614, 615, 616, 617, 629, 630, 631, 632, 633, 634, 635, 636 e 637. As emendas nºs 43, 44, 45, 46, 47, 48, 50, 53, 80, 103, 129, 187, 188, 192, 193, 194, 195, 385, 501, 512, 513, 514, 564, 565, 566, 567, 568, 569, 570, 571, 572, 578, 579, 580, 581, 626, 628, 663 e 675 ficam prejudicadas pela aprovação das respectivas subemendas. As emendas nºs 208, 209, 210, 211, 390, 402, 412 e 535 foram retiradas pelos seus autores.

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente; Jayro Lessa (DEM), vice-presidente; Adelmo Carneiro Leão (PT), Inácio Franco (PV), Lafayette de Andrada (PSDB), Tiago Ulisses (PV) e deputada Rosângela Reis (PV).

 

 

 

 

 

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