Relator distribui cópias de parecer sobre o projeto de revisão do PPAG

A Comissão de Fiscalização Financeira ampliada, com membros das demais comissões permanentes da Assembleia Legislativ...

16/12/2010 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Relator distribui cópias de parecer sobre o projeto de revisão do PPAG

A Comissão de Fiscalização Financeira ampliada, com membros das demais comissões permanentes da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deve se reunir às 21h30 desta quinta-feira (16/12/2010), para apreciar o parecer sobre o PL 4.894/10, que traz a revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2008-2011. O relator do projeto do governador, deputado Lafayette de Andrada (PSDB), distribuiu cópias de seu relatório durante reunião nesta tarde, que deve ser votado à noite. O PPAG 2008-2011, que passa por seu último processo de revisão anual, tem investimentos programados de R$ 4,8 bilhões em seus projetos estruturadores.

O PL 4.894/10 recebeu 225 emendas, sendo 143 formuladas por parlamentares individualmente (nºs 1 a 143) e 82 de autoria da Comissão de Participação Popular (nºs 144 a 225), originadas de propostas populares colhidas durante as quatro audiências públicas realizadas pela Assembleia para a revisão do plano, no segundo semestre deste ano. Em Minas, tanto a elaboração quanto as revisões anuais da lei do PPAG ocorrem de forma participativa, por meio de audiências promovidas pela ALMG e pelo Governo, com a intervenção direta da sociedade.

O que é - O PPAG é uma lei que estabelece objetivos e metas da administração pública para um período de quatro anos, com a previsão dos gastos em áreas como saúde, educação, segurança e meio ambiente. A revisão deste ano, assim como as anteriores, busca incorporar os ajustes necessários para o cumprimento do que foi definido no Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) e no próprio plano, com reflexos diretos no Orçamento de 2011.

Confira o conteúdo das sugestões populares acatadas pelo relator

O relator opinou pela aprovação do projeto com várias emendas: duas propostas por parlamentares (as de nºs 10 e 37); 64 apresentadas pela Comissão de Participação Popular; e 65 (as de nºs 226 a 290) apresentadas por ele próprio. Além dessas, 30 emendas tiveram parecer pela aprovação na forma de subemendas e outras 120 pela rejeição, por não serem pertinentes ao planejamento do Estado ou acarretarem grande impacto orçamentário. Em seu parecer, Andrada destacou a importância dos debates sobre o planejamento estadual pelos deputados: "A tramitação do PPAG pela Assembleia confere a esse processo uma dimensão política, essencial para que as escolhas de governo sejam transparentes e fundamentadas."

Entre as propostas populares incorporadas, destacam-se aquelas que propõem revisão de valores destinados a vários órgãos, para fortalecimento de políticas públicas, por meio da revisão de metas físicas e financeiras de ações já previstas ou da inclusão de novas ações. Entre os exemplos de propostas populares, está o da emenda 152, que amplia a meta financeira da ação "Promoção e garantia de direitos humanos", a fim de apoiar ações do Comitê Gestor Estadual para a Criança e o Adolescente do Semi-Árido. Outro é o da emenda 155, que altera de "Central" para "Estadual" a regionalização da ação "Apoio aos municípios e entidades nos serviços de atendimento aos direitos da criança e do adolescente", para atender ao Estado como um todo.

Defensoria e plano sobre drogas - Outros exemplos são a emenda 156, que inclui a região "Estadual" na regionalização da ação Assistência Jurídica, a fim de estruturar e adequar as sedes das Defensorias Públicas nas comarcas do interior de Minas; e a emenda 177, que inclui ação no programa Fomento à Gestão Local de Políticas sobre Drogas, visando à formulação do Plano Estadual Interdisciplinar sobre Drogas, com ações intersetoriais. Este programa é uma das inovações do PL 4.894/10. Além dessas emendas, o relator Lafayette de Andrada acatou outras sugestões populares, como as detalhadas nas emendas 196 (apoio à regularização fundiária de áreas ocupadas por comunidades indígenas e quilombolas) e 200 (apoio às cooperativas e associações de catadores de material reciclável).

Diferentes ações de natureza social, ambiental, cultural, esportiva e tecnológica foram contempladas na conclusão do parecer. Entre elas, destacam-se temas relacionados à reciclagem e à coleta seletiva de lixo; ao apoio e à capacitação técnica e profissionalizante a catadores de material reciclável; à implantação de unidades de saúde; ao atendimento a medidas socioeducativas; ao incentivo a atividades rurais; ao incentivo à inovação tecnológica; a políticas públicas de trabalho, emprego e renda; à ampliação e reestruturação de espaços esportivos e de atividades fisicas; ao desenvolvimento de políticas de direitos humanos e à preservação do patrimônio cultural.

Projeto de revisão incluiu sete programas, entre eles fomento às políticas sobre drogas

A proposta de revisão propõe a inclusão de sete novos programas, dentre os quais se destacam o Saúde Integrada - Logística e Apoio às Redes de Atenção; Fomento à Gestão Local de Políticas sobre Drogas e Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo - Prodetur Nacional Minas Gerais. Os demais programas incluídos tratam da coordenação, operacionalização e gestão de políticas públicas relacionadas aos seguintes temas: sistema de defesa social, sistema socioeducativo e ações da Secretaria de Estado de Governo, atos normativos e administrativos da Casa Civil.

Copa do Mundo - O projeto Copa do Mundo 2014 prevê aportes de R$ 78,3 milhões em ações de infraestrutura voltadas para o mundial em Belo Horizonte. O ProMG, programa de recuperação das estradas estaduais, tem assegurados recursos da ordem de R$ 201 milhões, enquanto o Pro-Acesso, voltado para a pavimentação de rodovias, contará com R$ 251 milhões. Outras novidades desta revisão do PPAG são a reestuturação de ações da área de resultado "Vida Saudável" e a realocação de recursos antes consignados na área de Defesa Social.

Programas excluídos tiveram suas ações agregadas a outros programas

O PL 4.894/10 propõe a exclusão de oito programas: Choques Setoriais de Gestão; Viva Vida; Gerenciamento e Disseminação da Informação Cultural; Modernização Institucional; Programa de Captação de Recursos Externos para Apoio e Pesquisa no Estado de Minas Gerais; Construção e Reforma de Unidades Prediais - Funed; Capitalização da Prominas e Construção e Reformas Prediais.

De acordo com as justificativas apresentadas para a exclusão, as ações desses programas foram agregadas a outros programas ou terão suas finalidades executadas por meio de outras ações de programas existentes, não havendo a necessidade de programas específicos para os objetivos desejados. A única exceção é o programa Capitalização da Prominas, que será extinto porque não há perspectiva de capitalização daquela empresa em 2011.

Outros 83 programas existentes tiveram ações incluídas e/ou excluídas. Segundo o relator, as exclusões ocorreram porque as ações foram transferidas para outros programas; suas finalidades foram incorporadas a outras ações ou por perda de objeto. A título de exemplo, o relator cita no parecer o Programa Cidade Administrativa. Propõe-se a exclusão de quatro ações e a inclusão de outras quatro. As exclusões decorrem da perda de objeto de ações já concluídas ou da transferência das ações para a unidade orçamentária Cidade Administrativa. Já as inclusões se justificam por novas necessidades, como a viabilização do funcionamento da nova sede do governo, infraestrutura e ações corretivas, garantia do cumprimento das condicionantes ambientais da licença de operação do complexo, bem como desapropriação e melhorias no entorno.

Relator destaca percentuais de gastos por área de resultado, como educação e saúde

Segundo o relator, uma análise dos gastos por área de resultado evidencia a estratégia de longo prazo do governo: dos recursos alocados, 9,3% são para a área Educação de Qualidade; 8% para a área Vida Saudável e 7,7% para Investimento e Valor Agregado da Produção. A importância relativa dessas três áreas fica ainda mais evidente, acrescenta o relator, se se considerar que 66% dos recursos (R$ 35,4 bilhões) são destinados para os programas especiais, que concentram as despesas de pessoal e serviços da dívida pública. À área de resultado Defesa Social foram destinados 2,3% dos recursos previstos.

Ainda segundo o deputado Lafayette de Andrada, outras áreas prioritárias na agenda de governo explicitadas no PPAG são: Redução da Pobreza e Inclusão Produtiva, com recursos equivalentes 1,2% do total; Rede de Cidades e Serviços, com 1,1%; Logística de Integração e Desenvolvimento, com 0,9%; e Inovação, Tecnologia e Qualidade, com 0,6%.

Sugestões populares no Orçamento - Além das 82 emendas apresentadas ao PPAG resultantes de sugestões populares, outras 60 foram apresentadas ao PL 4.895/10, que contém o Orçamento do Estado para 2011, bem como requerimentos solicitando providências e informações a órgãos e entidades da administração pública.

Conclusão do parecer - O relator opinou pela aprovação do PL 4.894/10 com as emendas nºs 10 e 37, apresentadas por parlamentares; com as emendas nºs 145, 146, 147, 148, 151, 152, 153, 154, 155, 156, 157, 158, 160, 162, 164, 165, 168, 172, 173, 174, 175, 176, 177, 179, 180, 181, 182, 184, 185, 186, 187, 188, 189, 190, 191, 192, 193, 194, 195, 196, 197, 198, 199, 200, 202, 204, 205, 206, 207, 210, 211, 212, 213, 214, 215, 216, 217, 219, 220, 221, 222, 223, 224 e 225 apresentadas pela Comissão de Participação Popular; com as emendas nºs 226 a 290, as subemendas nº 1 às emendas nºs 3, 4, 5, 6, 7, 8, 25, 28, 55, 81, 83, 87, 99, 134, 144, 149, 150, 159, 161, 163, 166, 167, 169, 170, 171, 178, 183, 203, 208 e 218, apresentadas ao final deste parecer; e pela rejeição das emendas nºs 1, 2, 9, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 26, 27, 29, 30, 31, 34, 35, 36, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 52, 53, 54, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 82, 84, 85, 86, 88, 89, 90, 91, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 100, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 136, 137, 138, 139, 140, 141, 142 e 143. As emendas nºs 3, 4, 5, 6, 7, 8, 25, 28, 55, 81, 83, 87, 99, 134, 144, 149, 150, 159, 161, 163, 166, 167, 169, 170, 171, 178, 183, 203, 208 e 218 ficam prejudicadas pela aprovação das respectivas subemendas.

Há ainda emendas que ficaram prejudicadas pela aprovação de outras emendas: emenda nº 32 prejudicada pela aprovação da emenda nº 188, a 33 pela 183, a 51 pela 178.1, a 80 pela 215, a 92 pela 155, a 114 pela 149.1, a 135 pela 191, a 201 e a 209 pela 167.1.

 

 

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