| Morte de vendedor volta à pauta da Comissão de Direitos 
            Humanos O caso do assassinato do vendedor Wayne do Carmo 
            Braga, em 8 de janeiro de 2005, supostamente cometido pelo cabo 
            Ezequiel Pinheiro Ramos, volta a ser discutido pela Comissão de 
            Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A nova 
            audiência pública, requerida pelo presidente da comissão, deputado 
            Durval Ângelo (PT), acontece às 9 horas da próxima quinta-feira 
            (9/12/10), no Auditório da ALMG. Na última reunião sobre o assunto, realizada no dia 
            27/11/10, o deputado disse que a comissão vai promover audiências 
            mensais até que o cabo seja expulso da Polícia Militar. O deputado 
            disse que essas reuniões vão ter o papel de uma "vigília cívica, até 
            que a justiça seja feita". Durval e familiares da vítima voltaram a 
            cobrar a expulsão do militar dos quadros da PM e apresentaram 
            informações sobre depoimentos de testemunhas colhidos no inquérito 
            que, segundo eles, comprovam que o cabo foi o autor do crime. Wayne do Carmo Braga, que tinha 40 anos à época, 
            era gerente de uma fábrica de alumínio e foi morto no bairro 
            Jaqueline, em Belo Horizonte. As investigações indicaram como autor 
            do crime seu concunhado, o cabo Ezequiel Pinheiro Ramos. Segundo 
            relatos de testemunhas, o cabo estava à paisana quando teria 
            abordado Wayne em um ponto de ônibus, e teria lhe dado uma coronhada 
            na cabeça. Em seguida, teria disparado um tiro à queima-roupa. Na 
            ocasião, a polícia apurou, baseada em depoimentos de familiares, que 
            Ezequiel já havia feito várias ameaças contra Wayne. No inquérito, o 
            cabo Ezequiel Ramos confessou ter assassinado o vendedor, mas 
            afirmou que agiu em legítima defesa. Na reunião do dia 27/11, o subcorregedor da Polícia 
            Militar, tenente coronel Valter Braga do Carmo, justificou que a PM 
            não pode tomar qualquer providência com relação ao acusado antes da 
            conclusão do processo pela Justiça. Segundo ele, o caso não é 
            analisado pela Justiça Militar porque o assassinato ocorreu em um 
            dia de folga do cabo e a arma utilizada era particular, de forma que 
            o inquérito foi conduzido pela Polícia Civil. Convidados - Para a 
            reunião foram convidados o comandante-geral da PMMG, coronel Renato 
            Vieira de Souza; o corregedor da PMMG, coronel Hebert Fernandes 
            Souto Silva; o ouvidor de Polícia do Estado de Minas Gerais, Paulo 
            Vaz Alkmin; a secretária municipal de Desenvolvimento Social de 
            Santa Luzia, Suzane Duarte Almada; o assessor jurídico da Prefeitura 
            de Santa Luzia, Alexandre Augusto Carvalho Gonzaga; a coordenadora 
            de Promoção dos Direitos da Cidadania da Secretaria Municipal de 
            Desenvolvimento Social de Santa Luzia, Janaina Fátima dos Anjos 
            Fonseca; a coordenadora do Centro de Referência de Assistência 
            Social (Cras) de Santa Luzia, Caroline Soeiro Lanna; a diretora de 
            Saúde Mental do Município de Santa Luzia, Eliatriz Alves Lara; e a 
            supervisora do Serviço Residencial Terapêutico de Santa Luzia, 
            Imaculada Conceição Braga.     |