Comissão é a favor de indicação de Terrão para Tribunal de Contas

A indicação de Cláudio Couto Terrão para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado recebeu parecer favorável da com...

30/11/2010 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão é a favor de indicação de Terrão para Tribunal de Contas

A indicação de Cláudio Couto Terrão para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado recebeu parecer favorável da comissão especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta terça-feira (30/11/10). A Mensagem 550/10, que traz a indicação, está pronta para ser apreciada pelo Plenário em turno único.

De acordo com o relator da mensagem, deputado Lafayette de Andrada (PSDB), o candidato demonstrou, durante a arguição pública, "conhecimento sobre a entidade para a qual foi indicado como conselheiro, respondendo com segurança, clareza e objetividade às questões formuladas pelos deputados."

O nome de Cláudio Terrão integra a lista tríplice encaminhada pelo presidente do Tribunal de Contas ao governador e foi elaborada pelo procurador-Geral, Glaydson Santo Soprani Massaria.

Terrão nasceu no Rio de Janeiro, em 1968 e é graduado em Ciência da Computação e Direito. Em janeiro de 2008, passou a integrar o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás, tendo permanecido até julho de 2008, quando tomou posse e entrou em exercício no cargo de Procurador do Ministério Público junto ao TCE-MG.

O deputado Lafayette de Andrada questionou o indicado sobre o prazo prescricional, o processo de informatização do Tribunal de Contas do Estado e a competência para julgamento das contas públicas. Cláudio Terrão defendeu o prazo de cinco anos para prescrição das irregularidades encontradas nas contas municipais, quando não há um prazo expresso, assim como acontece em outros casos. No entanto, ele disse ser conservador quanto aos danos ao erário que, segundo o artigo 37 da Constituição Federal, são imprescritíveis.

Indicado ao TCE-MG defende transparência no processo de fiscalização das contas

O indicado para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas disse apoiar a informatização do Tribunal de Contas, com a implantação do Sistema Informatizado de Contas dos Municípios (Sicom). Ele explicou que o sistema é pautado na coleta direta de dados dos municípios e defendeu que esses dados fiquem abertos não só aos órgãos de controle do Estado, como aos cidadãos. Para ele, essa abertura, ressalvadas as exceções constitucionais, representaria o cumprimento pleno do princípio da transparência pública, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Sobre o julgamento das contas, Terrão fez uma diferenciação entre julgamento das contas de governo e de administração, argumentando que as competências para isso estão previstas na Constituição. Ele explicou que a Assembleia deve julgar as contas de governo - do Executivo, após parecer do Tribunal de Contas sobre as contas dos administradores públicos.

O deputado Paulo Guedes (PT) questionou o indicado sobre os critérios de prazo para julgamento das contas municipais. Terrão disse que o critério deveria ser de ordem de entrada, mas que esse parâmetro está prejudicado pelo acúmulo de processos.

Segundo ele, hoje a recomendação é que se julgue as mais recentes, buscando, na medida do possível, alcançar os processos mais atrasados. O indicado também destacou a defasagem tecnológica do Tribunal como um agravante para essa situação. "Há uma determinação constitucional e a capacidade material do Tribunal de Contas para cumpri-la", completou.

Interferência - O possível interferência do fator político dentro do Tribunal de Contas, implicando em maior rigor no julgamento das contas das prefeituras que nas do Estado, foi tema da pergunta que o deputado Sávio Souza Cruz (PMDB) fez ao indicado para o TCE-MG. Cláudio Couto Terrão defendeu que a mesma interpretação seja usada em todos os julgamentos do Tribunal. Sobre a questão política que, segundo o Sávio Souza Cruz, poderia ser causada pelo modelo de provimento dos cargos de conselheiros, Ferrão disse considerar os dois modelos, por concurso público e por indicação, legítimos. "Muitos consideram produtiva a mistura de origens dos cargos", acrescentou.

O deputado Duarte Bechir (PMN) quis saber do indicado o que, na opinião dele, poderia melhorar imediatamente no Tribunal. Para Terrão, a resposta seria o uso da tecnologia. "Isso permitiria ao Tribunal um trabalho mais efetivo no cumprimento do seu dever constitucional", concluiu.

Presenças - Deputados Inácio Franco (PV), presidente; Lafayette de Andrada (PSDB), vice-presidente e relator; Padre João (PT); Sávio Souza Cruz (PMDB); Paulo Guedes (PT); Duarte Bechir (PMN); e Dilzon Melo (PTB).

 

 

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