Projeto que altera quadros de cargos da Justiça segue para FFO

O Projeto de Lei (PL) 4.631/10, que altera os quadros de cargos da Secretaria do Tribunal de Justiça e da Justiça de ...

17/11/2010 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Projeto que altera quadros de cargos da Justiça segue para FFO

O Projeto de Lei (PL) 4.631/10, que altera os quadros de cargos da Secretaria do Tribunal de Justiça e da Justiça de primeiro grau do Estado, passando a exigir o bacharelado em Direito para provimento do cargo de Oficial de Justiça, está pronto para ser analisado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.

Na reunião da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta quarta-feira (17/11/10), foi aprovado parecer de 1º turno pela aprovação do projeto com a emenda nº 1, apresentada pelo relator, deputado Délio Malheiros (PV). Os representantes dos servidores da Justiça lotaram a galeria do Plenarinho III para acompanhar a reunião e pediram outros aperfeiçoamentos do projeto.

A emenda nº 1 estabelece que, na data do primeiro provimento do cargo de Técnico Judiciário (nível superior de escolaridade), os servidores da carreira de Oficial Judiciário da Especialidade Oficial de Justiça Avaliador e da Especialidade Oficial de Justiça (nível médio) serão posicionados na respectiva carreira em padrão correspondente ao padrão inicial da carreira de Técnico Judiciário. Também ficarão garantidos os padrões adquiridos por meio de progressão e promoção até a data do posicionamento. De acordo com o relator, o objetivo da emenda é evitar a desigualdade de tratamento entre o Técnico Judiciário da especialidade de Oficial de Justiça Avaliador e de Oficial de Justiça com Oficial Judiciário no exercício dessa função.

A emenda gerou dúvidas entre os deputados, e a reunião foi interrompida para esclarecimentos. Os servidores da Justiça manifestaram certo descontentamento por entenderem que o Tribunal de Justiça não tem demonstrado interesse em realizar concurso público, mantendo uma política de contratações precárias.

Os deputados Sargento Rodrigues (PDT) e Padre João (PT) ponderaram que o projeto ainda deve ser aprimorado na próxima comissão. "A emenda traz um avanço parcial. Fica somente a dúvida em relação ao posicionamento do Tribunal, que tem tido bastante má-vontade com os servidores", avaliou Sargento Rodrigues.

Ele ainda explicou aos servidores que, estrategicamente, seria melhor o projeto passar pela Administração Pública para evitar que a proposição fosse retirada de tramitação. "Depois de passar por duas comissões, o Tribunal de Justiça só pode retirar o projeto de tramitação por requerimento, que deve ser aprovado em Plenário."

Cargos só serão extintos após vacância

Atualmente, a função de oficial de justiça é exercida pelo ocupante do cargo de Oficial Judiciário, das especialidades de Oficial de Justiça e de Oficial de Justiça Avaliador, de nível médio de escolaridade. O projeto propõe a criação de 2.540 cargos de Técnico Judiciário, da especialidade de Oficial de Justiça Avaliador, e de 38 cargos de Técnico Judiciário, da especialidade de Oficial de Justiça, de nível superior de escolaridade, sendo requisito para a sua investidura o título de bacharel em Direito. A Justiça de 1º grau conta, atualmente, com 2.533 cargos de Oficial Judiciário da especialidade de Oficial de Justiça Avaliador.

De acordo com o projeto, o provimento de 2.440 cargos de Técnico Judiciário, da especialidade Oficial de Justiça Avaliador, está condicionado à extinção, com a vacância, de 2.292 cargos de Oficial Judiciário e de 148 cargos de Técnico Judiciário, ambos da especialidade Oficial de Justiça Avaliador e Oficial de Justiça.

No parecer, o relator afirma que a criação de mais 100 cargos de Técnico Judiciário tem por objetivo aumentar o número de oficiais de justiça em comarcas sobrecarregadas e atender à instalação de novas comarcas. O provimento dos cargos que estão sendo criados pelo projeto se dará por concurso público que só ocorrerá após a extinção dos cargos de Oficial Judiciário.

Propostas - O deputado Sargento Rodrigues apresentou três propostas de emenda ao projeto. De acordo com o relator, elas foram contempladas no parecer, com a aprovação da emenda nº 1. A proposta nº 2, que previa gratificação pela atividade de chefia aos servidores ocupantes do cargo de Técnico de Apoio Judicial e Oficial de Apoio Judicial, classe B, titulares ou substitutos, foi rejeitada.

Caixa beneficente - Também recebeu parecer favorável da comissão, em 1º turno, o PL 4.833/10, do deputado Sargento Rodrigues, que dá nova redação aos artigos 5º, 7º e 8º da Lei 13.165, de 1999, que dispõe sobre a Caixa Beneficente dos ex-Guardas Civis e Fiscais de Trânsito de Minas Gerais (CBGC). A proposta altera a periodicidade da eleição dos dirigentes da entidade, amplia de três para quatro anos o mandato dos diretores e suprime gratificações e jetons. O relator, deputado Neider Moreira (PPS), opinou pela aprovação do projeto.

Requerimento - Foi aprovado requerimento do deputado Sargento Rodrigues pedindo a realização de audiência pública para discutir os critérios das promoções da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, após a Lei Complementar 95, de 2007.

Presenças - Deputados Délio Malheiros (PV), presidente; Ivair Nogueira (PMDB), vice; Neider Moreira (PPS); Padre João (PT); e Sargento Rodrigues (PDT).

 

 

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