Zona da Mata reivindica rede de urgência médica no PPAG

A implantação de uma rede integral d atenção à urgência e à emergência na Zona da Mata foi uma das principais propost...

05/11/2010 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Zona da Mata reivindica rede de urgência médica no PPAG

A implantação de uma rede integral d atenção à urgência e à emergência na Zona da Mata foi uma das principais propostas de revisão do Plano Plurianual da Ação Governamental (PPAG) 2008-2011, apresentadas em audiência pública realizada nesta sexta-feira (5/11/10), em São João Nepomuceno (Mata). A reunião é uma das quatro realizadas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais para discutir com a população as diretrizes orçamentárias. Na Capital, as propostas serão discutidas de 8 a 10 de novembro.

A reunião de São João Nepomuceno contou com cerca de 90 participantes, entre inscritos e convidados. O debate resultou em 31 propostas apresentadas. A instalação da rede de urgência e emergência foi defendida pelo representante da Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora, Ivan Chebli. "Não há previsão de implantação dessa rede na macrorregião do Sudeste", queixou-se. Sua proposta prevê a destinação de R$ 38 milhões anuais para o serviço.

A rede de urgência foi uma das ideias defendidas pelo deputado Marcus Pestana (PSDB), logo no início da reunião. Ele também pediu o apoio dos representantes da Zona da Mata para a construção de uma ligação do Aeroporto de Goianá-Rio Novo à BR-040; reforma da BR-267, que liga Juiz de Fora à Rio-Bahia (BR-116); obras de despoluição da bacia do Vale do Paraíba do Sul; além de iniciativas de fomento à produtividade, diversificação e qualificação tecnológica na produção regional. "Estamos revivendo uma safra de investimentos que pode nos levar de novo ao caminho do desenvolvimento", afirmou Pestana.

Relator do projeto de lei que trata do PPAG, o deputado Lafayette de Andrada (PSDB) representou o presidente da Assembleia, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), no encontro de São João Nepomuceno. Ele saudou a participação na reunião de vereadores, diretores de escola, outras autoridades e moradores. "A Assembleia dá a maior importância a esta interiorização do debate", afirmou. Representando a Comissão de Participação Popular, o deputado Carlin Moura (PCdoB) disse que a revisão do PPAG é um instrumento de que a população pode se valer para enfrentar a concorrência desleal do Rio de Janeiro, que prejudica a industrialização da Zona da Mata. Ele também reclamou de falta de investimentos em saúde. "A dificuldade da saúde vem da falta de investimento em pessoal, em custeio", declarou.

Prefeita defende ampliação da Escola em Tempo Integral

Durante o debate, a prefeita de São João Nepomuceno, Edmea Moreira Machado, reivindicou a inclusão de crianças com necessidades especiais no Programa Escola em Tempo Integral, que amplia o tempo de permanência dos alunos nas escolas, com refeições extras e atividades extra-curriculares. Edmea destacou que o programa tem apresentado bons resultados no distrito de Roça Grande, região de maior risco para a juventude de Nepomuceno. Já o presidente da Câmara Municipal, vereador Sebastião Carlos Barbosa, pediu a atenção do Estado para o projeto de criação de um polo de turismo em São João Nepomuceno, em uma área banhada pela represa da Energisa.

Antes da discussão das propostas, os participantes do encontro assistiram apresentações de gestores da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) sobre programas de quatro áreas de resultados: Defesa Social, Educação de Qualidade, Vida Saudável e Inovação, Tecnologia e Qualidade. A diretora central de Planejamento e Programação da Seplag, Tuliana Macedo Vasconcelos, explicou a função do PPAG, de instituir e detalhar todos os programas do Governo, definindo como e quanto será investido em cada área e região. Segundo ela, os investimentos foram definidos com base nas mesmas estimativas usadas pelo Governo Federal, que indicam um crescimento de 5,5% do PIB e uma inflação de 4,5%.

Gerente do Programa Escola em Tempo Integral, Gustavo Nominato relatou que 1.889 estabelecimentos de ensino já estão hoje nesse programa, sendo quatro em São João Nepomuceno e 39 em Juiz de Fora. Para 2011, uma possibilidade é um entendimento com a Secretaria de Estado de Defesa Social para que também sejam beneficiados os jovens que cumprem medidas socioeducativas.

Com relação ao Programa de Atendimento às Medidas Socioeducativas, a gerente Cynthia Maria Santos Aguido afirmou que o Governo pretende implantar um Centro Socioeducativo no Sul de Minas, a fim de evitar que os menores infratores da região continuem a sobrecarregar o estabelecimento que já existe em Juiz de Fora. Outra proposta é ampliar os convênios com os municípios para a aplicação de medidas de meio aberto, ou seja, prestação de serviços comunitários, sem internação.

Por fim, a gerente adjunta do Projeto Rede de Inovação Tecnológica da Seplag, Anna Flávia Bakô, convocou os dirigentes municipais a regulamentarem, em suas cidades, a Lei de Incentivo à Inovação. Essa regulamentação, segundo ela, facilita muito a articulação com o Estado para a implantação de instrumentos de fomento à qualificação tecnológica, abrangendo desde a incubação de empresas até a criação de selos de identidade geográfica para produtos regionais, tais como cachaças e queijos. Ela informou, ainda, que já foi adquirido o terreno para a implantação do Parque Tecnológico de Juiz de Fora, e solicitada a licença prévia ambiental para o empreendimento.

Além das autoridades citadas no texto, também integrou a mesa de trabalhos o especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental da Seplag, Diego Mendes Souza.

 

 

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