Subsecretário defende ampliação de linhas de metrô e ônibus em BH

O subsecretário de Transportes da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas do Estado, Fabrício Torres Sam...

26/08/2010 - 00:04
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 
 

Subsecretário defende ampliação de linhas de metrô e ônibus em BH

O subsecretário de Transportes da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas do Estado, Fabrício Torres Sampaio, aponta que a ampliação das linhas de metrô, ônibus e a melhoria na estrutura viária são os grandes desafios dos gestores públicos no que se refere a mobilidade urbana na Capital.

O especialista, que abriu o segundo dia do Ciclo de Debates Desafios da Mobilidade Urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte, destacou, ainda, os entraves para a melhoria do transporte no Estado. O evento, realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, debateu, na manhã desta quinta-feira (26/8/10), o tema "Condições de execução dos projetos: financiamento público e privado e competências federal, estadual e municipal".

De acordo com ele, o crescimento demográfico, aliado às condições topográficas desfavoráveis, e o aumento da concentração de renda pela União têm prejudicado os estados e municípios em termos de investimentos em mobilidade urbana. Em sua apresentação, o subsecretário afirmou que o metrô é de responsabilidade do governo Federal, mas que há uma pressão política para que as linhas sejam ampliadas na Capital. "O metrô é limitado, mas transporta mais de 160 mil pessoas todos os dias em Belo Horizonte. Sua ampliação, aliada a mais investimentos em linhas de ônibus e na estrutura viária podem desafogar o trânsito e facilitar a mobilidade da população", diz.

Fabrício Torres Sampaio lembrou que os municípios da RMBH têm administrado seus próprios sistema de transporte, por isso contam vem preparando estudos e projetos de melhoria, como, por exemplo, a criação de terminais metropolitanos.

Segundo ele, somente Belo Horizonte transporta cerca de 720 mil passageiros diariamente, por isso alternativas precisam ser adotadas para evitar o caos no trânsito. "O sistema metropolitano é inadequado. Para se ter uma ideia, existem, hoje, mais de 200 quilômetros sem pavimentação ou esburacados. É preciso que os investimentos básicos sejam feitos para que as vias encontrem melhores condições de tráfego", alerta. Como exemplos de alternativas adotadas pelas grandes cidades em todo o mundo, o subsecretário citou os bondes modernos, usados na Europa; e os monotrilhos e protótipo utilizados na Ásia.

Especialista cobra ações mais efetivas

A vereadora de Vespasiano e membro da Frente pela Cidadania Metropolitana, Adriana Alves Lara, criticou o sistema público de transporte na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ela citou o mau planejamento de vias públicas e calçadas, a condição dos pontos finais e a longa distância entre as paradas de ônibus e a falta de diálogo entre os órgãos públicos e os cidadãos. "Houve audiências públicas para discutir a construção dos terminais de ônibus? Ninguém fez esse debate", lembrou.

Adriana sugere que sejam implementadas novas formas de transporte para melhorar a mobilidade entre os municípios do entorno da capital, como a integração e diminuição do valor de tarifas, o aumento da rede de ônibus, a oferta de mais horários e o investimento público para facilitar a circulação dos passageiros. "Só vai haver mais disponibilidade de horários quando o cidadão não tiver que pagar 110% pela passagem. É muito dinheiro investido e pouco efeito", ponderou.

Além de mais participação da sociedade civil nos debates, Adriana cobrou que os deputados se esforcem para garantir os direitos da população, incluindo as melhorias para o transporte público no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) e nas leis orçamentárias. O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) da RMBH foi citado como um documento elaborado com a participação da sociedade civil, que deveria ser posto em prática. "Não podemos mais arcar com projetos vindos de cima para baixo", destacou.

Prefeito lamenta fragilidade mineira na busca de recursos

Nessa mesma linha de raciocínio, o prefeito de Lagoa Santa e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Rogério Avelar, manifestou sua preocupação com o que chamou de fragilidade política dos mineiros na busca de recursos para a ampliação das obras do metrô, que, segundo ele, "quase liga nada a coisa nenhuma". O prefeito citou que cidades como Recife e Curitiba estão muito mais evoluídas no quesito transporte coletivo e alertou que a Capital mineira caminha para a implementação do sistema de rodízio de veículos, como ocorre em São Paulo.

Rogério Avelar comentou a proliferação de motocicletas no trânsito e o consequente crescimento do número de acidentes provocados pelo despreparo de seus condutores. "Quanto menos o transporte coletivo é incentivado, mais as vias públicas se tornam inviáveis", afirmou o prefeito, citando as avenidas Amazonas, Antônio Carlos e Cristiano Machado como exemplos de congestionamento constante.

A adoção de transporte coletivo via monotrilho foi defendida por Rogério Avelar. Segundo ele, trata-se de um sistema eficiente, silencioso e de custo de implantação significativamente menor que o metrô. Ele também se posicionou a favor da utilização da malha ferroviária existente na Região Metropolitana de Belo Horizonte para o transporte passageiros. Em relação a isso, o deputado Carlin Moura criticou a baixa utilização dos antigos trilhos da Rede Ferroviária Federal S/A, que hoje pertencem à iniciativa privada.

A programação do Ciclo de Debates Desafios da Mobilidade Urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte continua durante todo o dia. A partir das 14 horas, especialistas debatem a "Integração dos sistemas de transporte (física, operacional e tarifária): metrô, veículo leve sobre trilhos (VLT), transporte rápido de ônibus (BRT), ferroviário, rodoviário e ciclovias.

 

 

 

 

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