Deputados ressaltam importância da FCS para a cultura
mineira
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais prestou,
nesta segunda-feira (23/8/10), uma homenagem à Fundação Clóvis
Salgado (FCS) pelos seus 40 anos de existência. A Reunião Especial,
requerida pela deputada Gláucia Brandão (PPS), aconteceu no Plenário
e contou com a participação de personalidades do meio artístico
mineiro. O deputado Agostinho Patrus Filho (PV) representou o
presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho (PP) na
solenidade.
Em seu pronunciamento, Gláucia Brandão ressaltou a
alta qualidade das produções exibidas no Palácio das Artes,
localizado na avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte. "Aquele
imponente edifício branco com traços modernos abriga a síntese do
que melhor se pratica nas artes plásticas, teatro, música e outras
manifestações culturais", afirmou Gláucia Brandão. Ela destacou
ainda que o Palácio das Artes é o "mais importante complexo cultural
do Estado e um dos mais conceituados do Brasil e da América Latina".
Lembrou, porém, que a Fundação Clóvis Salgado é a responsável pela
gestão de outros importantes espaços culturais mineiros, como a
Serraria Souza Pinto, onde são realizados eventos e feiras, o Centro
Técnico de Produção, que produz cenários e figurinos, e o Centro de
Formação Artística, que tem a tarefa de formar técnicos e
profissionais na área de teatro, música e dança. "Que a fundação
continue prestando relevantes serviços e contribuindo para a difusão
da cultura em Minas Gerais", finalizou a deputada.
Já o deputado Agostinho Patrus Filho citou o poeta
Fernando Pessoa para ressaltar que "só a arte fica, por isso só a
arte vê-se, porque dura". Ele enfatizou ainda que os diversos
espaços que constituem a Fundação Clóvis Salgado têm sido
"carinhosamente utilizados por nossa população, que, maciçamente,
prestigia suas atividades". Isso, segundo ele, possibilitou que a
FCS se tornasse "um importantíssimo polo de difusão da cultura
contemporânea". Para o parlamentar, a homenagem prestada pela ALMG
expressa "a forma como o povo mineiro vem sendo cativado pelo
trabalho inestimável da Fundação Clóvis Salgado".
Persistência marca a história da entidade
A presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane
Parreiras, lembrou a história da construção do prédio do Palácio das
Artes, projetado por Oscar Niemeyer, a pedido do então prefeito
Juscelino Kubitschek, em 1941. Concebido para ser um espaço cultural
multiuso, o prédio começou a ser construído ainda naquele ano, mas
JK não conseguiu terminá-lo antes do fim de seu mandato. A obra
ficou, então, paralisada por 20 anos, até que, em 1966, o governador
Israel Pinheiro determinou a conclusão do prédio, que foi inaugurado
em 10 de junho de 1970. Eliane lembrou com tristeza o incêndio
ocorrido no local em 1997, mas fez questão de ressaltar a dedicação
e a entrega de cada um dos profissionais que compuseram e compõem a
FCS ao longo de sua história.
A FCS pertence ao Governo do Estado e conta com um
quadro de aproximadamente 600 funcionários, incluindo integrantes da
Cia. de Dança Palácio das Artes, da Orquestra Sinfônica de Minas
Gerais e do Coral Lírico. Mais recentemente, a atuação da Fundação
se estendeu ao interior de Minas. Espetáculos e eventos organizados
pela instituição já percorreram 250 municípios mineiros.
Agostinho Patrus Filho e Gláucia Brandão ofereceram
uma placa comemorativa à presidente da FCS. A solenidade contou com
a participação do Coral Infanto-Juvenil e do Coral Lírico do Palácio
das Artes, que interpretaram composições nacionais e internacionais.
Compuseram a mesa, além dos parlamentares e da presidente da FCS, o
secretário de Estado de Cultura, Washington Tadeu de Melo; o cônsul
geral honorário do Japão, Rinaldo Campos Soares; o diretor da
Associação Comercial de Minas José Osvaldo Lasmar; e a presidente da
Fundação Municipal de Cultura, Thaís Veloso Pimentel.
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