Comissão discute assassinato em Conceição do Pará nesta terça
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A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais realiza nova audiência pública nesta
terça-feira (17/8/10) para tratar das denúncias envolvendo policiais
militares de Conceição do Pará (Região Centro-Oeste do Estado).
Desta vez será discutido o assassinato de Webert Francisco do Carmo,
que denunciou à comissão ser vítima de ameaças de morte por parte
dos PMs. A reunião, marcada para as 14 horas, no Plenarinho IV, foi
solicitada pelo deputado Durval Ângelo (PT).
Em audiência pública realizada pela comissão no dia
28 de junho, vários moradores de Conceição do Pará acusaram
policiais militares da cidade de participação em crimes como
extorsão, tortura, acobertamento de roubo de cargas e sonegação
fiscal. Nesta reunião e também em outra realizada pela Câmara
Municipal de Conceição do Pará no dia 27 de julho, Webert Francisco
do Carmo denunciou estar sendo ameaçado de morte por PMs.
O corpo de Webert foi encontrado no dia 29 de
julho, na chamada Lagoa da Mina, em Conceição do Pará, amarrado com
pedras dentro de um saco. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG),
tendo em vista outras tentativas de homicídio em Conceição do Pará,
pediu ao governador Antonio Anastasia e ao Comando da PM prioridade
na apuração das denúncias e o afastamento dos policiais envolvidos.
De acordo com o presidente da Comissão de Direitos
Humanos da OAB-MG, William dos Santos, a Justiça Militar acatou o
pedido e determinou a prisão preventiva do cabo José Geraldo da
Silva e do sargento Regicardo Antônio Rosa. Desde o último sábado
(7), eles estão acautelados no 23o BPM de Divinópolis
(Centro-Oeste do Estado). Ainda segundo William dos Santos, outros
quatro PMs de Conceição do Pará estariam envolvidos com os crimes
denunciados à ALMG. Ele vai pedir varreduras na Lagoa da Mina porque
recebeu denúncias de que o local seria um ponto de desova de
cadáveres.
Foram convidados para a reunião o comandante-geral
da PM, coronel Renato Vieira de Souza; o corregedor da PM, coronel
Cezar Romero Machado Santos; o ouvidor de polícia Paulo Vaz Alkmin;
o coordenador de Direitos Humanos da Defensoria Pública, Gustavo
Corgosinho Alves de Meira; o presidente da Comissão de Direitos
Humanos da OAB-MG, William dos Santos; o delegado da Divisão de
Homicídios Avançada de Betim, Álvaro Homero Huertas dos Santos; a
promotora da comarca de Pitangui, Paloma Coutinho Coballido; e o
membro da Rede Nacional de Advogados Populares, Élcio
Pacheco.
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