Plenário aprova Cartilha dos Direitos do Paciente

Na Reunião Extraordinária do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na noite desta terça-feira (6/7/10),...

07/07/2010 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Plenário aprova Cartilha dos Direitos do Paciente

Na Reunião Extraordinária do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na noite desta terça-feira (6/7/10), foi aprovado em 2º turno, o Projeto de Lei (PL) 236/07. De autoria do deputado Carlin Moura (PCdoB), a proposição dispõe sobre a afixação nos hospitais públicos do Estado, da Cartilha dos Direitos do Paciente e foi aprovada na forma do substitutivo nº 1 da Comissão de Saúde.

O projeto acrescenta dispositivos à Lei 16.279, de 2006, que dispõe sobre os direitos dos usuários das ações e serviços públicos de saúde. Pelo substitutivo foi acrescentado o inciso XXIII ao caput do artigo 2º da lei, que lista, hoje, 20 direitos dos usuários. No texto original, eram acrescentados mais dois incisos, mas a Comissão de Saúde considerou que eles já estão previstos na legislação vigente. O inciso acatado garante ao usuário o acesso às contas detalhadas referentes às despesas com seu tratamento, exames, medicação, internação e outros procedimentos médicos.

Emenda 29 - Nas declarações de votos, a discussão sobre a não regulamentação da Emenda 29 (Emenda à Constituição Federal nº 29, que determina que os estados da Federação devem aplicar 12% de suas receitas correntes na saúde) mobilizou os deputados. Todos elogiaram a iniciativa do deputado Carlin Moura, destacando a importância da proposição que garante direito ao paciente de um atendimento de qualidade e de informações básicas sobre seu tratamento.

A questão da melhoria da saúde foi lembrada como decorrência de melhor financiamento para a área. Os deputados Carlos Mosconi, João Leite, Domingos Sávio, do PSDB; Carlos Pimenta (PDT) e Arlen Santiago (PTB) culparam o Governo Federal pela não regulamentação da emenda. Para eles não há como os estados custearem o sistema de saúde, com a atual repartição de competências e recursos existente no País. Já Marcus Pestana (PSDB), ex-secretário de Estado de Saúde, garantiu que a emenda não é regulamentada porque o Ministério da Fazenda não permite. Ele criticou a superficialidade com que a discussão é tratada.

Já Adelmo Carneiro Leão, Paulo Guedes e Weliton Prado, todos do PT, afirmaram que Minas não aplica os 12% determinados pela Constituição, e criticaram a aplicação em saneamento e em pagamento de aposentados para compor o índice da saúde. Adelmo concordou com Pestana que o tema precisa de um debate mais aprofundado, mas discordou da explicação de seu colega. "A regulamentação da Emenda 29 tem uma variável nova que é a aplicação de 10% das receitas correntes da União que não existia na Constituição. Com isso há resistências sim, e nós estamos lutando para derrubá-las", disse.

 

 

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