Entidades têm até 23/7 para formatar propostas sobre segurança

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais, entidades da sociedade civil, estudiosos e instituições públicas continuam ...

01/07/2010 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Entidades têm até 23/7 para formatar propostas sobre segurança

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais, entidades da sociedade civil, estudiosos e instituições públicas continuam mobilizados na preparação do Fórum Técnico Segurança pública: drogas, criminalidade e violência, cuja etapa final será entre 11 e 13 de agosto, no Plenário da ALMG, em Belo Horizonte. A fase agora é de muito trabalho para os parceiros, que estão divididos em quatro comissões encarregadas de construir um documento de propostas, a ser debatido na etapa final. As entidades têm até 23/7/10 para concluir suas atividades, e cada uma das quatro comissões técnicas interinstitucionais (CTIs) pode apresentar até 20 propostas. O cronograma de reuniões das CTIs está no hotsite do evento, em www.almg.gov.br, bastando clicar em banner no alto da página.

As CTIs têm papel fundamental no fórum técnico, pois são elas que vão produzir o documento que será o ponto de partida das discussões dos grupos de trabalho, na etapa final. Os coordenadores dos grupos serão indicados pelas próprias CTIs, que são formadas por sociedade civil, órgãos públicos, área acadêmica e técnicos ou especialistas. Instaladas em 14 de junho, elas tratam dos seguintes temas: "Crime organizado, tráfico de drogas e os desafios às políticas de segurança pública" (CTI 1); "Estratégias de prevenção à criminalidade e ao uso de drogas e sua intersetorialidade com as políticas sociais" (CTI 2); "Drogras: tratamento e reinserção do dependente químico" (CTI 3); e "Direitos fundamentais, grupos vulneráveis e violências" (CTI 4).

Saiba mais - O fórum técnico está sendo promovido pela ALMG, com a participação de 64 entidades parceiras. Ele toma como base a questão do avanço das drogas, do tráfico e do crime organizado, que têm intensificado a criminalidade e a violência. O resultado esperado é a aprovação de um conjunto de propostas que deverá subsidiar as ações de todos os segmentos envolvidos. A abordagem do tema é intersetorial, abrangendo prevenção, repressão e tratamento dos usuários. As 20 audiências promovidas pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia nas 18 Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps) foram consideradas a etapa de interiorização do evento.

Integrantes de CTI recorrem à internet para garantir mobilização e troca de ideias

Os coordenadores e secretários das CTIs destacam a importância da participação dos cidadãos e das entidades neste momento. A CTI 4 pensou numa solução interessante para resolver a dificuldade de deslocamento e garantir a presença nas reuniões - que ocorrem toda quarta-feira, na Escola do Legislativo, das 9h30 às 11h30. Criou um grupo de discussão na internet, ao qual os participantes recorrem para esclarecer dúvidas, encaminhar/aprimorar propostas e trocar ideias. "Quem não pode vir às reuniões participa pela internet, e os conselhos também têm mandado material para que possamos trabalhar. Assim, vamos construindo as propostas no grupo", destaca a coordenadora da comissão, Sandra Bossio, do Centro pela Mobilização Nacional (CMN).

Nesse espaço virtual, a CTI inseriu documentos como relatórios do Ministério da Justiça e de conferências da promoção da igualdade racial, dos direitos da criança e do adolescente e dos idosos, além dos três documentos disponíveis hoje no site da Assembleia (www.almg.gov.br): relatório final do Seminário Legislativo Segurança para Todos, promovido pela ALMG em 2006, e documentos das etapas estadual e final da Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg). A CTI 4 tem como tema os direitos fundamentais, grupos vulneráveis e violência.

O coordenador da CTI 2, Frederico Garcia Guimarães, do Núcleo Jurídico de Políticas Públicas da PUC Minas (Nujup), informa que representantes da polícia e da sociedade civil já estão inscritos para falar como convidados à comissão. Segundo ele, as palestras poderão dar subsídios ao grupo para elaborar suas 20 propostas. "Esperamos uma análise da questão da violência sob os aspectos intersetoriais para, assim, formular propostas que tentem sanar principalmente os problemas referentes às drogas, que se destacam nos grandes centros", afirma. A CTI 2 estuda estratégias de prevenção à criminalidade e ao uso de drogas e sua relação com as políticas sociais.

A agente de Polícia Federal e secretária da CTI 1, Luciana Carvalho Saldanha, destaca a importância do debate na dinâmica das comissões. "É a primeira vez que vejo uma iniciativa que vai trazer propostas de ação com a participação das pessoas e de entidades representativas. O mais importante é isso: ter propostas positivas de um mix tão grande de fontes", acentua. Nesse sentido, ela elogia a participação de policiais civis e militares de Minas, de policiais federais e do Corpo de Bombeiros nos debates da CTI, que está encarregada de discutir crime organizado, tráfico de drogas e desafios às políticas de segurança pública. "Diversas experiências policiais estão sendo trocadas para chegarmos a um denominador comum", explica.

A coordenadora da CTI 3, Rosimeire Marques, da Associação Mineira de Comunidades Terapêuticas, também se preocupa em ampliar o leque das entidades representadas até agora na comissão que coordena, para discutir a temática das drogas, com enfoque no tratamento e na reinserção do dependente químico. Ela convida para a próxima reunião, nesta segunda-feira (5), às 9h30, na sala 4 da Escola do Legislativo (Avenida Olegário Maciel, 2.161, Lourdes, em Belo Horizonte). Rose espera que, a partir do fórum técnico, seja reconhecido e se fortaleça o trabalho das comunidades terapêuticas que, segundo ela, fazem 70% do trabalho de atendimento no lugar do serviço público. Ela reivindica capacitação e financiamento para o setor.

Orçamento e PPAG - O fortalecimento das políticas públicas para prevenção e combate às drogas é prioridade também para o presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado João Leite (PSDB), um dos parlamentares que estão à frente do fórum técnico. Ele defende que o tratamento do usuário de drogas seja adotado pelo Governo Estadual como um projeto estruturador do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), com reflexos no Orçamento. Considerados prioritários, os estruturadores têm recursos garantidos e gerenciamento integrado.

O PPAG é uma lei com metas físicas e financeiras para a administração pública em áreas como saúde, educação, segurança, com a duração de quatro anos. Por meio de uma parceria entre Assembleia e Executivo, a elaboração e a revisão do PPAG contam com a participação da sociedade, que apresenta suas sugestões em audiências públicas.

 

 

 

 

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