ALMG recebe projetos da Polícia Civil e suplementação para MP

Cinco mensagens encaminhadas pelo governador Antônio Anastasia foram lidas na Reunião Ordinária do Plenário da Assemb...

22/06/2010 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

ALMG recebe projetos da Polícia Civil e suplementação para MP

Cinco mensagens encaminhadas pelo governador Antônio Anastasia foram lidas na Reunião Ordinária do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta terça-feira (22/6/10). Duas contêm matérias com benefícios a servidores: a primeira é uma emenda que concede aposentadoria especial para as policiais civis e a segunda trata da carreira da Polícia Civil. Um terceiro projeto autoriza a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 117.386.400 em favor do Ministério Público.

As outras duas mensagens encaminham o projeto de lei que autoriza a doação de imóvel para a cidade de Boa Esperança. E o outro autoriza o Executivo a ceder, a título oneroso, direitos originários de créditos tributários e não tributários de natureza agrícola adquiridos pelo Estado no processo de privatização do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e do Banco de Crédito Real (Credireal).

O PL 4.700/10, estabelece as tabelas de vencimentos das carreiras policiais civis, de que trata a Lei Complementar 84, de 2005, e fixa parâmetros para a concessão de reajustes a servidores das carreiras da área administrativa da Polícia Civil. O projeto adapta o vencimento básico de delegado de polícia, perito criminal, médico legista e escrivão de polícia, contidos no Projeto de Lei Complementar (PLC) 60/10, do governador, que tramita na Asssembleia. Para tanto, cria tabela de vencimento básico de investigador de polícia, decorrente da fusão das carreiras de auxiliar de necropsia e agente de polícia. Além disso, assegura aos servidores da área administrativa, reajustes salariais nas mesmas datas e com os mesmos índices utilizados para as carreiras da Polícia Civil.

Mulheres da Polícia Civil - Outra matéria encaminhada pelo governador é a emenda ao mesmo PLC 60/10, visando assegurar às servidoras policiais civis o direito à aposentadoria voluntária após 25 anos de contribuição, reduzindo em cinco anos o tempo exigido para o benefício. Regra semelhante já é aplicada na Polícia Militar, pela Lei Complementar 109, de 2009. A emenda estabelece também regras relativas ao Adicional de Desempenho dos policiais civis.

Suplementação - Já o PL 4.702/10 autoriza o Executivo a abrir crédito suplementar em favor do Ministério Público no valor de R$ 117.386.400. O crédito destina-se a cobrir despesas decorrentes das Lei 18.800 e 18.700 de março e janeiro de 2010, para pagamento de pessoal e encargos sociais.

Estado quer renegociar créditos agrícolas do Bemge e Credireal

O Projeto de Lei (PL) 4.669/10, que permite a renegociação de créditos agrícolas do Bemge e Credireal, tem o objetivo, segundo o governo, de solucionar pendência em fase contenciosa, ao mesmo tempo que estabelecerá melhores condições de amortização para os produtores rurais inadimplentes.

Em decorrência da privatização dos dois bancos, o Estado adquiriu créditos rurais dessas instituições, contando atualmente com cerca de mil operações de crédito e um saldo devedor em torno de R$ 100 milhões, sendo que 440 dessas operações estão em situação de inadimplência, com saldo devedor de cerca de R$ 50 milhões. Quando há o atraso nas prestações por parte dos mutuários, o Estado é obrigado a honrar o pagamento, ficando com o crédito de volta.

O projeto propõe então, que seja alongado o saldo remanescente pelo prazo de 10 anos em parcelas anuais; que os débitos sejam corrigidos somente pela atualização monetária, sem juros; a suspensão da cobrança ou execução judicial a partir da data da renegociação; e a limitação dos honorários advocatícios a 2,5% nas ações de cobrança e execução.

Decisões - A Presidência, atendendo a requerimento apresentado pela deputada Ana Maria Resende (PSDB) e outros, determina seja retificado o texto da justificação apresentada à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 46/08, por meio da supressão do seu último parágrafo. A PEC 46 cria o Dia das Gerais e transfere simbolicamente a Capital mineira para Matias Cardoso. Já o deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB) indicou Zé Maia (PSDB) para membro efetivo da Comissão Especial para emitir parecer sobre a PEC 59/10, na vaga de João Leite (PSDB). A PEC 59 exige para o ingresso no quadro de oficiais da PMMG o título de bacharel em direito.

Foram indicados os seguintes membros para a Comissão Especial para emitir parecer de emenda à Constituição 60/10, que acrescenta o parágrafo sexto ao artigo 18 da Constituição do Estado, dispondo sobre a política de utilização e alienação de bens do patrimônio estadual: pelo Bloco Social Democrata (BSD), efetivos: deputados Lafayette de Andrada e Ademir Lucas; suplentes: deputados Dalmo Ribeiro Silva e Dilzon Melo; pelo Bloco PT-PMDB-PCdoB, efetivos: deputados Carlin Moura e Antônio Júlio; suplentes: deputados André Quintão e Vanderlei Miranda; pelo Bloco Parlamentar Social (BPS), efetiva: deputada Gláucia Brandão; suplente: deputado Fábio Avelar.

Governo real e governo da mídia

Em aplaudido discurso pelas galerias lotadas de servidores da educação, o deputado Sávio Souza Cruz (PMDB) fez uma crítica ao que classificou de visão distorcida do governo mineiro: "uma visão da realidade como filial do paraíso, onde tudo está bem, saúde, educação, transporte, a visão da mídia. E outra, a vivenciada pelos servidores, eles sabem o que é o governo dos tucanos".

Sávio Souza Cruz fez ainda severas críticas à política de comunicação do governo, segundo ele, baseada em censura publicitária, que "mantém a mídia calada e a sociedade sem informação. E onde não há informação não há opinião pública", disse. Sobre o projeto de reajuste dos servidores da educação encaminhado à Assembleia, (PL 4.689/10), Souza Cruz foi mais crítico ainda: para ele, o Executivo "cravou uma faca no peito dos deputados ao encaminhar o projeto na undécima hora, depois de ter tido um mês inteiro com o fim da greve e exigindo dos parlamentares a aprovação em cinco, seis dias".

Para ele, outro problema foi o aumento proposto de 10%, "onde haveria espaço para um reajuste de pelo menos 108%, levando-se em conta que houve um crescimento orçamentário de 155% de 2008 para 2009". Por fim, ele propôs que os deputados apenas colocassem uma emenda no projeto, dando delegação ao governador para que ele faça o reajuste por decreto "ainda mais que ele vigorará somente a partir de março do próximo ano, quando haverá outro governo".

 

 

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