Perda de ações da Açominas pelos metalúrgicos motiva nova audiência

Quando a Açominas foi privatizada, em 1993, a legislação determinava que os metalúrgicos recebessem lotes de ações, q...

14/06/2010 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Perda de ações da Açominas pelos metalúrgicos motiva nova audiência

Quando a Açominas foi privatizada, em 1993, a legislação determinava que os metalúrgicos recebessem lotes de ações, que seriam pagas por eles em dez anos e só depois disso poderiam ser vendidas. Apesar disso, muito se desfizeram desses papéis poucos meses depois, ao preço original de R$ 4,6 mil ou menos ainda. Hoje cada lote valeria cerca de R$ 300 mil. Considerando-se lesados pelos intermediários em quem confiavam, os metalúrgicos recorreram à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que realiza uma reunião com convidados para discutir o assunto nesta quarta-feira (16/6/10), às 9 horas, no Auditório.

Uma audiência pública da comissão foi realizada em 26 de maio no Plenário da Câmara Municipal de Ouro Branco, onde os trabalhadores e lideranças sindicais puderam dar vazão a suas suspeitas e sentimentos. No entanto, o presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), julgou necessário ouvir outros lados: a empresa Gerdau, que adquiriu a Açominas; a Procuradoria da República, o BDMG e o diretor-presidente do Clube de Participação Acionária dos Empregados da Açominas, Marco Antônio Pepino, que foi acusado de ser preposto da Gerdau na reunião de Ouro Branco.

"Não se trata de uma questão meramente financeira. Nosso interesse é aprofundar a compreensão desse processo de privatização conduzido de forma vergonhosa, antinacional, antipopular e lesiva aos direitos dos trabalhadores. Buscar reaver direitos perdidos é função da Comissão de Direitos Humanos", justificou o deputado.

Convidados - Tarcísio Humberto Parreiras Henriques Filho, procurador-chefe da Procuradoria da República em Minas Gerais; Alceu José Torres Marques, procurador-geral de Justiça; Paulo de Tarso Almeida Paiva, presidente do BDMG; Henrique de Rezende Vergara, diretor jurídico da BMF&Bovespa S.A; Jadson Gomes de Lima, gerente de Relações Institucionais e Responsabilidade Social da Gerdau; Geraldo da Silva Filho, presidente da Associação dos Compradores das Ações da Açominas; Geraldo Araújo Silva, membro da Coordenação Nacional de Lutas - Conlutas; Oraldo Soares Paiva, diretor da Federação Sindical Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais; Raimundo Nonato Roque de Carvalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Ouro Branco; Marco Antônio Pepino, diretor-presidente do Clube de Participação Acionária dos Empregados da Açominas; Rui Barbosa Santana da Silva, advogado da Associação dos Compradores das Ações da Açominas.

 

 

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