Deputados cobram obras em Brasília de Minas e
Januária
A Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização
da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou duas audiências
públicas no Norte de Minas nesta quarta-feira (9/6/10), atendendo a
requerimento do deputado Paulo Guedes (PT), vice-presidente da
comissão. Pela manhã, Guedes e o deputado Ruy Muniz (DEM) estiveram
em Brasília de Minas, para avaliar a implantação de estação de
tratamento de esgoto (ETE) na cidade e a construção de barragem no
Rio Paracatu. À tarde, os parlamentares se deslocaram para Januária,
com o objetivo de apurar os problemas na barragem de Guarda-Mor e a
execução do programa Água para Todos, do Governo Federal.
Em Brasília de Minas, os dois deputados constataram
a necessidade de execução das duas obras. O gerente regional da
Copanor (subsidiária da Copasa que atende ao Norte de Minas),
Domingos Sávio Rodrigues, destacou que, com a obra da barragem no
Rio Paracatu, o município não teria problemas de abastecimento de
água pelos próximos 20 anos. Ele ressalvou que já existe o projeto,
orçado em R$ 20 milhões, mas a Copasa alega não ter recursos para
isso. Pessoas do público presente à reunião afirmaram que, com a
barragem, a qualidade da água melhoraria, uma vez que atualmente o
abastecimento se dá por meio de 60 poços artesianos, que captam água
com alto teor de calcário.
ETE - Com relação a ETE que
trataria os esgotos despejados no Rio Paracatu, Domingos Rodrigues
informou que a obra começou em 2002 e foi interrompida no início de
2009. De acordo com ele, o orçamento previsto para toda a obra é de
R$ 4 milhões, mas faltam R$ 2,1 milhões para sua conclusão.
Rodrigues disse que há a promessa da Copasa de liberar os recursos,
mas não foi definida uma data para isso.
Diante dos problemas, Paulo Guedes e Ruy Muniz
propuseram três requerimentos (a serem aprovados na próxima reunião
da comissão) em que pedem providências: ao Governo do Estado e à
Copasa no sentido de agilizar recursos e estrutura para a conclusão
da ETE; e ao BNDES, solicitando a liberação de um financiamento de
R$ 20 milhões para a obra da barragem.
Barragem de Guarda-Mor gerará 2 mil
empregos
Em Januária, os deputados se depararam com as
dificuldades para realização da barragem de Guarda-Mor, a ser
construída no Riacho da Cruz, afluente do Rio São Francisco.
Sidenísio Lopes, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf), disse que a obra abasteceria de
água o distrito de Riacho da Cruz (com 10 mil moradores), e seria
fonte para um projeto de irrigação em mil hectares de terra. Com a
conclusão da obra, seriam gerados cerca de 2 mil empregos.
A construção da barragem é uma reivindicação antiga
da população de Januária. Em 1989, foi realizada a primeira medição
no local. Em 2002, foi licitada a obra, mas não foram liberados na
época os recursos, no total de R$ 17 milhões. A obra ficou parada e
com isso, as licenças ambientais perderam validade. Cidadãos de
Januária avaliaram, na reunião, que só mesmo com força política se
conseguirá fazer com que o projeto saia do papel.
Por esse motivo, os deputados prometeram fazer
pressão junto ao Governo Federal e elaboraram requerimento de
providência à Codevasf, pedindo agilidade na liberação dos recursos.
Presenças - Participaram
das duas reuniões os deputados Paulo Guedes (PT), vice-presidente da
comissão; e Ruy Muniz (DEM).
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