Regulamento do fórum técnico sobre segurança começa a ser debatido

A comissão organizadora do Fórum Técnico Segurança Pública: Drogas, Criminalidade e Violência já avançou nas discussõ...

21/05/2010 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Regulamento do fórum técnico sobre segurança começa a ser debatido

A comissão organizadora do Fórum Técnico Segurança Pública: Drogas, Criminalidade e Violência já avançou nas discussões sobre o regulamento do evento, cuja fase final será no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, entre 11 e 13/8/10. Nesta sexta-feira (21/5/10), os participantes aprovaram objetivos e temas do fórum, bem como as regras para o funcionamento das comissões técnicas interinstitucionais (CTIs), encarregadas de sistematizar propostas que serão discutidas na fase final. Na próxima reunião preparatória, marcada para o dia 28, serão debatidos os outros itens do regulamento, como inscrições e dinâmica dos grupos de trabalho e da plenária final, quando é votado o documento do fórum. A reunião será às 9h30, no Plenarinho I.

No dia 28, estarão em pauta aspectos como os critérios para a participação dos inscritos individuais, ou seja, aquelas pessoas que não se inscrevem via entidades. Essas pessoas hoje têm direito a voz, mas não a voto, nos grupos de trabalho e na plenária final. Uma das propostas que serão discutidas pela comissão organizadora é se elas poderão não somente debater, mas também votar. O presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado João Leite (PSDB), que conduziu a reunião, trouxe outro ponto, que é o credenciamento dos participantes das audiências públicas promovidas pela comissão no interior. No total de 20, essas audiências estão sendo realizadas nas regiões integradas de segurança pública (Risps) para colher sugestões da sociedade. Elas serão consideradas a fase de interiorização do fórum técnico.

Na próxima reunião, a comissão organizadora pretende avançar também na definição dos nomes de expositores e debatedores do evento. Ficou acertado que os participantes da comissão continuarão encaminhando por e-mail sugestões de nomes para a Gerência-Geral de Projetos Institucionais (GPI). A comissão organizadora é formada por instituições e órgãos públicos, estudiosos, universidades, representantes da sociedade civil organizada e lideranças, entre outros.

Objetivos - Entre os objetivos do fórum técnico, destacam-se: refletir sobre os resultados das audiências da comissão no interior; avaliar os desafios impostos pela criminalidade, em especial pelo crime organizado e pelo tráfico de drogas; discutir as políticas de prevenção à criminalidade e ao uso de drogas; e avaliar as políticas públicas de tratamento da dependência química, bem como a vitimização de grupos sociais vulneráveis às diversas formas de violência.

Alterações englobaram o ciclo completo de polícia e a reinserção do dependente químico

Os participantes da reunião preparatória fizeram alguns ajustes no regulamento. Foi retirado, por exemplo, o subtema "Logística de atuação e a discussão do ciclo completo de polícia" do tema 1, "Crime organizado, tráfico de drogas e os desafios às políticas de segurança pública". Esse assunto será discutido em audiência pública da Comissão de Segurança Pública. Nesse mesmo tema, ficou acertado que o financiamento da segurança enfocará também a formação, a capacitação e o aparelhamento dos órgãos e entidades de combate e prevenção da criminalidade. Anteriormente, o foco era a formação e a capacitação dos profisssionais.

No tema 2, "Estratégias de prevenção da criminalidade e do uso de drogas e sua intersetorialidade com as políticas sociais", foi incluída a expressão "urbana e rural" para tratar das políticas para a juventude, sob a alegação de que o problema das drogas tem afligido também o jovem do campo e essa questão precisa ser trazida ao debate público. No tema 3, "Drogas e tratamento da dependência química", foi inserido o aspecto da reinserção social do dependente químico, mas se manteve a ideia original, de não discutir a descriminalização; e, no tema 4, "Direitos fundamentais, grupos vulneráveis e violências", foi retirada do subtema "violência contra crianças e adolescentes" a expressão "doméstica e sexual", para garantir a amplitude da abordagem.

Seminário de 2006 e Conseps - Por sugestão do Centro pela Mobilização Nacional, o documento final do Seminário Legislativo sobre Segurança Pública, promovido em 2006, servirá como subsídio para o trabalho das CTIs. Inicialmente, a representante do Centro, Sandra Bossio, sugeriu que fosse incluído como objetivo do fórum técnico avaliar a implementação das propostas priorizadas no seminário de 2006 e na 1ª Conferência de Segurança Pública, de 2009. Ela ponderou que era preciso resgatar as propostas do seminário e cobrar por sua implementação, lamentando que a comissão de representação daquele evento tenha se desmobilizado. Esse tipo de comissão é encarregada de acompanhar os desdobramentos dos eventos institucionais da ALMG.

Em resposta, o deputado João Leite ponderou que as propostas do evento de 2006 poderiam servir de subsídio ao trabalho das CTIs, mas que era preciso avançar agora, com as contribuições das audiências públicas nas Risps. Também em resposta a questionamentos sobre os conselhos comunitários de segurança pública (Conseps), o deputado defendeu que uma das propostas do fórum técnico pode ser a regulamentação dessas instâncias. Os Conseps são entidades de direito privado que reúnem voluntários da comunidade, tendo vida própria e independente da Polícia Militar ou de qualquer outro órgão, estimulando o pleno exercício da cidadania e contribuindo para minimizar os problemas de segurança pública.

Presenças - Além do presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado João Leite (PSDB), participaram da reunião representantes de entidades, de órgãos e instituições públicas e das assessorias dos deputados Durval Ângelo (PT), Sargento Rodrigues (PDT) e Rômulo Veneroso (PV) e da deputada Maria Tereza Lara (PT), vice-presidente da comissão.

 

 

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