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Comissão apura denúncia de irregularidade em venda de
ações
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais realiza audiência pública na
quarta-feira (26/5/10), em Ouro Branco, região Central mineira, para
verificar denúncias de irregularidades na aquisição e venda de ações
no processo de privatização da Açominas. A reunião foi solicitada
pelo presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT) e acontece
às 10 horas, na Câmara municipal da cidade ( Praça Sagrados
Corações, 200, Centro).
O deputado foi acionado por representantes da
Associação dos Compradores das Ações da Açominas (ACA), que se dizem
lesados na aquisição dos papéis postos à venda, com deságio de quase
70% para os empregados, no processo de privatização da Açominas, em
1993. Na época da privatização, foi criado um clube de funcionários,
o CEA, que comprou 20% das ações da empresa, por meio de
financiamento junto a Banco de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), enquanto o restante foi adquirido pela Gerdau e outro grupo
menor, a NatSteel.
Cerca de 6 mil trabalhadores entraram no processo
com a aquisição de lotes de mil ações ao custo de CR$ 25.863 mil (na
época a moeda era o cruzeiro). O financiamento junto ao BNDES
terminou em outubro de 2007, quando o CEA comprou todas as ações dos
funcionários, ao preço de R$ 193 mil o lote de mil e as revendeu
para a Gerdau, com o mesmo deságio de 70%, mesmo com um preço de
mercado estipulado em R$ 486 mil o lote. Por se sentirem lesados
nessa operação e em outras do clube, os empregados ajuizaram ações
contra o CEA, que foi extinto logo após a venda dos lotes para a
Gerdau.
Convidados - Presidente da
Câmara de Ouro Branco, vereadora Maria Aparecida Junqueira Campos;
presidente da Associação dos Compradores das Ações da Açominas
(ACA), Geraldo da Silva Filho; advogado da ACA, Rui Barbosa Santana
da Silva; membro da Coordenação Nacional de Lutas, Geraldo Araújo
Silva; coordenador da Federação Democrática dos Metalúrgicos de
Minas Gerais, Gilberto Antonio Gomes; diretor da Federação
Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais, Oraldo Soares
Paiva.
Violência policial - A
comissão realiza no mesmo dia e local, às 8 horas, uma audiência
para debater denúncias de possível violência de policiais militares
contra populares. Estão convidados: o prefeito de Ouro Branco, Padre
Rogério Pereira; a vice-prefeita, Valéria Nunes Lopes; a juíza da
comarca, Daniela Cunha Pereira; as delegadas da Polícia Civil,
Gláucia Rodrigues Pereira e Cândida Paula Junqueira; o defensor
público da cidade, José Inácio Pereira; o promotor de Justiça, José
Lourdes de São José e a presidente da OAB-Ouro Branco, Maria
Aparecida Hubner de Souza.
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