Programa Panorama discute abuso sexual
infanto-juvenil
A falta de varas especializadas de combate a crimes
contra crianças e adolescentes em Minas Gerais e a demora na
conclusão dos processos contra os agressores são os principais
entraves que dificultam o trabalho de instituições que lutam contra
o abuso e a exploração sexual infanto-juvenil no estado. A afirmação
é da coordenadora do Fórum de Enfrentamento à Violência Sexual
contra Crianças e Adolescentes de Minas Gerais, Regina Helena Cunha.
Ela participa do Panorama desta quinta-feira (20/5/10), às 19 horas,
com reprise à 1 da manhã. O coordenador da área de formação e de
protagonismo juvenil da ONG Circo de Todo Mundo, Moisés Barbosa,
também participa do programa.
Os dois convidados fazem uma análise sobre como o
estado vem buscando desenvolver as políticas públicas de combate à
violência sexual infanto-juvenil. E também alertam para a
necessidade de que família e escola estejam sempre atentos para
perceber os sinais de eventuais abusos. "A criança costuma ficar
arredia, baixa o desenvolvimento na escola e apresenta mudanças no
comportamento", afirma Regina Helena Cunha.
Em Minas, as denúncias de crimes sexuais cometidos
contra crianças e jovens, por meio do telefone 0800 031 11 19,
cresceu 50% desde que o serviço foi oferecido, no ano passado. Para
Moisés Barbosa, da ONG Circo de Todo Mundo, isto não significa que o
número de abusos tenha crescido na mesma proporção mas sim que as
pessoas estão perdendo o medo de denunciar. "Mesmo assim, nós
sabemos que esse número não reflete nem de longe o número real de
casos, que é muito maior", acredita ele.
O Panorama que fala sobre a violência sexual contra
crianças e adolescentes terá reprises também no domingo (23), às
14h30 e 22 horas. A apresentação é do jornalista Fernando
Gomes.
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