Comissão destaca projeto pedagógico inovador de escola de
Igarapé
Os projetos inovadores da Escola Estadual
Professora Maria de Magalhães Pinto, de Igarapé, foram apresentados
à Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática da
Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta quarta-feira
(28/4/10).
O autor do requerimento para a audiência pública,
deputado Carlin Moura (PCdoB), lembrou que as boas iniciativas
encontram pouco espaço na mídia, atualmente. "A Escola Maria
Magalhães, além ser patrimônio cultural e artístico do município,
tem também um patrimônio ainda maior que é o trabalho desenvolvido
com os alunos", afirmou. Vários alunos e funcionários da escola
acompanharam a reunião no Auditório da ALMG.
A escola foi inaugurada em 1936 e funciona em um
imóvel de inspiração neoclássica, tombado pelo Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) em 2003.
Em 2008, foi lançada a primeira edição da
Revista do Magalhães, com tiragem de 3 mil exemplares.
Segundo o diretor da escola e coordenador da publicação, Antônio
Lelis da Almeida, o professor de História Perme Caetano Ribeiro
Júnior teve a ideia de fazer um jornal com tiragem pequena para
mostrar as atividades dos alunos e funcionários da escola. Ao
começarem a pesquisar os temas que seriam tratados, perceberam o
enorme volume de material e decidiram produzir a revista.
O diretor garante que a escola sempre foi de
vanguarda. Em 2004, foi a primeira a realizar um debate com os dois
candidatos a Prefeitura de Igarapé. A iniciativa se repetiu em 2008.
Outros projetos pedagógicos desenvolvidos lá são a Semana Solidária,
que visa a conscientizar os alunos sobre a realidade do mundo, com
visitas a hospitais, presídios, asilos e recolhimento de donativos;
as excursões ecológicas e culturais; e o estímulo à participação nas
competições esportivas estudantis. "Educar é incluir, transformar,
fazer uma sociedade melhor", acredita o diretor.
Revista do Magalhães agora
tem suplemento literário
Para a segunda edição da revista, o diretor contou
que a escola promoveu um chá colonial para motivar a comunidade,
sobretudo os ex-alunos e ex-funcionários, a produzir textos
literários sobre a escola. Foram tantas contribuições, que o
material acabou virando um suplemento literário. Antônio Lelis de
Almeida também exibiu um vídeo sobre a escola e os projetos
desenvolvidos com os alunos e a comunidade.
A deputada Gláucia Brandão (PPS), que presidiu a
reunião, se disse emocionada com o projeto pedagógico da escola. "É
informação que se transforma em conhecimento, conhecimento que vira
experiência e experiência que se torna ação para transformar a
realidade", elogiou.
A deputada disse que o trabalho desenvolvido em
Igarapé é uma demonstração de que a escola pública pode oferecer um
atendimento de qualidade. "Precisamos de referências em educação,
que é a mola-mestra do desenvolvimento social e econômico", afirmou.
Ela sugeriu a criação de um prêmio para homenagear projetos
inovadores desenvolvidos pelas escolas estaduais.
Para os professores de História, Perme Caetano
Ribeiro Júnior e de Filosofia, Júnior dos Reis, apesar das
dificuldades encontradas pela educação, a escola optou por investir
em projetos de transformação. "Acreditamos na possibilidade de fazer
um mundo melhor pela educação", afirmou o professor Júnior. O aluno
da escola, Saulo Henriques Souto e Silva, também acredita que a
escola é especial e disse que sempre teve o sonho de estudar lá.
No fim da reunião, o deputado Carlin Moura disse
que apresentará requerimento de Reunião Especial do Plenário para
homenagear a escola pelos 75 anos, em 2011. Ele disse que também vai
reivindicar a co-parceria da Secretaria de Estado de Educação no
financiamento da Revista do Magalhães e a construção de uma
quadra coberta na instituição. Ele ainda falou da luta pela
implantação do piso estadual para os servidores da Educação.
Presenças - Deputada
Gláucia Brandão (PPS); e Carlin Moura (PCdoB). Além dos convidados
citados na matéria, participou da reunião o vice-prefeito de
Igarapé, Carlos Alberto da Silva.
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