Ameaça de fechamento de hospital leva comissão a
Lajinha
Denúncias envolvendo a ameaça de fechamento de um
hospital pela prefeitura e de perseguição a servidores da unidade
serão apuradas pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais durante audiência pública no município
de Lajinha (Zona da Mata) na próxima sexta-feira (30/4/10). A
reunião será realizada a partir das 9 horas, na Câmara Municipal
(Rua Nestor Vieira, 25, Centro, Lajinha), a requerimento do
presidente da comissão, Durval Ângelo (PT).
Segundo o parlamentar, a audiência foi motivada por
um abaixo-assinado enviado a seu gabinete contendo cerca de seis mil
assinaturas de cidadãos de Lajinha e denunciando a crise que estaria
sendo enfrentada pela Fundação Hospitalar Belisário Miranda. Unidade
de atendimento geral e filantrópica, a fundação teria tido convênios
cortados pela prefeitura, gerando um caos no atendimento na cidade e
comprometendo o funcionamento do hospital.
Conforme as denúncias, moradores de Lajinha,
inclusive grávidas ou pacientes em situação de urgência, estariam
tendo que ser atendidos em cidades ainda menores, a exemplo de
Conceição de Ipanema, situação que já teria resultado inclusive em
óbitos de doentes. Além da ameaça de fechamento da unidade por falta
de recursos, servidores do hospital também procuraram a comissão
porque estariam sofrendo perseguição política por parte da
prefeitura e recebendo baixos salários.
Para Durval Ângelo, é preciso averiguar a violação
aos direitos humanos praticada por administrações municipais e
defender os hospitais locais. "Quando uma unidade chega a fechar,
não reabre mais, porque a política do Estado é investir em hospitais
regionais", critica o deputado, para quem isso pode custar caro e
ser perigoso ao onerar o sistema de saúde, por demandar
investimentos no transporte de pacientes, e atrasar o atendimento de
urgência.
Convidados - Foram
convidados para a audiência o prefeito de Lajinha, Sebastião Moreira
Bastos; a presidente da Câmara Municipal, vereadora Alzira Machado
Fernandes Araújo; as secretárias municipais de Saúde, Sirley Cortez
Bastos, e de Educação, Maria Luiza Azini Vitor; além da vereadora
Neura da Silva Pereira e do diretor-presidente do Hospital Belisário
Miranda, João Batista Miranda.
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