Corregedoria investiga participação de PMs em assassinatos em BH

Um dos dois cabos da Polícia Militar que estariam envolvidos no assassinato de dois empresários decapitados em Belo H...

22/04/2010 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Corregedoria investiga participação de PMs em assassinatos em BH

Um dos dois cabos da Polícia Militar que estariam envolvidos no assassinato de dois empresários decapitados em Belo Horizonte já foi investigado pela Corregedoria da corporação e o processo está sendo analisado pela Justiça Militar. A informação foi dada pelo corregedor da Polícia Militar, coronel Cezar Romero Machado Santos, que participou de reunião fechada com a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais na manhã desta quinta-feira (22/4/10).

Na reunião, Cezar Romero trouxe informações aos deputados sobre as investigações que estão sendo conduzidas pela Corregedoria para apurar o envolvimento de membros da Polícia Militar nos crimes. Em entrevista concedida à imprensa após a reunião, o corregedor informou que um dos policiais supostamente envolvidos com o crime já teria sido investigado pela Corregedoria da Polícia Militar, em 2007, pela prática de extorsão. Segundo ele, a investigação foi concluída e encaminhada para análise da Justiça Militar.

Cezar Romero informou que o cabo não foi afastado de suas atividades na época porque não surgiram novas denúncias contra ele e a PM aguarda a definição da Justiça Militar para tomar outras providências. Segundo ele, esse é o procedimento adotado pela corporação em que, de acordo com a denuncia, é verificada a necessidade ou não de afastamento imediato de policiais. Ainda de acordo com o corregedor, o outro cabo com suspeita de participação no crime não teria nenhuma ocorrência de irregularidade registrada em sua ficha funcional.

Requerimento - O presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado João Leite (PSDB), um dos autores do requerimento para realização da reunião, afirmou que irá apresentar requerimento para que a Justiça Militar preste esclarecimentos sobre a demora para analisar o processo contra um dos cabos envolvidos. João Leite destacou que a Corregedoria foi ágil em apurar os fatos, mas que agora o processo está parado na Justiça Militar.

Corregedoria nega o envolvimento de outros policiais

O deputado Sargento Rodrigues (PDT) afirmou que na reunião com a Comissão de Segurança Pública o corregedor negou que existam indícios de participação de outros policiais no assassinato dos dois empresários em Belo Horizonte. Segundo ele, a Corregedoria não tem conhecimento de nada que indique o envolvimento um coronel e um capitão, conforme teria sido divulgado pela imprensa.

Em nota pública divulgada na manhã desta quinta-feira (22), o deputado Durval Ângelo (PT) afirmou que não fez nenhuma declaração envolvendo um coronel e um capitão nos assassinatos. "Em nenhum momento declarei a qualquer órgão da imprensa que um coronal e um capitão da Polícia Militar teriam envolvimento com a quadrilha investigada por extorsão, lavagem de dinheiro, tortura e assassinato, supostamente liderada pelo publicitário Frederico Flores, que se encontra preso", diz a nota.

Segundo Durval Ângelo, quando questionado por um repórter sobre um suposto envolvimento de superiores dos cabos que estão presos, ele respondeu que era uma possibilidade que deveria estar sendo investigada pela polícia. "Jamais fiz qualquer afirmação taxativa de que haveria tal envolvimento de oficiais com a quadrilha. Apenas, ao responder a uma pergunta, discuti uma hipótese apresentada pela repórter", declarou.

Investigações - O deputado Sargento Rodrigues informou ainda que a Corregedoria da Polícia Militar está acompanhando as investigações da Polícia Civil sobre o suposto envolvimento dos dois cabos no crime. Ele defendeu que, se comprovada a participação dos cabos, após o devido processo legal, eles sejam condenados e recebam as punições cabíveis.

Nova reunião - Na tarde desta quinta-feira (22), a Comissão de Segurança Pública realiza nova reunião para obter esclarecimentos sobre o assassinatos dos dois empresários em Belo Horizonte. A audiência pública acontece no Auditório, às 15 horas, e irá contar com a presença dos delegados que apuram o caso, chefiados pelo delegado Edson Moreira. Os requerimentos das reuniões são de autoria dos deputados João Leite, Rômulo Veneroso (PV) e da deputada Maria Tereza Lara (PT).

Presenças - Deputados João Leite (PSDB), presidente; Sargento Rodrigues (PDT) e deputada Maria Tereza Lara (PT).

 

 

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