Emendas a projeto de reajuste recebem parecer pela rejeição

As emendas ao Projeto de Lei (PL) 4.387/10, do governador, que dá reajuste salarial aos servidores do Executivo, fora...

25/03/2010 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Emendas a projeto de reajuste recebem parecer pela rejeição

As emendas ao Projeto de Lei (PL) 4.387/10, do governador, que dá reajuste salarial aos servidores do Executivo, foram analisadas na tarde desta quinta-feira (25/3/10) pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Numeradas de 13 a 37, elas foram apresentadas no Plenário e receberam parecer pela rejeição do relator, deputado Zé Maia (PSDB). Segundo ele, todas as propostas aumentam gastos com pessoal e geram impactos financeiros ao Estado. Além disso, segundo ele, é inconstitucional emenda parlamentar a projeto de iniciativa do Executivo que gere aumento de despesa. A matéria voltará agora ao Plenário para ser votada em 1º turno.

Das 25 emendas, doze são do deputado Weliton Prado (PT), cinco do deputado Padre João (PT), duas de Carlin Moura (PCdoB), duas de Adelmo Carneiro Leão (PT), duas de Célio Moreira (PSDB), uma de Sargento Rodrigues (PDT) e uma de Neider Moreira (PPS).

Adicional - Uma das emendas, do deputado Sargento Rodrigues, foi votada em destaque (separadamente) a pedido do autor. A intenção era autorizar o governador a conceder gratificação por atividade de risco aos profissionais da área de defesa social.

Sargento Rodrigues discordou do parecer e afirmou que sua proposta é meramente autorizativa, já que não menciona percentual ou valores. "Tecnicamente, não há impedimento para aprovação desta emenda. A rejeição é uma questão política. Mas volto a lembrar que já são 137 servidores mortos em trabalho e, até o hoje, o governo não acenou com a gratificação", afirmou.

Críticas - Ao defender suas emendas, o deputado Weliton Prado (PT) criticou o governador Aécio Neves, o qual, segundo ele, fez promessas e agora não está cumprindo. Uma delas seria o piso mínimo de R$ 2.500 para policiais e bombeiros. "Além disso, não está havendo tratamento isonômico, todas as categorias deveriam ter reajuste retroativo a 1º de janeiro, a exemplo do determinado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas", acrescentou.

O deputado Lafayette de Andrada (PSDB) argumentou que são projetos totalmente diferentes. "Tanto o Ministério Público quanto o Tribunal de Contas são órgãos independentes do Executivo e têm liberdade para determinarem seus reajustes, conforme respectivas previsões orçamentárias. O Executivo está beneficiando mais de 120 carreiras", alegou.

Tramitação - O PL 4.387/10 já havia sido analisado pela FFO. Na ocasião, o relator, deputado Zé Maia, opinou pela aprovação da proposição com as emendas nºs 1 a 9 da CCJ e pela rejeição das emendas de nºs 10 a 12 da Comissão de Administração Pública. Uma proposta de emenda apresentada pelo deputado Sargento Rodrigues e outras 11 do deputado Weliton Prado foram rejeitadas.

Entenda o PL 4.387/10:

* O reajuste de 10% é extensivo aos servidores inativos.

* Beneficia as carreiras pertencentes aos Grupos de Atividades de Educação Básica, Educação Superior, Saúde, Defesa Social, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Seguridade Social, Agricultura e Pecuária, Ciência e Tecnologia, Cultura, Desenvolvimento Econômico e Social, Transportes e Obras Públicas, Gestão, Planejamento, Tesouraria, Auditoria e Político-Institucionais e Tributação, Fiscalização e Arrecadação e as carreiras de Técnico Fazendário de Administração e Finanças e de Analista Fazendário de Administração e Finanças, e ainda os cargos de provimento em comissão de diretor e secretário de escola e de diretor do Colégio Tiradentes da Polícia Militar.

* Para os policiais civis, militares, bombeiros militares, agentes de segurança penitenciários e agentes de segurança socioeducativos, o projeto prevê aumento de 15% sobre o vencimento básico. * Fica estabelecido um novo valor para o piso remuneratório dos professores e especialistas em educação, que passa a ser de R$ 935, além de novas tabelas de vencimento básico das carreiras de analista e de assistente técnico de educação básica, de assistente técnico educacional, de assistente de educação, de analista educacional, de assistente administrativo da Polícia Militar e de analista de gestão da Polícia Militar.

* As emendas da CCJ foram sugeridas pelo governador Aécio Neves e determinam: que o reajuste de 10% seja deduzido não só da Vantagem Temporária Incorporável (VTI), mas também do valor da Gratificação de Escolaridade, Desempenho e Produtividade Individual e Institucional (Gedama) e do valor da Gratificação de Escolaridade, Desempenho e Produtividade Individual e Institucional (Gedima); que os cargos de provimento em comissão de empreendedor público I e II também sejam beneficiados com o reajuste de 10%, o mesmo acontecendo com a gratificação especial dos ocupantes de cargos de comandante de avião a jato, comandante de avião, piloto de helicóptero e 1º oficial de aeronave.

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente; Gláucia Brandão (PPS), Hely Tarqüínio (PV), Inácio Franco (PV), Lafayette de Andrada (PSDB), Rosângela Reis (PV), Sargento Rodrigues (PDT), Vanderlei Miranda (PMDB) e Weliton Prado (PT).

 

 

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