| Deputados querem debater aplicação da nova Lei 
            Florestal Três requerimentos de audiências públicas foram 
            aprovados na reunião da Comissão de Política Agropecuária e 
            Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais desta 
            terça-feira (16/3/10). Os deputados pretendem discutir a aplicação 
            da Lei Florestal mineira, consequências da falência de uma empresa 
            em Campo do Meio (Sul de Minas) e seguro rural. Ainda na reunião, os 
            parlamentares debateram a partidarização de entidades de 
            representação, tanto patronais quanto de trabalhadores.  De autoria da comissão, um dos requerimentos é para 
            a realização de audiência pública em São Sebastião do Paraíso (Sul 
            de Minas) para tratar da aplicação da nova Lei Florestal, aprovada 
            ano passado na ALMG. Serão convidados representantes da Secretaria 
            de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), IEF, 
            prefeitura, federações estaduais da Agricultura (Faemg) e de 
            Trabalhadores da Agricultura (Fetaemg), sindicatos rurais, 
            Ministério Público e Polícia Ambiental. Segundo o presidente da 
            comissão, deputado Antônio Carlos Arantes (PSC), um dos objetivos é 
            informar aos técnicos do meio ambiente as inovações trazidas pelo 
            novo código, para que "eles compreendam os inúmeros avanços da 
            lei". Falência - O deputado 
            Padre João (PT) teve aprovado requerimento de audiência pública para 
            discutir e apontar alternativas para os problemas gerados com a 
            falência da Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia). 
            Localizada em Campo do Meio, a empresa tem seu processo de falência 
            tramitando na Vara da Comarca de Campos Gerais (Sul de Minas). 
            Segundo o deputado, a falência da empresa produziu um excesso de 
            dívidas, especialmente com os trabalhadores, e também com empresas, 
            bancos e União. Além disso, o problema motivou várias ocupações para 
            fins de reforma agrária e conflitos diversos. Serão convidados, além 
            do síndico da massa falida da Capia, representantes do Incra, 
            Procuradoria da Fazenda Nacional, Judiciário local e da região, MP e 
            entidades de trabalhadores rurais. Outro requerimento, do deputado Antônio Carlos 
            Arantes, pede audiência pública para avaliar a evolução do programa 
            Minas + Seguro no Estado. Representantes do Comitê Gestor da Câmara 
            Técnica de Seguro e Crédito Rural da Seapa, entre outros, serão 
            convidados para a reunião. CNA - O deputado Chico 
            Uejo (PSB) usou novamente o microfone para criticar a senadora Kátia 
            Abreu (DEM-TO). Segundo ele, a parlamentar estaria utilizando o seu 
            cargo de presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) 
            para partidarizar a entidade. Em 2009, o deputado propôs uma moção 
            de repúdio à senadora. "Kátia Abreu só atrapalhou a discussão do 
            Código Florestal no Brasil. Entidades como a CNA, sindicatos e 
            federações rurais têm a obrigação de defender interesses do produtor 
            rural. E não deveriam nunca ter candidatos a cargos públicos", 
            condenou o deputado. Concordando com Chico Uejo, o deputado Dilzon Melo 
            (PTB) disse que, às vezes, dirigentes de entidades de representação, 
            em virtude do trabalho realizado, acabam ficando em evidência. Mas 
            ele ressalvou que esses dirigentes deveriam ter a dignidade de se 
            desvincular das entidades para se candidatarem a um cargo político. 
            Também o deputado Domingos Sávio (PSDB), vice-presidente da 
            comissão, concordou com os dois. "A vinculação de uma entidade com 
            um partido político é um pecado capital", afirmou, acrescentando que 
            o fato ocorre também em entidades de trabalhadores e até em igrejas. 
            "Está na hora de a Assembleia se manifestar contra isso. Entidades e 
            igrejas têm que parar de tentar determinar em qual candidato as 
            pessoas vão votar", protestou. Presenças - Deputados 
            Antônio Carlos Arantes (PSC), presidente; Domingos Sávio (PSDB), 
            vice; Chico Uejo (PSB) e Dilzon Melo (PTB).     |