Comissão da Minascaixa fará reuniões em BH e no
interior
A Comissão Especial criada pela Assembleia
Legislativa de Minas Gerais com o objetivo de elaborar propostas
para regularização dos imóveis financiados pela Minascaixa aprovou
requerimentos para realização das primeiras reuniões com convidados.
Dos três requerimentos aprovados nesta terça-feira (9/3/10), um é de
autoria do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e dois da deputada
Cecília Ferramenta (PT), que é presidente da Comissão Especial da
Minascaixa.
A presidente da comissão propôs a realização de
audiências públicas em Belo Horizonte, Coronel Fabriciano e Santana
do Paraíso (Vale do Aço), para que os parlamentares possam ouvir os
mutuários da antiga Minascaixa. Também solicitou uma reunião com
convidados para que se inicie o levantamento das informações
atualizadas sobre a situação dos imóveis resultantes dos antigos
financiamentos, hoje administrados pela MGI Participações S/A. Um
terceiro requerimento aprovado, de autoria do deputado Dalmo
Ribeiro, pede que o gestor dos mutuários da extinta Minascaixa,
Ronan Reis, seja ouvido pela comissão.
Durante a reunião desta terça-feira (9), Cecília
Ferramenta voltou a elogiar a decisão do Governo do Estado,
divulgada em novembro de 2009, de suspender o leilão dos imóveis que
haviam sido hipotecados por falta de pagamento dos mutuários. "São
mais de mil moradias, sendo que algumas famílias quitaram suas
dívidas, outras estão inadimplentes e não se sabe a situação dos
imóveis", afirmou a deputada. Para o deputado João Leite (PSDB), as
reuniões aprovadas contribuirão para esclarecer os direitos das
famílias envolvidas.
Em reunião realizada pela Comissão de Assuntos
Municipais e Regionalização em 2009, o gerente de Comercialização de
Bens da MGI, Ricardo Lopes Alvarenga, afirmou que a inadimplência
dos imóveis é anterior à extinção do banco, o que motivou a execução
das hipotecas. Segundo ele, em todo o Estado existem cerca de 3 mil
imóveis na mesma situação.
Apenas em Santana do Paraíso, Dionísio e Marliéria,
cerca de 300 famílias correm o risco de perder suas casas. Os
imóveis foram construídos no início dos anos 1980. Com a extinção do
banco estadual em 1998, muitos mutuários pararam de pagar as
prestações. Alguns dizem que pararam de pagar porque não foram
informados sobre como proceder.
Presenças - Deputadas
Cecília Ferramenta (PT), presidente da comissão; e Rosângela Reis
(PV); deputados Rômulo Veneroso (PV) e João Leite
(PSDB).
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