Política de saúde do homem já pode voltar ao Plenário em 2º turno

O Projeto de Lei (PL) 3.586/09, que trata da política estadual de atenção integral à saúde do homem, recebeu parecer ...

03/03/2010 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Política de saúde do homem já pode voltar ao Plenário em 2º turno

O Projeto de Lei (PL) 3.586/09, que trata da política estadual de atenção integral à saúde do homem, recebeu parecer favorável da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta quarta-feira (3/3/10) e já pode voltar ao Plenário para análise em 2º turno. O projeto do deputado Ruy Muniz (DEM) tem o objetivo de promover a melhoria das condições de saúde da população masculina e reduzir sua morbidade e mortalidade.

O relator, deputado Fahim Sawan (PSDB), para quem a matéria foi redistribuída, opinou pela aprovação da matéria sem alterações ao texto aprovado em 1º turno. Segundo a redação do vencido, as diretrizes da política estadual de saúde do homem são a integração do homem à rede de serviços do SUS; priorização da atenção básica desenvolvida pelo Programa de Saúde de Família (PSF); integração da política de atenção integral à saúde do homem às demais políticas, estratégias e ações do SUS; e articulação de diversas áreas do governo e da sociedade.

Os objetivos dessa política são contribuir para a mudança da percepção do homem em relação à sua saúde e a de sua família; estimular a participação da população masculina nas atividades de prevenção de doenças comuns no homem; implantar a atenção à saúde sexual e reprodutiva dos homens; e estimular, na população masculina, o cuidado com sua própria saúde.

Durante a discussão do parecer, o deputado Carlos Pimenta (PDT) falou da importância do projeto, avaliando que hoje o homem não conta com um atendimento específico. Ele citou o crescimento do câncer de próstata. Segundo o parlamentar, a Secretaria de Estado de Saúde divulgou uma projeção de 45 mil novos casos de câncer em Minas Gerais em 2010, sendo 15% de doenças da próstata. Pimenta sugeriu uma audiência para debater o assunto e o deputado Fahim Sawan concordou com a necessidade de aprofundamento da discussão sobre a saúde do homem.

Para o deputado Carlos Mosconi (PSDB), é ilusão acreditar que uma lei solucionará a precariedade do sistema de saúde. Ele lembrou a falta de estrutura do sistema como um todo, embora acredite no mérito das iniciativas que têm o objetivo de melhorar o atendimento. Os deputados Ruy Muniz e Doutor Rinaldo (PSL) destacaram a resistência do homem em procurar um médico e realizar exames preventivos. Ruy Muniz se disse satisfeito com a aprovação do parecer e mencionou a criação do programa nacional de saúde do homem pelo Governo Federal.

Projeto quer favorecer transplante de ossos

Outro projeto analisado em 2º turno pela comissão foi o PL 3.238/09, do deputado Zezé Perrella (PDT), que, originalmente, cria o Banco de Ossos do Estado. O relator do projeto, deputado Carlos Pimenta (PDT), opinou pela aprovação da matéria na forma do vencido em 1º turno. Segundo o texto aprovado, o projeto passa a alterar o inciso II do artigo 1º da Lei 11.553, de 1994, que trata da ação do Estado com o objetivo de favorecer a realização de transplantes. A nova redação estabelece que o Estado deve criar condições materiais que facilitem a captação, remoção e distribuição de órgãos e a captação, coleta, identificação, processamento, estocagem e distribuição de tecidos e substâncias humanas.

Selo Verde - A comissão também aprovou parecer de 1º turno favorável ao PL 3.253/09, do deputado Arlen Santiago (PTB), que dispõe sobre a criação do Selo Verde de controle e redução do esgotamento sanitário para os municípios. O relator, deputado Fahim Sawan, opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

De acordo com o projeto, os municípios cujo tratamento de esgoto sanitário seja feito pela Copasa ou por serviço autônomo de água e esgoto deverão integrar seus sistemas de tratamento dos efluentes das residências ao sistema estadual. O controle do governo será feito mediante a criação de banco de dados estadual que armazenará as informações para mapear o tratamento dos esgotos dos municípios. Ainda segundo a proposição, o município que expandir sua rede de tratamento sanitário receberá como benefício o Selo Verde e será reconhecido como amigo da natureza.

O substitutivo nº 1 modifica o artigo 3º do projeto, ao estabelecer que sejam contemplados com o selo os municípios que ampliarem o índice de coleta de esgoto da população urbana ou melhorarem a eficiência do tratamento de esgoto para além dos referenciais mínimos estabelecidos pelo órgão estadual competente.

No artigo 4º, que determina que a campanha de divulgação do Selo Verde será empreendida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e com os conselhos municipais do meio ambiente, o relator entendeu que não é adequado que o dispositivo antecipe quais órgãos ficarão encarregadas da divulgação do Selo Verde. Dessa forma, muda o texto ao estabelecer que o Estado, por meio do órgão competente, fará tal divulgação.

Requerimentos - Durante a reunião foram aprovadas, ainda, cinco proposições que dispensam a apreciação do Plenário, além de três requerimentos de audiências públicas. O deputado Carlos Pimenta quer debater o PL 3.586/09 e também o reconhecimento dos postos de medicamentos do Estado. O deputado Sebastião Costa (PPS) propõe discussão sobre o papel social das farmácias e os efeitos da aplicação da Lei 18.679, de 2009, que dispõe sobre o comércio de artigos de conveniência e a prestação de serviços em farmácias e drogarias.

Presenças - Deputados Carlos Mosconi (PSDB), presidente; Carlos Pimenta (PDT), vice; Doutor Rinaldo (PSL), Fahim Sawan (PSDB) e Ruy Muniz (DEM).

 

 

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