Deputados divergem sobre violência no
Estado
Os temas violência e segurança pública marcaram a
fala de deputados durante a Reunião Extraordinária de Plenário da
Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada na manhã desta
terça-feira (23/2/10). Weliton Prado (PT) ocupou a tribuna para
criticar o aumento da violência em Belo Horizonte, defendendo a
criação do Fundo Estadual de Segurança Pública e o aumento do
efetivo das Polícias Civil e Militar. O deputado disse que, segundo
a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o número de policiais
deve ser de pelo menos um para cada grupo de mil habitantes,
proporção que não estaria sendo atendida em nenhum dos 853
municípios mineiros. Para o parlamentar, é preciso sensibilizar o
Governo do Estado para esses pontos, e ainda para que sejam chamados
os agentes excedentes em concurso público realizado em Minas.
Já o deputado João Leite (PSDB) disse que os
problemas de segurança e violência em Minas não se devem ao Governo
do Estado, que, segundo ele, investiu em penitenciárias e concursos,
sendo, na verdade, resultado de "oito anos de investimento zero do
governo Federal" no Estado. O parlamentar destacou que faltam
investimentos sobretudo na Polícia Rodoviária Federal de Minas.
Segundo ele, o Estado detém a maior malha rodoviária federal do
País, mas vai merecer ter preenchida apenas 40 das quase três mil
vagas abertas em concurso público federal para o órgão. O
parlamentar lembrou que é pelas estradas e postos rodoviários que a
criminalidade entra no Estado.
Ao final, o deputado Durval Ângelo (PT) pediu a
palavra para elogiar a nova direção eleita do Tribunal de Justiça de
Minas Gerais (TJMG), destacando a atuação e a produção acadêmica de
novos membros e os desafios que o Judiciário encontra na atualidade.
Lembrou, também, o lançamento, nesta terça (23), de livro do
desembargador Rogério Medeiros Garcia em que faz uma reflexão sobre
o Direito e a Justiça.
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