Direitos Humanos visita prédios ocupados no Santa Tereza

Mais uma tentativa de encontrar uma solução para as famílias que vivem nos prédios invadidos do Residencial Saint Mar...

20/02/2010 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Direitos Humanos visita prédios ocupados no Santa Tereza

Mais uma tentativa de encontrar uma solução para as famílias que vivem nos prédios invadidos do Residencial Saint Martin, no bairro Santa Tereza, na Capital, vai ser feita pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Nesta quarta-feira (24/2/10), às 16 horas, os deputados visitam o local, que fica na rua Clorita, para apurar como estão as condições dos moradores que lutam há 16 anos por uma solução jurídica. O requerimento foi apresentado pelo presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT).

Em 2003, a Comissão de Direitos Humanos realizou uma audiência que foi acompanhada por centenas de pessoas. Na ocasião, 160 famílias viviam nos prédios inacabados da construtora Encol, que faliu em 1999. Também naquele ano, o Tribunal de Justiça determinou a desocupação dos prédios, com a reintegração de posse à massa falida da Encol.

Segundo o deputado Durval Ângelo, o movimento dos moradores volta novamente à pauta, porque o Tribunal de Justiça fala novamente na necessidade de execução da sentença de reintegração de posse, proferida em 2003. Mas, de acordo ainda com o deputado, a execução não é bem vista pela Polícia Militar, que teme um confronto de grandes proporções com os ocupantes.

Durval informa ainda que a Prefeitura de Belo Horizonte encaminhou projeto de financiamento para desapropriação ao Ministério das Cidades, a pedido do então arcebispo da Capital, Dom Serafim Fernandes de Araújo. "Mas depois da saída do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, o processo de desapropriação não caminhou mais na prefeitura", disse.

Procurada pela Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte, a comissão tenta, com a visita, colocar novamente o projeto na pauta da prefeitura da Capital. "A reintegração de posse hoje seria como desvestir um santo para vestir outro, já que o que será apurado pela massa falida da Encol não dá nem para pagar os primeiros créditos, ou seja, o passivo trabalhista, que tem prioridade", afirmou o deputado. Os moradores estão em terceiro lugar, atrás dos débitos tributários, segundo a legislação do País.

 

 

 

 

 

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