Comissão vai a Contagem ouvir familiares de mulheres
assassinadas
A Comissão de Segurança Pública da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais visitará, nesta quinta-feira (11/2/10),
às 9 horas, o bairro Industrial, em Contagem (Região Metropolitana
de Belo Horizonte). O objetivo é obter mais informações sobre quatro
homicídios de mulheres ocorridos no local, atribuídos a um suposto
maníaco sexual, o que tem mobilizado a sociedade, as autoridades
policiais e a imprensa. Deverão participar da visita o presidente e
a vice-presidente da comissão, deputado João Leite (PSDB) e deputada
Maria Tereza Lara (PT), os deputados Tenente Lúcio (PDT), Ademir
Lucas (PSDB), Célio Moreira (PSDB) e Carlin Moura (PCdoB), além da
deputada federal Jô Moraes (PCdoB).
O requerimento da visita é de autoria da comissão e
havia sido aprovado nesta quarta-feira (10). Segundo informações do
gabinete do deputado João Leite, a comissão vai se encontrar com
familiares de algumas das mulheres assassinadas. Primeiramente, às 9
horas, a comissão visita a residência de dona Euzana, mãe de Ana
Carolina Menezes Assunção, uma das vítimas. O endereço é rua
Francisco Rodrigues Pereira, 157, no bairro Industrial. Logo depois,
às 9h30, os deputados se dirigem à casa do viúvo de Ana Carolina,
William Chaves (na rua Marilac, 204, Jardim Industrial, perto do
colégio Pedro de Alcântara). Por fim, às 10 horas, a comissão se
dirige no Cemitério Parque Renascer, onde acompanham o sepultamento
de Natália Cristina de Almeida Paiva, de 27 anos, estudante de
Direito da PUC/Betim, que seria outra vítima do maníaco.
Segundo notícias publicadas na imprensa da Capital,
em 16/4/09 a empresária Ana Carolina Menezes Assunção, também com 27
anos, foi abordada no bairro pelo criminoso, por volta das 18 horas,
quando ia à loja em que era sócia da mãe. Ela estava com o filho de
1 ano e dois meses. Ana Carolina foi obrigada a seguir em seu carro
com o bandido e, diante da suspeita de sequestro relâmpago, a PM foi
chamada. Horas depois, o corpo da vítima foi encontrado seminu no
banco traseiro do carro, no bairro João Pinheiro, na marginal da Via
Expressa, em local deserto e de pouca iluminação. Ela foi violentada
e teria sido estrangulada por um cadarço de tênis. O bebê não foi
agredido e dormia sobre o peito da mãe.
Em relação à outra vítima, Natália Cristina de
Almeida Paiva, nesta quarta (10), a Polícia confirmou que é dela o
corpo enterrado no Cemitério Público de Ribeirão das Neves, como
indigente. Um laudo comparativo feito pelo Instituto Médico Legal
(IML) na arcada dentária da ossada exumada comprovou a suspeita da
polícia. Natália saiu de casa no dia 7/9/09, no bairro Margarida,
por volta das 6 horas para ir à faculdade. Na noite de 8/9/09, seu
carro foi encontrado no Barreiro de Baixo.
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