Comissão inicia sabatina de indicados ao Conselho Estadual de Educação

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais iniciou a sabatina dos indicados para integrar o Conselho Estadual de Educaç...

10/02/2010 - 00:04
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão inicia sabatina de indicados ao Conselho Estadual de Educação

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais iniciou a sabatina dos indicados para integrar o Conselho Estadual de Educação (CEE). Deputados da Comissão Especial criada para esse fim ouviram, nesta terça-feira (9/2/10), quatro dos 12 indicados, os professores Sebastião Antônio dos Reis e Silva, Ângela Imaculada de Freitas Dalben, Faiçal David Freire Chequer e Tomaz de Andrade Nogueira. Os demais serão sabatinados em reuniões posteriores.

O presidente da Comissão Especial, deputado Lafayette de Andrada (PSDB), elogiou os professores ouvidos nesta terça (9) e disse que as indicações deverão ser confirmadas pela ALMG. Após as sabatinas, as indicações receberão pareceres da comissão e serão encaminhadas para votação em Plenário. A relatora dos quatro primeiros sabatinados é a deputada Rosângela Reis (PV).

Indicado para a Câmara do Ensino Médio do CEE, Sebastião Antônio dos Reis e Silva afirmou que pretende contribuir com a ampliação da educação voltada para a integração do jovem no mercado de trabalho e sua inserção social. Diretor do Senac em Minas Gerais, instituição onde atua há 46 anos, ele tem ampla experiência na implantação de metodologias de ensino profissional. "Com o avanço tecnológico, o modelo econômico mundial já exige formação mais profunda do profissional", afirmou. Silva mostrou preocupação com a grade curricular do ensino médio em Minas e defendeu a ampliação do acesso integral e efetivo do jovem à escola.

Também advogado e administrador de empresas, Silva tem especialização em Ciência Política, Formação Profissional e Consultoria Empresarial. Foi professor da UFMG e do Sistema Pitágoras de Ensino, além de gerente do Centro de Formação Profissional do Senac.

Ângela Dalben está sendo reconduzida, desta vez para a Câmara do Ensino Superior. Atualmente é membro da Câmara do Ensino Médio. Indagada sobre os programas do Governo do Estado para o ensino superior, ela afirmou que houve avanços nas políticas públicas para o setor, tanto estaduais quanto federais. "São muitos os projetos e todos têm méritos", elogiou, destacando a harmonia entre Estado e União em políticas convergentes para o setor. Ela advertiu, no entanto, que ainda é preciso investir na formação dos professores. Ao explanar sobre o Universidade Aberta do Brasil (UAB), rede que promove a disseminação do ensino a distância para professores, Ângela Dalben defendeu o uso da tecnologia para a formação de profissionais.

Doutora em Educação pela UFMG, a indicada é pró-reitora de Extensão da universidade, onde também leciona Didática e Prática Educativa em cursos de pós-graduação. Entre outras atividades, desenvolve pesquisas na área de avaliação de políticas educacionais, tendo coordenado o projeto de avaliação da implementação do programa Escola Plural da Rede Municipal de Belo Horizonte.

Migração de faculdades - Reitor da Universidade de Itaúna, o professor Faiçal Chequer lamentou a migração de 34 instituições de educação superior do Estado para o sistema federal de ensino, ocorrida no ano passado. Segundo o professor, a medida esvaziou a Câmara de Ensino Superior do CEE, que ele próprio integrou até o fim de 2009 e para a qual foi novamente indicado. Chequer afirmou que um dos desafios do Conselho é discutir adequações na resolução estadual que regulamenta esse nível de ensino, para aproximá-la da legislação federal.

A migração ocorreu após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo fato de os cursos terem sido criados pelo CEE sem aval do Ministério da Educação. Para Chequer, no entanto, o Conselho tem competência legal para regular o assunto. Em resposta a questionamento da deputada Rosângela Reis, o professor disse ainda ser entusiasta de mecanismos que facilitam o acesso de estudantes às universidades e faculdades, como o ProUni e o Fies. Chequer é bacharel em Direito e graduado em Letras. Foi também membro do Ministério Público e presidente da 34ª Subseção da OAB-MG, entre outros cargos.

O professor Tomaz de Andrade Nogueira fez comentários sobre o sistema de avaliação do ensino superior brasileiro, do qual fazem parte o Enem e a Prova Brasil, entre outros exames. De acordo com ele, falta ao sistema considerar diferenças regionais, mas a criação de mecanismos de avaliação foi um passo importante para a melhoria do ensino superior do País. "Era preciso que no Brasil tivessem a coragem de iniciar esse processo", afirmou Nogueira, indicado para a Câmara de Ensino Superior. Em resposta a questão do deputado Sebastião Costa (PPS), o professor também lamentou a migração de faculdades de Minas para o sistema federal de ensino e reafirmou a necessidade de adequações na legislação estadual.

Coordenador do Centro de Comunicação da Faculdade de Educação da Uemg, Tomaz Nogueira é mestre em Educação pela UFRJ e tem especialização em Língua Portuguesa pela PUC Minas. Já deu aulas em diferentes instituições de ensino superior em Belo Horizonte e no interior do Estado. Foi diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de Itaúna.

O Conselho - As indicações para o Conselho Estadual de Educação constam da Mensagem 445/09, do governador Aécio Neves. Sebastião Antônio dos Reis e Silva e Tomaz de Andrade Nogueira foram indicados pela sociedade civil. Ângela Imaculada de Freitas Dalben e Faiçal David Freire Chequer tiveram os nomes sugeridos pelo governador. O CEE é composto de 24 cadeiras, das quais 12 serão renovadas este ano, após a sabatina da ALMG. É responsabilidade do CEE pronunciar-se sobre diferentes questões, como autorização de funcionamento e reconhecimento de estabelecimentos de ensino e de seus cursos, criação de escolas estaduais e municipais, regulamentação de diferentes graus e modalidades de ensino, normas sobre currículos, transferência de alunos, adaptação de estudos, regimento escolar, regularização de vida escolar e outras.

Os trabalhos são divididos em quatro câmaras: do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, do Ensino Superior e de Planos e Legislação.

Presenças - Deputados Lafayette de Andrada (PSDB), presidente; Sebastião Costa (PPS), João Leite (PSDB) e deputada Rosângela Reis (PV), relatora.

 

 

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