Presidente faz balanço dos trabalhos e traça expectativas para
2010
O Orçamento do Estado para 2010 será concretizado
através do desenvolvimento de toda Minas Gerais, e o crescimento do
Produto Interno Bruto deve ser de 4,5% a 5%. Com essa expectativa
otimista, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais,
deputado Alberto Pinto Coelho (PP), analisou a aprovação, pela Casa,
do Projeto de Lei (PL) 3.809/09, que estima receitas e despesas do
Estado em R$ 41,1 bilhões. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira
(18/12/09), logo após a Reunião Solene de encerramento da Sessão
Legislativa, ele abordou ainda o trabalho na ALMG e o atual cenário
político.
O presidente do Legislativo mineiro destacou o
montante de aproximadamente R$ 10 bilhões do Orçamento destinados a
investimentos públicos. Desse total, segundo ele, cerca de R$ 4,8
bilhões são do cofre do Tesouro estadual, e o restante das empresas
controladas pelo Estado. "Na Copasa, por exemplo, temos um
significativo avanço na questão do saneamento básico, que se traduz
em saúde pública", pontuou. Para o parlamentar, o desenvolvimento de
Minas será o resultado da lei orçamentária, sobretudo em áreas como
saúde, segurança, educação e infraestrutura.
Além das obras realizadas pelo Executivo, o
presidente citou também a parceria do governo do Estado com os
municípios, através de repasses de recursos para, em última
instância, atender o cidadão onde ele vive.
Balanço - De acordo com
Alberto Pinto Coelho, 2009 foi um dos anos mais produtivos da
Assembleia de Minas, não só pelas leis aprovadas, mas pelas
discussões. Foram realizadas cerca de 900 audiências na Capital e no
interior, com aproximadamente 2.500 convidados, especialistas de
várias áreas. "Houve uma discussão ampliada dos temas de interesse
da sociedade, que geram elementos para a produção de boas leis e são
uma contribuição do parlamento para o desenvolvimento do Estado",
afirmou.
Quanto às expectativas da ALMG para 2010, em função
do ano eleitoral, o presidente afirmou que será preciso
"compatibilizar o desenvolvimento da atividade parlamentar com a
presença dos deputados na busca legítima de mais um mandato". Já em
relação aos desafios para o Estado, ele afirmou que a meta é a
retomada do crescimento. Alberto Pinto Coelho lembrou que Minas foi
o Estado que mais sentiu a crise financeira mundial e teve perda
nominal de tributos da ordem de R$ 900 milhões. Para ele, o impacto
só não foi maior pelas providências tomadas pelo governo.
Política - Avaliando o
cenário político de Minas e do Brasil, o presidente da ALMG voltou a
dizer que a decisão do governador Aécio Neves de se retirar da
disputa presidencial foi refletida e coerente. "Ele já havia
anunciado a necessidade de que esse processo tenha etapas e de que
agora seria o momento de haver uma definição de candidaturas para
que houvesse tempo suficiente para compor alianças e fazer a
composição das chapas regionais. Com essa visão do cenário nacional,
ele propôs a realização de prévias ou a uma decisão quanto ao nome.
E como não houve isso, ele entendeu que era o momento de se
posicionar", analisou.
Para Alberto Pinto Coelho, porém, o cenário da
política nacional não pode prescindir da figura e da presença de
Aécio Neves, venha ele a tomar qualquer decisão sobre a candidatura.
"Ele é um homem qualificado para dirigir o País, um líder político,
estadista e grande gestor público. O nome dele é o que mais converge
em termos partidários. Em sendo candidato à presidência, ele poderia
fazer uma gestão com unidade nacional", afirmou. O presidente
sinalizou, inclusive, que o tempo poderá trazer Aécio Neves
novamente à cena nacional.
Já quanto à própria candidatura como vice na chapa
do atual vice-governador, Antonio Anastasia, Alberto Pinto Coelho
afirmou não se tratar de uma decisão pessoal. "Meu nome está posto,
com a possibilidade de representar uma convergência com a densidade
política indispensável", disse. Se o destino me reservar essa
posição, buscarei corresponder a essa expectativa.
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