Depois de agressão, trabalhadores rurais querem justiça

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais esteve em Rio Pardo de Minas, Norte do Estad...

15/12/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Depois de agressão, trabalhadores rurais querem justiça

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais esteve em Rio Pardo de Minas, Norte do Estado, nesta terça-feira (15/12/09), para intermediar a solução dos conflitos agrários na região. Em fevereiro de 2009, 33 famílias ligadas ao MST acamparam na fazenda Capão Muniz, e, segundo a Comissão Pastoral da Terra, em 26 de abril, pistoleiros entraram no acampamento agredindo os trabalhadores rurais. Quase sete meses depois, três dos agressores estão presos e alguns ainda estão foragidos.

Antes da audiência pública, a Comissão e os convidados estiveram no fórum da cidade, onde estavam sendo ouvidos as testemunhas de defesa dos acusados. A juíza da comarca, Vânia da Conceição Pinto, deferiu um pedido do deputado Durval Ângelo (PT), presidente da comissão, que solicitou, através de ofício, a liberação temporária das testemunhas já ouvidas para participarem da audiência.

A reunião foi solicitada pelo deputado Durval Ângelo (PT), mas foi sugerida pelo ouvidor Agrário Nacional e presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, desembargador Gercino José da Silva Filho, que ouviu atentamente todos os relatos.

Descaso - A Câmara Municipal de Rio Pardo de Minas ficou lotada de trabalhadores rurais. Para o assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Paulo Roberto Faccion, a disputa pela terras públicas têm ocorrido em função do descaso do poder público. Segundo ele, somente no município existem 400 mil hectares de terras que devem ser resgatas pelo Estado e distribuídas depois de um planejamento adequado.

Para o diretor do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Rio Pardo de Minas, Elizeu José de Oliveira, a luta pela posse de terra em Minas está mais violenta a cada ano. Segundo ele, é necessário que o Estado "enxergue que as comunidades estão tomando posse dos territórios, numa tentativa de chamar a atenção para que se busque uma solução urgente".

O assessor de Mediação de Conflitos Agrários da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos da Secretaria Especial da Presidência da República, Ailson Silveira Machado, afirmou que a violência no campo vai acabar "porque vamos acabar com a impunidade". Já o subprocurador-geral da União, Marcello Alencar de Araújo, disse que se deslocou até Rio Pardo de Minas para reafirmar o propósito da Ouvidora que é acreditar que a justiça seja feita para garantir os direitos humanos. Para ele, a situação atual é de completa insegurança e deve ser controlada

Notas - O deputado Durval Ângelo informou que vai encaminhar as notas taquigráficas da reunião para as corregedorias do Tribunal de Justiça e da Polícia Militar de Minas Gerais e para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Presenças - Deputado Durval Ângelo (PT), presidente da comissão.

 

 

 

 

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