Denúncias de atingidos por barragem levam comissão a
Leopoldina
A situação das pessoas atingidas pela construção da
Barragem Braúna, localizada nos municípios de Laranjal, Recreio,
Leopoldina e Cataguases, todos na Zona da Mata, será tema de
audiência da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa
de Minas Gerais na quarta-feira (16/12/09). Motivada por
requerimento do deputado Padre João (PT), a comissão vai discutir
denúncias de que as famílias estariam sendo ameaçadas e obrigadas a
aceitar indenizações injustas. A reunião está marcada para as 9
horas, no Cefet, em Leopoldina (rua José Peres, 558, Centro).
As denúncias foram levadas ao deputado Padre João
pela Comissão Pastoral da Terra. Das 180 famílias da região, apenas
uma pequena parcela de proprietários teria conseguido indenizações
justas. A maioria das negociações estariam sendo feitas sob ameaças,
pressão e medo. De acordo com as denúncias, um grupo de 13 famílias
que não aceitou a proposta da empresa Braúnas teve suas casas,
currais e plantações destruídas. Pescadores e extratores de areia,
retirados do local, também não teriam sido indenizados.
Convidados - Delegado
federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Minas Gerais,
Rogério Correia; procurador-Geral de Justiça, Alceu José Torres
Marques; secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, José Carlos Carvalho; bispo da Diocese de Leopoldina,
Dom Dario Campos; presidente do Conselho Estadual de Assistência
Social, Maria Joanita Godinho Pimenta; diretor da Brookfield Energia
Renovável, Antônio Fonseca dos Santos; superintendente da Unidade
Regional Colegiada do Conselho Estadual de Política Ambiental da
Zona da Mata, Danilo Vieira Junior; advogado da Comissão de
Atingidos pela Barragem de Braúna, Leonardo Pereira Rezende;
educador social da Comissão Pastoral da Terra da Zona da Mata;
Antônio Maria Fortini.
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