Comissão volta a Rio Pardo de Minas para debater conflito
agrário
Os deputados da Comissão de Direitos Humanos da
Assembleia Legislativa de Minas Gerais voltarão a Rio Pardo de Minas
(Norte de Minas) para apurar denúncias de violência contra
trabalhadores rurais sem-terra e para intermediar a solução dos
conflitos agrários na região. A nova audiência pública será nesta
terça-feira (15/12/09), às 9 horas, na Câmara Municipal (Rua
Waldemir Patrício de Souza, 30 - Centro). O requerimento para
realização da reunião é do presidente da comissão, deputado Durval
Ângelo (PT). Em junho, o parlamentar esteve naquela cidade, quando
cobrou a prisão de pistoleiros e fazendeiros acusados de agredir
trabalhadores.
A reunião foi sugerida pelo ouvidor Agrário
Nacional e presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no
Campo, desembargador Gercino José da Silva Filho, presente ao debate
realizado em junho. Segundo Durval Ângelo, o ouvidor teria garantido
que os agressores não ficariam impunes e ele próprio teria
solicitado o prazo de seis meses para relatar as providências
tomadas. A tensão em Rio Pardo de Minas começou em fevereiro de
2009, quando 33 famílias ligadas ao MST acamparam na fazenda Capão
Muniz. Segundo relato da Comissão Pastoral da Terra, em 26 de abril
pistoleiros entraram no acampamento atirando para o alto, soltando
bombas e agredindo os trabalhadores rurais. Algumas famílias
permanecem no local.
Convidados - Outros
convidados da audiência são o coordenador do Centro de Apoio
Operacional das Promotorias de Conflitos Agrários, procurador Afonso
Henrique de Miranda Teixeira; o diretor do Sindicato de
Trabalhadores Rurais de Rio Pardo de Minas, Elizeu José de Oliveira;
o assessor da Comissão Pastoral da Terra, Paulo Roberto Faccion; e
os coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra
(MST), Cristiano Meireles, e da Organização para Libertação dos
Sem-Terra (OLST), Jairo Amorim.
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