Escolas famílias agrícolas querem mais recursos do Estado

A elaboração de um documento normativo com explicações sobre como operacionalizar os recursos para a alimentação esco...

02/12/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Escolas famílias agrícolas querem mais recursos do Estado

A elaboração de um documento normativo com explicações sobre como operacionalizar os recursos para a alimentação escolar; realização do cadastro do censo escolar junto ao Estado; o repasse dos recursos ser feito entre Estado e escolas famílias agrícolas (EFAs), e não entre elas e os municípios; e a inclusão das EFAs nos programas educacionais profissionalizantes do Estado. Essas foram as quatro reivindicações iniciais do secretário executivo da Associação Mineira de Escolas Famílias Agrícolas de Minas Gerais (Amefa), Idalino Firmino dos Santos. Ele foi um dos convidados da terceira reunião que a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou nesta quarta-feira (2/12/09).

A audiência pública foi solicitada pelo deputado Padre João (PT) para tratar da inclusão das EFAs no Programa de Alimentação Escolar da Secretaria de Estado de Educação. Os representantes das escolas aproveitaram a presença de dois representantes do Governo do Estado para tratar de outros temas. Segundo Idalino dos Santos, Minas Gerais tem 18 EFAs, sendo 14 de caráter comunitário. "Atualmente, apenas 12 delas conseguem acessar recursos públicos", disse.

A previsão é que, em 2010, 1.173 alunos sejam atendidos pelas EFAs mineiras. O orçamento previsto é de R$ 2,5 milhões, contra R$ 1,7 milhão acessados em 2009. O uso da verba, de acordo com o que determina a lei atual, está atrelado somente a bolsas de estudos, e uma pequena parte, à infraestrutura. Não se contempla, por exemplo, a construção de novas unidades. "Temos 28 municípios solicitando a criação de EFAs", afirmou ele, que demandou também a alteração da legislação atual, para contemplar outras ações a serem realizadas com a verba destinada às EFAs.

Secretaria de Educação depende de regularização das escolas para fazer repasses

O subsecretário de Estado de Administração do Sistema Educacional, Gilberto José Rezende dos Santos, comentou que uma das grandes dificuldades para o repasse de verbas a todas as EFAs é a falta de regularização das escolas. "Se elas não estão com a situação regular perante o poder público, não há como transmitir recursos", falou. Ele comentou que é possível o repasse direto de verbas entre o Estado e as EFAs. "Mas é preciso ver como será feita a vinculação com a rede estadual e a desvinculação com os municípios", ressaltou. Sobre as outras demandas, o subsecretário não apresentou restrições e afirmou que levará todas para serem avaliadas pela equipe da secretaria.

Gilberto também comprometeu-se a analisar como a Secretaria de Educação pode comunicar-se com os gestores municipais de forma a sensibilizar as administrações da necessidade do repasse acatando as regras do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O articulador estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ricardo Alves de Oliveira, pediu esforço do Estado para efetivação das políticas voltadas às EFAs. "Quem tem que assumir a educação é o poder público. Temos uma demanda reprimida. É preciso saber exatamente onde estão os gargalos e resolvê-los", comentou o deputado Padre João (PT). O deputado Ruy Muniz (DEM) ressaltou a importância do tema tratado.

Presenças - Deputados Ruy Muniz (DEM), presidente; Carlin Moura (PCdoB) e Padre João (PT). Também participaram da reunião o técnico da Diretoria Central de Alocação Estratégica de Recursos e Ações da Seplag, Thiago Borges; e o monitor João Paulo do Espírito Santo, representante da Escola Família Agrícola Paulo Freire.

 

 

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