Criação de diário oficial eletrônico do TCE tem parecer favorável

A Comissão da Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais votou, nesta terça-feira (1o/12/09), pa...

01/12/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Criação de diário oficial eletrônico do TCE tem parecer favorável

A Comissão da Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais votou, nesta terça-feira (1o/12/09), pareceres de cinco projetos de lei. Entre as matérias analisadas pelos deputados estão a criação do diário oficial eletrônico do Tribunal de Contas do Estado (TCE), mudanças no quadro efetivo da Polícia Militar, reorganização do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia e regularização funcional dos servidores do Ipsemg e do DER-MG.

Tramitando em 2º turno, a primeira proposição da pauta, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 52/09, do Tribunal de Contas, institui o diário oficial eletrônico, acabando com a publicação em papel do TCE. O parecer, do deputado Neider Moreira (PPS), é pela aprovação na forma do vencido em 1º turno. O relator alegou que se trata de medida de impacto positivo, que vai facilitar a vida do cidadão, permitindo acesso mais fácil aos atos processuais e administrativos daquela corte.

Também em 2º turno, foi aprovado parecer do PL 3.595/09, do governador, que modifica a organização e distribuição de efetivo da Polícia Militar. A proposta mantém o efetivo total da corporação em 51.669 profissionais, mas amplia de 45.400 para 46.065 o quadro de praças. Essa ampliação será compensada pela extinção proporcional de vagas em outros postos, não havendo, portanto, aumento de despesas.

O relator, deputado Délio Malheiros (PV), opinou pela aprovação na forma original, afirmando que o projeto demonstra preocupação do Executivo com a segurança e a ordem públicas, sendo medida "oportuna e necessária para a adequação dos quadros da instituição".

O terceiro parecer de 2º turno votado foi o do PL 3.553/09, também do governador, que reorganiza o Conselho de Ciência e Tecnologia, órgão colegiado e consultivo que presta assessoria ao secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Atualmente o conselho se reúne com a presença de, no mínimo, 14 conselheiros, dentre os quais pelo menos quatro devem ser representantes de órgãos oficiais. O projeto pretende reduzir esse quórum para 11.

O relator, deputado Elmiro Nascimento (DEM), considerou a proposta "meritória e de acordo com os princípios da razoabilidade e da eficiência, prescritos no artigo 37 da Constituição da República". Por isso, opinou pela aprovação do projeto na forma do vencido em 1º turno.

Mais tempo - O deputado Padre João (PT) pediu vista do PL 3.439/09, do governador, que transforma cargos do grupo de atividades de ciência e tecnologia do Poder Executivo. O parecer do deputado Domingos Sávio (PSDB) - que não foi votado - é pela aprovação com a emenda nº1, criando cargo de piloto de helicóptero no âmbito do Executivo, conforme mensagem recentemente enviada à ALMG pelo governador.

Projeto regulariza situação de servidores do Ipsemg e DER

Ainda na reunião, os deputados votaram pareceres favoráveis a dois projetos de lei em 1º turno. Um deles é o PL 3.734/09, do governador, que regulariza a situação funcional de servidores do Ipsemg e do DER-MG. O relator foi o deputado Domingos Sávio, que opinou pela aprovação do texto na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com o propósito de melhorar a técnica legislativa.

O projeto pretende regularizar a situação de 4.166 servidores do Ipsemg que ingressaram no serviço público sob o regime estatutário, por meio de deliberações homologadas pelo Executivo bem antes da Constituição de 1988. Desse contingente, 2.407 já estão aposentados. Em relação ao DER-MG, são 309 servidores da ativa pertencentes ao quadro permanente de cargos e funções instituído por decreto de 1975.

"O projeto faz justiça a esses servidores. O Estado errou no passado. Regulamentações que deveriam ter sido feitas em forma de lei foram sacramentadas por meio de decretos", afirmou Domingos Sávio. Segundo ele, não haverá aumento de gastos. O parecer lembra que, conforme o artigo 37 da Constituição, a investidura em cargo ou emprego público depende da aprovação prévia em concurso público, instrumento que reflete os princípios constitucionais da isonomia e da impessoalidade. Todavia, tal exigência só passou a valer a partir da promulgação da Carta de 1988.

Domingos Sávio também opinou favoravelmente ao PL 3.850/09, em 1º turno, do deputado Sargento Rodrigues (PDT). Com parecer pela aprovação na forma do substitutivo nº 1 da CCJ, a proposição acrescenta artigo à Lei 14.184, de 2002, que dispõe sobre o processo administrativo no serviço público estadual.

O projeto pretende acrescentar regras que instituem regime de tramitação prioritária para os processos administrativos em que figure como parte ou interessado pessoa portadora de deficiência física ou mental ou portador de doenças como tuberculose, esclerose múltipla, hanseníase, cardiopativa grave e mal de Parkinson. O substitutivo nº 1 estende o benefício a pessoa com idade igual ou superior a 60 anos e acrescenta o artigo 8-A à Lei 14.184, que abrange o texto sugerido pelo projeto.

Requerimentos - Foram aprovados sete requerimentos, que dispensam a apreciação do Plenário, e outros três apresentados durante a reunião. São eles:

* Dos deputados Carlin Moura (PCdoB), Célio Moreira (PSDB), André Quintão (PT) e Eros Biondini (PTB), para realização de audiência pública com a Comissão de Participação Popular para debater a situação dos concursados da Fhemig;

* Do deputado Délio Malheiros (PV), para discutir em audiência pública a situação dos oficiais de justiça de Minas Gerais, que, por lei complementar, passam a ser obrigados a ter titularidade de bacharéis de Direito;

* Do deputado Neider Moreira (PPS), que pediu visita à Seplag, com a presença do secretário de Estado da Fazenda, Simão Cirineu, para entregar as notas taquigráficas de reunião da comissão do dia 19 de novembro, com a presença do Sindicato dos Técnicos em Tributação, Fiscalização e Arrecadação (Sinffaz). Na ocasião, gestores fazendários reivindicaram que a categoria tenha as mesmas atribuições de fiscalização e de lançamento do crédito tributário que atualmente são privativas dos auditores fiscais. Os auditores alegam que, para exercer essas funções, é necessário ingresso no serviço público por meio de concurso.

Presenças - Deputados Délio Malheiros (PV), presidente; Ivair Nogueira (PMDB), vice; Domingos Sávio (PSDB), Elmiro Nascimento (DEM), Lafayette de Andrada (PSDB), Neider Moreira (PPS) e Padre João (PT).

 

 

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