Empresa que fará gasoduto em Ouro Branco será escolhida na 2ª (16)

A Gasmig anunciou que na próxima segunda-feira (16) será definida a empresa que vai suceder a construtura DM Serviços...

13/11/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Empresa que fará gasoduto em Ouro Branco será escolhida na 2ª (16)

A Gasmig anunciou que na próxima segunda-feira (16) será definida a empresa que vai suceder a construtura DM Serviços Técnicos Ltda. na construção de uma rede de gás natural em Ouro Branco (Região Central do Estado). A DM abandonou a obra e deixou sem pagamento, há mais de três meses, 285 funcionários, que recorreram à Assembleia Legislativa de Minas Gerais na tentativa de solucionar o problema. Na noite desta sexta-feira (13/11/09), a Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da ALMG se reuniu com a direção da Gasmig para tratar do assunto.

O presidente em exercício da Gasmig, Otávio Ferraz, informou ainda que, definida a nova construtora, os trabalhos recomeçarão em 1º de dezembro. A intenção é que todos os trabalhadores da DM sejam absorvidos e voltem à atividade. "Já estamos analisando as propostas das interessadas e a definição sai após o fim de semana. Agilizamos ao máximo o processo seletivo. A contratação desses funcionários interessa a todos, inclusive à empresa escolhida", afirmou.

A solução apresentada pela Gasmig, entretanto, não agradou aos trabalhadores, que estão passando necessidade. Já nesta segunda-feira (16), eles correm o risco de serem despejados do hotel em que estão hospedados, pago pelo sindicato da categoria. "Não temos mais condição de arcar com essa despesa. Ajudamos enquanto foi possível, inclusive com alimentação, agora a Gasmig deve dar uma solução. A situação desses trabalhadores é desesperadora. Quase 100 deles não são de Minas e sequer têm condições de retornar a suas cidades de origem", reclamou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de Minas Gerais, Lacir Santos Silva.

MPT - Na manhã desta sexta-feira (13), a Comissão de Assuntos Municipais e representante dos trabalhadores estiveram no Ministério Público do Trabalho (MPT). Na reunião, saíram propostas que foram levadas à Gasmig.

O documento, assinado pelo procurador do Trabalho Antônio Carlos Oliveira Pereira, propõe que a Gasmig pague os salários atrasados referentes aos meses de agosto, setembro, outubro e seis dias de novembro. Pede ainda que a Gasmig garanta o pagamento de hospedagem e alimentação dos funcionários e assegure que eles sejam contratados pela nova empresa que dará continuidade às obras do gasoduto. "A Gasmig não se mostrou preocupada com o passivo trabalhista e ficou inerte diante da situação, que agora é muito grave", criticou o procurador.

Diante da pressão, a direção da Gasmig se comprometeu a avaliar as reivindicações. Nesta segunda-feira (16), os diretores vão se reunir com representantes da DM. "Foi difícil conseguir contato. Eles simplesmente abandonaram a obra e desapareceram. Vamos ver se virá alguém nessa reunião", disse Otávio Ferraz.

Caso a DM não compareça, atendendo sugestão da assessoria jurídica da deputada Cecília Ferramenta (PT), o departamento jurídico da Gasmig tentará uma autorização judicial para que seja feita uma medição (levantamento) de todo o trabalho executado pela DM até então. Com isso, em vez de pagar à empresa, a Gasmig poderá repassar a verba diretamente aos funcionários.

Problema anunciado - A obra do gasoduto está orçada em R$ 500 milhões e, devido à sua complexidade, foi dividida em três lotes. Na licitação, a Gasmig decidiu desabilitar a Construtora DM, por não considerá-la apta para realizar as obras de um dos lotes. A DM, por força de liminar, permaneceu na concorrência. O presidente do Sindicato, Lacir Santos Silva, teme que o problema volte a acontecer com outras empresas que estão na obra. "Hoje foi a DM. Quem garante que amanhã não será uma outra?", indagou.

Já na fase de execução das obras, a Gasmig constatou que a DM deixou de executar diversos serviços e entrou com um processo administrativo, rompendo o contrato unilateralmente.

Presenças - Deputada Cecília Ferramenta (PT).

 

 

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