Governo deve suspender leilão de imóveis hipotecados pela MinasCaixa

O governo estadual suspendeu até o final de 2010 o leilão de imóveis financiados pela extinta MinasCaixa e que haviam...

09/11/2009 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Governo deve suspender leilão de imóveis hipotecados pela MinasCaixa

O governo estadual suspendeu até o final de 2010 o leilão de imóveis financiados pela extinta MinasCaixa e que haviam sido hipotecados por falta de pagamento dos compradores. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (9/11/09), pela presidente da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputada Cecília Ferramenta (PT), durante audiência pública em Santana do Paraíso (Vale do Rio Doce). A reunião teve o objetivo de discutir a situação de 300 famílias que correm o risco de perder seus imóveis no município e nas cidades de Dionísio e Marliéria. O Salão Paroquial Máximo Ferreo ficou lotado por mutuários que acompanharam a reunião.

Segundo a deputada, a suspensão do leilão foi prometida a ela, pessoalmente, pelo vice-governador, Antonio Agusto Anastasia, e confirmado pela direção da Minas Participações S.A (MGI), empresa pública responsável pela administração dos bens do banco.

As casas que já estavam prestes a serem leiloadas ficam na periferia das três cidades. Os imóveis foram construídos no início dos anos de 1980. Com a extinção do banco estadual em 1998, muitos mutuários pararam de pagar as prestações. Presentes na audiência, alguns deles, como Maria da Conceição Silva, alegaram que suspenderam os pagamentos porque nunca foram informados sobre como proceder. "Nunca recebi nenhum boleto e nenhum comunicado", afirmou.

Todos os imóveis financiados pela MinasCaixa e que se apresentam inadimplentes foram transferidos para o Estado e colocados em leilão, sob responsabilidade da MGI. O gerente de Comercialização de Bens da empresa, Ricardo Lopes Alvarenga, afirmou que a inadimplência dos imóveis é anterior à extinção do banco, o que motivou a execução das hipotecas. Segundo ele, em todo o Estado, existem cerca de 3 mil imóveis na mesma situação.

De acordo com a deputada Cecília Ferramenta, nesse período, muitos imóveis foram revendidos pelos mutuários, com base apenas em contratos de compra e venda sem a devida transmissão da posse. Entre as famílias ameaçadas, existem moradores que já pagaram por esses imóveis e até fizeram melhorias nas casas, sem ter o conhecimento dos problemas que agora vieram à tona. A parlamentar sugeriu a criação de uma comissão de negociação para resolver o impasse, formada por representantes dos moradores, da MGI e de técnicos das Secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Fazenda. A deputada Rosângela Reis também ressaltou a importância de os moradores manterem-se mobilizados para forçar uma negociação com o Estado. Ela lembrou que o direito à moradia é previsto na Constituição Federal.

Presenças - Deputadas Cecília Ferramenta (PT), presidente; e Rosângela Reis (PV); prefeito de Santana do Paraíso, Joaquim Correia de Melo; gerente de Comercialização de Bens da Minas Participações S.A (MGI), Ricardo Lopes Alvarenga; consultor jurídico da prefeitura de Santana do Paraíso, Ranger Belizário Duarte; vice-prefeito de Santana do Paraíso, Raimundo José de Almeida; presidente da Associação dos Moradores do Bairro Águas Claras de Santana do Paraíso, Varley Cândido de Assis; presidente da Associação dos Moradores do Bairro Residencial Paraíso, Albeni Martins Lisboa; presidente da Associação dos Moradores do Bairro Cava Grande, de Marliéria, José Carlos Mateus; presidente da Associação dos Moradores do Bairro Baixa Verde, de Dionísio, Geraldo Brito Santos; presidente da Câmara Municipal de Santana do Paraíso, Pastor Etevaldo José Dias; e o técnico de Habitação da Caixa Econômica Federal, Élito Arêdes Stóffel.

 

 

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