Comissão pretende debater situação dos agentes penitenciários

As condições de trabalho e a situação funcional dos agentes de segurança penitenciários e socioeducativos deverão ser...

20/10/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão pretende debater situação dos agentes penitenciários

As condições de trabalho e a situação funcional dos agentes de segurança penitenciários e socioeducativos deverão ser debatidas em audiência conjunta de comissões, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Requerimento nesse sentido, do deputado Sargento Rodrigues (PDT), foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública na manhã desta terça-feira (20/10/09). A reunião foi acompanhada por dezenas de profissionais contratados, que permanecem em mobilização na ALMG. Agora, o requerimento precisa ser votado também pela Comissão de Administração Pública, que tem reunião às 14h30, no Plenarinho IV. A expectativa de Rodrigues é de que a audiência das duas comissões aconteça até a próxima semana.

No requerimento, o deputado lista algumas reivindicações dos servidores contratados do sistema prisional, como o retorno do vale-refeição; a concessão do prêmio por produtividade, restrito aos efetivos; treinamentos e processos de requalificação, além da aplicação de direitos advindos da Lei 18.185, de 2009, que dispõe sobre contratação temporária. O parlamentar enfatizou que existe hoje um conflito entre servidores e Governo, e que o papel do Parlamento é atuar como mediador. "Os servidores precisam de interlocução política, e as portas da Assembleia estão escancaradas", destacou, cobrando, por outro lado, agilidade no agendamento da audiência - tarefa que caberá ao presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado João Leite (PSDB).

Convidados - Os convidados para o debate são o secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior; a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena; e os presidentes da União Mineira dos Agentes de Segurança Penitenciários (Unimasp), Ronan Rodrigues da Silva, e do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária (Sindasp), José Maria Marques.

Contratados são maioria entre os agentes penitenciários

De acordo com Sargento Rodrigues, dos cerca de 13 mil agentes existentes em Minas, cerca de 10 mil são contratados. Em junho de 2008, muitos deles estiveram na Assembleia, quando reivindicaram uma solução para seu caso. Eles participaram de audiência da comissão que debateu o Projeto de Lei (PL) 1.759/07, de Rodrigues e do deputado Ademir Lucas (PSDB), que dá o direito aos contratados temporariamente de serem designados para o exercício de função pública. O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça. Na última segunda (19), os contratados fizeram manifestação na ALMG. Em entrevista à imprensa, o presidente da Unimasp, Ronan Rodrigues da Silva, informou que os profissionais permanecem em estado de greve.

O requerimento de Sargento Rodrigues foi apoiado pela vice-presidente da comissão, deputada Maria Tereza Lara (PT), que presidiu a reunião desta terça; e pelos deputados Tenente Lúcio (PDT) e Rômulo Veneroso (PV). Todos eles destacaram que a meta da comissão é agilizar o debate entre Executivo e servidores, a fim de que os direitos dos contratados sejam garantidos. A deputada enfatizou que a ressocialização dos presos depende dos agentes, que têm uma função social relevante. O deputado Tenente Lúcio sugeriu que o subsecretário de Administração Prisional, Genilson Zeferino, também participe da audiência; e o deputado Rômulo Veneroso, apesar de reconhecer a situação de instabilidade dos contratados, elogiou as ações de governo na defesa social.

Questionamento - O deputado Sargento Rodrigues criticou o fato de o requerimento da audiência não ter sido aprovado ainda na semana passada, quando ele o apresentou. O questionamento foi dirigido ao presidente, deputado João Leite, cuja ausência na reunião desta terça foi lamentada por Sargento Rodrigues. Ele enfatizou que o requerimento atende ao Regimento Interno, pois é competência da comissão a política de segurança pública. Em resposta, a deputada Maria Tereza Lara explicou que não houve votação na reunião anterior, pois se buscava um entendimento com a Comissão de Administração Pública, visando à audiência conjunta.

Desvio de função - A comissão também aprovou outro requerimento de Rodrigues, de audiência pública para discutir o desvio de função de militares, retirados do serviço operacional para exercer atividades administrativas. Segundo o deputado, a medida gera gastos desnecessários para o Estado, que acaba treinando e dando armamento para profissionais que não estarão nas ruas, além de desvalorizar o servidor. O deputado defende uma política de valorização dos policiais e a contratação de funcionários civis para exercer as funções administrativas, como ocorre, por exemplo, na Polícia Federal.

Presenças - Participaram da reunião a deputada Maria Tereza Lara (PT), que a presidiu; Sargento Rodrigues (PDT), Rômulo Veneroso (PV) e Tenente Lúcio (PDT).

 

 

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