Comissão parlamentar investiga caso de garoto baleado no
Mineirão
O caso do garoto Douglas Henrique Marinho de
Oliveira, de 13 anos, que perdeu a visão de um olho após ser
atingido por uma bala de espuma prensada, no estádio do Mineirão,
será discutido pela Comissão de Direitos Humanos nesta sexta-feira
(16/10/09). A reunião, realizada a requerimento do presidente da
comissão, deputado Durval Ângelo (PT), acontecerá às 15 horas, no
Auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O objetivo,
segundo o parlamentar, é obter esclarecimentos sobre a atuação da
Polícia Militar no controle de tumulto ocorrido quando as torcidas
do Cruzeiro e do Palmeiras deixavam o estádio, após jogo realizado
em 23/9/2009.
De acordo com informações da Polícia Militar,
publicadas pela imprensa, três disparos foram feitos para conter o
confronto entre torcedores, quando um dos portões do estádio foi
aberto. A carga de cada disparo leva três projéteis de espuma
prensada. Douglas de Oliveira foi atingido no olho direito, que não
pôde ser recuperado. Segundo informações da advogada do garoto,
Márcia de Fátima Amaral Guimarães, o policial que efetuou os
disparos já foi identificado e afastado. A família pretende entrar
com ação judicial contra o Estado, por danos físicos e morais.
Estão convidados a participar da reunião o
corregedor da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel PM Cezar
Romero Machado Santos; o ouvidor de Polícia do Estado de Minas
Gerais, Paulo Vaz Alkmin; o 1º tenente PM, Ricardo José Henrique; e
o capitão PM Marcus Aurélius Felizardo; a mãe do garoto, Vera Lúcia
Marinho; a advogada do menino, Márcia de Fátima Amaral Guimarães; o
presidente do Cruzeiro, Zezé Perrela; o presidente da Máfia Azul,
Alexandre Mendes, o presidente da Galoucura, Roberto Augusto
Pereira.
Também estão convidados os promotores de Justiça
Rodrigo Filgueira de Oliveira e José Antônio Baêta de Melo Cançado,
especializados em direitos humanos e defesa do consumidor; o
diretor-geral da Administração de Estádios do Estado de Minas Gerais
(Ademg), coronel José Estáquio Natal; o advogado Carlos Frederico
Braga, da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis); a advogada
da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Ângela Pacheco; e o
coordenador da Coordenadoria Municipal de Direitos Humanos, Daniel
Nepomuceno.
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