Bloco PT-PMDB-PCdoB prega articulação visando às eleições 2010

Uma sinalização clara de que PT, PMDB e PCdoB pretendem construir um projeto comum visando às eleições de 2010 em Min...

07/10/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Bloco PT-PMDB-PCdoB prega articulação visando às eleições 2010

Uma sinalização clara de que PT, PMDB e PCdoB pretendem construir um projeto comum visando às eleições de 2010 em Minas Gerais, conforme ocorre no plano nacional. Assim o deputado Padre João (PT) definiu uma das motivações para a criação do mais novo bloco parlamentar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com 19 deputados. Ele e outros 11 deputados concederam entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira (7/10/09), quando enfatizaram que, com o novo bloco, confere-se mais peso a obstruções e a ações isoladas que cada partido fazia antes. "É como o embrião de um projeto democrático-popular para Minas", destacou Padre João, que até o anúncio do bloco era o líder do PT e, agora, passou a liderar o bloco.

O novo bloco foi formalizado na última quinta-feira (1º/10/09) por meio de uma comunicação ao Plenário. Na Reunião Ordinária desta quarta (7), foi comunicada a indicação do líder, assim como a do novo líder da Minoria, deputado Sávio Souza Cruz (PMDB). Também presente à coletiva, Souza Cruz avalia que a criação do grupo demonstra "a disposição das bancadas de marcharem juntas nas eleições de 2010". Ainda não foi oficialmente comunicada ao Plenário, mas já divulgada, a indicação dos vice-líderes do novo bloco: deputados Adelmo Carneiro Leão (PT) e Vanderlei Miranda (PMDB), que também estavam na coletiva.

Além do bloco PT-PMDB-PCdoB, a Assembleia de Minas tem outros dois blocos: o Bloco Parlamentar Social, com 16 deputados (PV, PSB, PSC e PPS); e o Bloco Social Democrata, com 25 deputados (PRTB, PMN, PHS, PTB, PSDB e PR).

O que diz o Regimento - Segundo o artigo 71 do Regimento Interno, para ser constituído o bloco parlamentar precisa ter, no mínimo, 16 deputados (um quinto dos membros da ALMG). Ele tem existência por sessão legislativa ordinária (o ano legislativo). Se o desligamento de um partido implicar composição numérica menor que a fixada pelo Regimento, o bloco será extinto.

Deputados sinalizam postura do bloco na discussão das peças orçamentárias

O líder do bloco, Padre João, e o deputado Adelmo Carneiro Leão, vice-líder, destacaram que um dos momentos de atuação conjunta dos parlamentares será o da apreciação de projetos como os do Orçamento para 2010 e da revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2008/2011, em tramitação na Assembleia. "Ao retomarmos essa aliança firmada nas eleições de 2006, precisamos criar uma agenda comum de análise das peças orçamentárias", defendeu Carneiro Leão. Ele fez críticas sobretudo à não previsão de reajuste salarial para o funcionalismo e ao pouco investimento em áreas como saúde e pesquisa. As críticas foram reforçadas pelo deputado Sávio Souza Cruz, que avalia que o Estado vive uma esquizofrenia política: "Há o governo real e o governo que sai na mídia."

"Não vamos obstruir por obstruir, mas para aprimorar os projetos e forçar um entendimento. É um recurso que o Regimento Interno concede à Minoria para pressionar o Governo a ceder, senão somos tratorados", afirmou o deputado Padre João sobre a atuação do novo bloco. Segundo ele, é o que já tem feito a bancada do PT, que se reuniu nesta quarta com o governador em exercício, Antonio Anastasia, sobre o Projeto de Lei (PL) 3.679/09, do governador, que autoriza o Executivo a contratar empréstimo junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), no valor de US$ 461 milhões. Segundo Padre João, o PT cobrou esclarecimentos sobre a aplicação do dinheiro, e o Executivo comprometeu-se a enviar informações sobre como será usada a verba.

Eleições de 2010 provocam comentários

Bastante questionados pelos jornalistas sobre as eleições de 2010, os deputados enfatizaram que os três partidos do bloco defendem um projeto de centro-esquerda, mas ponderaram que muita coisa pode acontecer até o ano que vem.

A imprensa quis saber do deputado Padre João se o PT abriria mão da cabeça-de-chapa para o PMDB em nível estadual, a fim de garantir o apoio do partido à candidatura da ministra Dilma Rousseff à presidência. Ele respondeu que as condições das eleições serão dadas pela própria sociedade e pela conjuntura. "Não temos dúvida da importância das três lideranças que temos como pré-candidatos, que são os ministros Hélio Costa, do PMDB, e Patrus Ananias, do PT, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. Com a responsabilidade que têm, a vaidade dessas pessoas não vai falar mais alto", ponderou. Também respondendo às indagações da imprensa, disse que as pesquisas eleitorais são importantes, mas não "o único fator que define uma decisão".

Para o deputado Vanderlei Miranda, um dos vice-líderes, a pesquisa tem um papel fundamental no processo eleitoral. "Nosso candidato é Hélio Costa, mesmo por coerência, pois ele lidera as pesquisas. Nada mais justo que continuemos a fazer essa defesa, só mudando se ele próprio abrir mão da candidatura. Mas isso não nos separa do PT, que também faz a defesa do seu candidato", disse Miranda sobre o pensamento da bancada estadual do partido.

Presenças - Participaram da entrevista coletiva os deputados André Quintão, Almir Paraca, Carlos Gomes, Durval Ângelo, Padre João, Adelmo Carneiro Leão, Weliton Prado e deputada Maria Tereza Lara, do PT; Vanderlei Miranda, Sávio Souza Cruz e Ivair Nogueira, do PMDB; e Carlin Moura, do PCdoB.

 

 

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