Rede de prevenção à violência será apresentada à comissão na
terça (6)
A Comissão de Segurança Pública da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais, recebe, nesta terça-feira (6/10/09), a
professora da Faculdade de Medicina da UFMG e coordenadora do Núcleo
de Promoção Saúde e Paz, Elza Machado de Melo. Na reunião,
solicitada pela deputada Maria Tereza Lara (PT), a professora fará
uma exposição sobre o projeto Redes de Saúde e Paz, que atua na
perspectiva de compreender a situação, prevenir a violência e cuidar
das vítimas e dos agressores. A audiência está marcada para as 10
horas, no Plenarinho III.
Para a deputada Maria Tereza Lara, um dos aspectos
fundamentais para a construção da cultura da paz é a prevenção.
"Queremos conhecer projetos nessa linha, para que a comissão possa
contribuir de forma efetiva para as políticas de segurança pública",
afirmou. Para ela, o envolvimento da sociedade civil nesse trabalho
também é fundamental.
O projeto Redes de Saúde e Paz, lançado
oficialmente em 2007, foi criado para articular os conhecimentos dos
vários segmentos voltados para a prevenção da violência e hoje
reúne, só em Belo Horizonte, quase 150 parceiros do poder público e
da sociedade civil. Outros municípios do Estado já estão
participando da rede, como Betim, Ribeirão das Neves, Montes Claros
e Divinópolis.
Entre os objetivos da rede está a divulgação e a
partilha de experiências bem sucedidas contra a violência em cursos
de capacitação e atualização. Para a coordenadora do projeto, esse
debate leva ao aperfeiçoamento das práticas com foco na promoção da
saúde e da paz. "A Organização Mundial de Saúde (OMS) já considera a
violência como um dos principais problemas de saúde pública",
afirmou. Elza Machado de Melo diz que a rede trabalha agora na
formatação do mestrado profissional na UFMG com a abordagem de
prevenção da violência.
O projeto Redes de Saúde e Paz atua na análise das
ocorrências de violência, utilizando pesquisas para a compreensão
dos fatos que envolvem esses fenômenos; na busca das tecnologias
para garantir a cultura da paz (cidadania, respeito, reintegração
social); e no investimento em ferramentas psico-pedagógicas para
formar pessoas mais pacíficas. "Cuidamos das vítimas e dos
agressores, porque, em algum momento, eles também foram vítimas",
concluiu.
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