Projetos do Orçamento e do PPAG começam a tramitar na ALMG

O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebeu nesta quarta-feira (30/9/09), durante Reunião Ordinária,...

30/09/2009 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Projetos do Orçamento e do PPAG começam a tramitar na ALMG

O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebeu nesta quarta-feira (30/9/09), durante Reunião Ordinária, mensagens do governador Aécio Neves encaminhando os projetos do Orçamento do Estado para 2010 (Projeto de Lei 3.809/09) e da revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), o PL 3.808/09. As duas peças iniciam, assim, a tramitação na ALMG. O Plenário recebeu ainda o Projeto de Lei Complementar (PLC) 54/09, também do governador, que dispõe sobre a prevenção e punição do assédio moral no serviço público.

A proposta orçamentária para o próximo ano prevê receitas e despesas de R$ 41 bilhões, valor 5,48% superior ao proposto no ano passado. Desse montante, quase R$ 10 bilhões destinam-se a investimentos, sendo R$ 4,6 bilhões originados de recursos do Tesouro do Estado e R$ 5,4 bilhões das estatais e autarquias. Mesmo levando em conta a crise internacional, a estimativa do Governo é de arrecadar R$ 24 bilhões somente com o ICMS. Já em relação às despesas, 85% serão destinados às despesas correntes, sendo 48% desse montante aplicado em gastos com pessoal e encargos, o que deve inviabilizar reajuste salarial para os servidores.

Já o PL 3.808/09, da revisão do PPAG, contém as ações da administração pública, organizados por áreas de resultado e por setor de governo, além de demonstrativo dos programas incluídos e excluídos, para permitir que a sociedade possa avaliar o trabalho do governo em 2009 e propor sugestões e mudanças para 2010. Além da revisão anual, a Lei 17.347, de 2008, que estabelece o PPAG 2008-2011, prevê a realização de audiências públicas pela ALMG, com participação do Executivo. Neste ano, serão cinco etapas no interior e a reunião final em BH, entre 4 e 6 de novembro. A Assembleia também fará oficinas de treinamento para o PPAG, cujas inscrições já estão abertas.

Assédio - Quanto ao PLC 54/09, o objetivo do Executivo é adequar a legislação estadual para combate ao assédio moral, há muito tempo punido pelo direito do trabalho. O projeto define a prática do assédio e prevê medidas de proteção ao servidor vítima de assédio. Traz ainda penas para o autor do assédio, entre elas repreensão, multa, suspensão e demissão, que não impedem ações de responsabilidades civil e criminal. A proposição discrimina ainda ações preventivas a serem adotadas pela administração pública, entre elas o acompanhamento de licenças médicas em função de patologias associadas ao assédio moral.

Críticas aos governos e Orçamento para 2010

Deputados usaram a tribuna para defender ou criticar governos e também para comentar o Orçamento de 2010. Getúlio Neiva (PMDB) cobrou da União o repasse ao Estado de recursos como os da Cide, imposto aplicado sobre combustíveis, e da Lei Kandir, que compensa a perda de impostos com exportação. Segundo ele, os municípios também estão sendo prejudicados com a queda no repasse do FPM, em função da redução do IPI para alguns produtos. "O governo Lula prometeu equiparar o FPM de 2009 ao de 2008, mas não cumpriu", afirmou. Com isso, segundo Neiva, os municípios podem ficar sem recursos para pagar o 13º salário. "Este é o momento de as prefeituras receberem emendas parlamentares, mas elas estão inadimplentes", disse

Getúlio Neiva se disse preocupado com a destinação de apenas R$ 80 milhões no Orçamento de 2010 para a Copanor, responsável por programas de saneamento no Norte de Minas. "Estão sobrando recursos na União, e temos créditos desde 2005", contrapôs. Ele fez ainda críticas ao Ipsemg, que não estaria pagando precatórios alimentares, apesar do repasse de recursos do Estado para esse fim.

O deputado Zé Maia (PSDB) também recorreu ao Orçamento de 2010, mas para salientar o aumento dos recursos da saúde em Minas Gerais, da ordem de R$ 500 milhões em relação a 2009. Segundo ele, entre 2003 e 2010, esse incremento chega a R$ 1 bilhão. "Desconsiderando os gastos com saneamento básico, Minas investirá 10% em saúde", afirmou. Já considerando essas despesas, que ainda dependem da regulamentação da Emenda 29, o percentual seria de 15%, contra exigência constitucional de 12%.

Maia rebateu ainda informação do deputado Paulo Guedes (PT), que citou matéria da imprensa paulista com críticas aos investimentos de Minas em saúde. De acordo com o deputado tucano, trata-se de retaliação ao governador Aécio Neves, que ameaça a candidatura do paulista José Serra à presidência da República. Ele também rebateu críticas à atuação do IEF, salientando que em 2009, apenas três multas foram aplicadas no Jaíba. Por outro lado, Zé Maia listou as ações de Minas na região, entre elas o asfaltamento e a construção de moradias.

Já o deputado Weliton Prado (PT) abordou possíveis irregularidades cometidas no BDMG, com demissão sem justa causa de funcionários que estariam próximos de se aposentar. "Em 2008, foram gastos R$ 5,1 milhões com multas do FGTS", afirmou. De acordo com o parlamentar, o próprio Ministério Público reconheceu que houve manobra para beneficiar servidores. Prado disse que o PT e o PCdoB querem a instalação de uma CPI na Assembleia, além de explicações do conselho do BDMG, do qual participam o vice-governador Antonio Anastasia, e o vice-presidente da República Itamar Franco.

O petista comemorou ainda o fato de o Tribunal de Justiça ter proibido a Guarda Municipal de Belo Horizonte de aplicar multas de trânsito. Ele voltou a criticar a BHTrans pelo que chamou de excesso de multas, muitas delas injustificadas.

Novo partido - Durante a reunião, foi comunicada a filiação do deputado Delvito Alves, antes no DEM, ao PTB. Foram aprovados também requerimentos para realização de reuniões especiais. O primeiro, do deputado Eros Biondini (sem partido) e outros, para homenagem ao Colégio São Paulo pelos 70 anos de sua fundação. O outro requerimento, do deputado Dalmo Ribeiro Silva e outros, para homenagear a Construtora Mascarenhas Barbosa Roscoe (MBR) pelos seus 75 anos de fundação.

 

 

 

 

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