Participantes de audiência pedem mais recursos para seguro rural

O seguro é um instrumento fundamental para a atividade rural do Estado, mas faltam recursos para subvencionar os agri...

29/09/2009 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Participantes de audiência pedem mais recursos para seguro rural

O seguro é um instrumento fundamental para a atividade rural do Estado, mas faltam recursos para subvencionar os agricultores na contratação de garantias contra prejuízos na produção. Esta foi a principal conclusão da reunião desta terça-feira (29/9/09) da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Requerido pelos deputados Vanderlei Jangrossi (PP), Carlos Gomes (PT) e Chico Uejo (PSB), o debate contou com as presenças de representantes do Governo de Minas, do Banco do Brasil e da Faemg. Na reunião, também foram discutidas questões relativas ao crédito agrícola.

O presidente da comissão, deputado Vanderlei Jangrossi, disse que os produtores rurais de Minas devem se conscientizar sobre a importância do seguro em sua atividade. Segundo ele, apenas 10% dos agricultores do Estado têm algum tipo de garantia contratada. Ele argumentou, no entanto, que, antes de divulgar mais o serviço, o Governo do Estado deve aumentar o volume de recursos destinados à subvenção e ampliar o leque de culturas contempladas. Por isso, Jangrossi e o deputado Antônio Carlos Arantes (PSC), vice-presidente da comissão, apresentaram requerimentos solicitando ao Governo de Minas que inclua a fruticultura e a olericultura no programa e que eleve para R$ 30 milhões os recursos disponíveis para auxiliar os produtores. Os requerimentos deverão ser votados na próxima reunião.

O coordenador do programa estadual Minas Mais Seguro, João Marcos Caixeta Franco, disse que o Orçamento do Estado deste ano prevê cerca de R$ 30 milhões para as subvenções, mas admitiu que apenas 13% foram aplicados até agora, o que corresponde a aproximadamente R$ 3,8 milhões. O programa recebeu 4.380 propostas de agricultores, das quais 1.796 tiveram apólices aprovadas. O motivo da rejeição das outras propostas foi, na maioria das vezes, a falta de recursos.

O programa do Governo de Minas subvenciona 25% do prêmio do seguro. Uma iniciativa semelhante do Governo Federal cobre 50% do valor e atendeu, este ano, cerca de 4,5 mil produtores no Estado. As duas subvenções são cumulativas.

O gerente de Mercado de Agronegócios do Banco do Brasil, Carlos Geovane Queiroz, destacou a importância dos dois programas, já que o seguro, embora necessário, representa um custo para o agricultor. A representante da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Aline de Freitas Veloso, reforçou a reivindicação dos produtores por maior apoio na contratação dessas garantias. Ela disse que o seguro também deve ter como função assegurar a renda do produtor, no caso de prejuízos com a safra.

Crédito agrícola

O superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez, apresentou números do setor em Minas, com relevância para a elevação do crédito agrícola, que cresceu 300% entre 2001 e 2008. Antônio Carlos Arantes destacou a ação do Governo de Minas na ampliação do crédito, mas manifestou preocupação com a capacidade de os agricultores contraírem empréstimos, por causa dos custos de insumos agrícolas e da queda do preço de determinados produtos, como o café e o milho.

Na opinião do deputado Chico Uejo, a ampliação do crédito e do acesso ao seguro para o agricultor mineiro são fundamentais, mas o número de beneficiados precisa aumentar. Para o deputado Carlos Gomes, os programas de subvenção à contratação do seguro precisam ser melhor divulgados.

Requerimentos - A comissão aprovou os seguintes requerimentos: do deputado Vanderlei Jangrossi, para realização de reunião conjunta com a Comissão de Meio Ambiente a fim de esclarecer trabalhadores e comerciantes de pedra, cascalho e areia de Capelinha (Vale do Jequitinhonha) sobre a legislação ambiental; do deputado Carlin Moura (PCdoB), para que seja realizada audiência pública em Francisco Sá (Norte de Minas), em conjunto com a Comissão de Participação Popular, acerca da desapropriação de terras da empresa Itapeva em favor de famílias assentadas no local; da deputada Ana Maria Resende (PSDB), pedindo a discussão, em Montes Claros (Norte do Estado), de decreto federal que considera a mata seca da região como parte do bioma Mata Atlântica.

Presenças - Deputados Vanderlei Jangrossi (PP), presidente; Antônio Carlos Arantes (PSC), vide; Chico Uejo (PSB) e Carlos Gomes (PT).

 

 

 

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