| Programa Minha Casa, Minha Vida inicia obras na Grande 
            BH Representantes de municípios da Região 
            Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) apresentaram nesta 
            sexta-feira (25/9/09), em audiência pública realizada pela 
            Assembleia Legislativa de Minas Gerais, um balanço do programa 
            habitacional Minha Casa, Minha Vida, implementado em parceria com o 
            Governo Federal. A reunião da Comissão de Assuntos Municipais e 
            Regionalização foi requerida pelo deputado Carlos Gomes (PT) e 
            realizada na prefeitura de Contagem. O local da reunião, segundo o autor do 
            requerimento, foi uma homenagem à prefeitura de Contagem, primeira a 
            iniciar as obras do programa habitacional na RMBH. De acordo com a 
            prefeita Marília Campos, a meta é construir 5 mil moradias para 
            famílias de baixa renda até 2012. No bairro Alvorada, 288 habitações 
            começaram a ser erguidas, primeira obra do Minha Casa, Minha Vida na 
            Região Metropolitana. O cadastro para o programa, no entanto, já 
            conta com 25 mil famílias inscritas. Em Belo Horizonte, o início das obras ainda depende 
            da aprovação, pela Câmara Municipal, de um projeto de lei do 
            Executivo que destina R$ 70 milhões do Plano Plurianual e mais R$ 40 
            milhões em desoneração fiscal para o programa, entre 2010 e 2013. No 
            mesmo período, a prefeitura tem a meta de construir de 10 mil a 12 
            mil unidades habitacionais. O número representa um aumento em 
            relação às 7,2 mil moradias erguidas entre 2004 e 2008 por outros 
            programas habitacionais do município. Os dados foram apresentados na 
            reunião pelo secretário municipal de Habitação de Belo Horizonte, 
            Carlos Medeiros. Outros municípios também já iniciaram o cadastro. O 
            superintendente de Habitação de Betim, German Dário Chinchilla 
            Ceron, disse que a prefeitura já conta com 20 mil famílias 
            cadastradas. Tanto nesse município quanto em Contagem e na Capital, 
            os cadastros e as metas se referem a moradias para famílias que têm 
            renda mensal de até três salários mínimos (R$ 1.395), que têm 
            condições especialmente favoráveis do Minha Casa, Minha Vida. O 
            programa, no entanto, também oferece vantagens para as famílias com 
            renda de até dez salários mínimos, que não precisam se cadastrar 
            junto às prefeituras. Nesse caso, elas devem procurar diretamente as 
            construtoras ou a Caixa Econômica Federal para obter a carta de 
            crédito para a compra da moradia. Meta para Minas Gerais é de 88.485 imóveis De acordo com informações do gabinete do deputado 
            Carlos Gomes, a meta do Minha Casa, Minha Vida para Minas Gerais é 
            de 88.485 moradias. A Caixa Econômica Federal (CEF) é a operadora do 
            programa em todo o País, sendo responsável pelos financiamentos e a 
            intermediação entre as prefeituras e as construtoras credenciadas. 
            Às prefeituras cabe selecionar as famílias beneficiadas e os locais 
            das obras, inclusive doando terrenos, quando for possível.  O vice-presidente de Gestão de Pessoas da CEF, 
            Édilo Ricardo Valadares, disse que o déficit habitacional do País 
            não será eliminado pelo novo programa, mas ressalvou que há motivos 
            para otimismo. Segundo ele, em meados da década de 90, a CEF 
            realizava uma média de 30 a 40 mil financiamentos habitacionais por 
            ano. Em 2009, ele diz que a previsão é de 700 mil financiamentos 
            realizados, grande parte deles destinados a famílias de baixa 
            renda. Existem critérios para participação no programa que 
            são definidos pelo Governo Federal e outros que são determinados 
            pelos municípios. Só podem ser atendidas famílias que não foram 
            beneficiadas anteriormente em programas públicos habitacionais, que 
            não possuam casa própria ou financiamento e que se enquadrem na 
            faixa de renda de até dez salários mínimos.  Em Contagem, decidiu-se priorizar o atendimento a 
            famílias que vivem em áreas inundáveis ou com risco de desabamento. 
            A família atendida também deve morar em Contagem há mais de três 
            anos. O município decidiu isentar de ISS as construtoras que 
            participam do programa. Também isentou os lotes de IPTU, a partir da 
            construção, e de ITBI, para os futuros proprietários. As iniciativas de Contagem foram elogiadas pelo 
            deputado Durval Ângelo (PT), que também participou da reunião. Ele 
            ressaltou que os incentivos e iniciativa municipais ganham relevo 
            tendo em vista a queda dos repasses de ICMS para o município. "Queda 
            que não foi reposta pelo Governo do Estado, enquanto o Governo Lula 
            repôs a queda do Fundo de Participação dos Municípios", declarou o 
            deputado. Benefícios variam conforme a renda No caso das famílias que ganham até três salários 
            mínimos mensais, a prestação mensal do programa Minha Casa, Minha 
            Vida será de 10% da renda familiar. O valor mínimo é de R$ 50,00. Os 
            beneficiários não pagarão entrada ou qualquer prestação durante a 
            obra e estão dispensados da contratação de seguro. No caso de morte 
            do beneficiário ou invalidez permanente, o saldo devedor será 
            assumido pelo Fundo Garantidor do Governo Federal. O prazo de 
            quitação do imóvel é de dez anos.  Para essas famílias, serão destinados dois tipos de 
            moradia: uma casa com sala, cozinha, banheiro, dois quartos e área 
            de serviço com tanque; ou um apartamento com sala, cozinha, área de 
            serviço, banheiro e dois quartos, em prédios com quatro ou cinco 
            andares. Já para famílias que ganham de três a dez salários 
            mínimos, o valor máximo do imóvel a ser financiado é de R$ 100 mil 
            para os municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte ou com 
            mais de R$ 500 mil habitantes. Nos demais municípios, o valor máximo 
            é de R$ 80 mil. A ajuda financeira pode chegar a R$ 17 mil, conforme 
            a renda familiar. O prazo de pagamento é de 30 anos, com taxas de 
            juros que também variam de acordo com a renda. Para a renda familiar 
            de até cinco salários mínimos, a taxa é de 5% ao ano, mais TR. Entre 
            cinco e seis salários, taxa de 6% ao ano, mais TR. Para os que têm 
            renda entre seis e dez salários mínimos, a taxa é de 8,16%, mais 
            TR. Presenças - Deputados 
            Carlos Gomes (PT) e Durval Ângelo (PT). Também participaram da 
            reunião o prefeito de Esmeraldas, Luís Flávio Leroy; o prefeito de 
            Raposos, João Carlos da Aparecida; o presidente da Câmara Municipal 
            de Contagem, Irineu Inácio; o vice-prefeito de Contagem, Agostinho 
            Silveira; e o superintendente da Regional Centro-Minas da Caixa 
            Econômica Federal, Rômulo Martins de Freitas         |