Plenário mantém dois vetos parciais do governador

Dois vetos parciais do governador foram mantidos na Reunião Extraordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de M...

23/09/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Plenário mantém dois vetos parciais do governador

Dois vetos parciais do governador foram mantidos na Reunião Extraordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais desta quarta-feira (23/9/09). As proposições de lei vetadas tratam de doação de imóvel e da Política Estadual do Livro.

A Proposição de Lei 19.168 é originária do Projeto de Lei (PL) 614/07, do deputado Leonardo Moreira (DEM), e autoriza doação de um terreno de 40 mil m2 ao município de Sabinópolis (Vale do Rio Doce) para a instalação da guarda mirim e de programas de erradicação do trabalho infantil. O dispositivo vetado foi o parágrafo 2º do artigo 1º.

Esse parágrafo, incluído no projeto por emenda, destinava parte da área para a cooperativa de produtores de cachaça da cidade. Mas a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) argumentou que, ao reservar parte do imóvel para os trabalhos de uma entidade privada sem a correspondente licitação, há uma doação indireta para particular, o que contraria a Constituição Estadual. A Comissão Especial havia opinado pela manutenção do veto.

Já a Proposição de Lei 19.219 teve origem no PL 614/07, do deputado Weliton Prado (PT), que institui a Política Estadual do Livro. O artigo 5º, que foi vetado, determina que o Executivo estabeleça no Orçamento do Estado verba destinada às bibliotecas públicas para sua manutenção e para a aquisição de livros. Nas razões do veto, o governador alegou inconstitucionalidade do artigo, uma vez que, pela Constituição Federal, matérias orçamentárias são de iniciativa do privativa do Executivo.

Multas ambientais provocam debates

Após a votação dos dois vetos, os debates se concentraram na questão das multas ambientais no Norte de Minas, que têm levado o deputado Paulo Guedes (PT) a insistir na criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O documento precisa de 26 assinaturas para ser protocolado. Os deputados Carlin Moura (PCdoB), Paulo Guedes e Padre João (PT) insistiram na necessidade da CPI, já que a atuação do Instituto Estadual de Florestas (IEF), na avaliação deles, vem atrapalhando a atividade dos pequenos produtores da região. Opinião semelhante foi defendida pelo deputado Antônio Júlio (PMDB), que lamentou a política de multas do Estado.

Já o deputado Arlen Santiago (PTB) creditou o problema ao Decreto Federal 6.660, de novembro de 2008, que classificou a mata seca do Norte de Minas como Mata Atlântica. Com isso, extensas áreas, incluindo o Projeto Jaíba, ficaram impossibilitadas para o uso da agropecuária. "Até os assentamentos da reforma agrária estão impossibilitados de plantar depois do decreto", afirmou o deputado.

 

 

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