Assembleia inicia debate sobre aquicultura em Minas

Sede de cinco universidades federais e outras instituições federais e estaduais que realizam pesquisas sobre criação ...

22/09/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Assembleia inicia debate sobre aquicultura em Minas

Sede de cinco universidades federais e outras instituições federais e estaduais que realizam pesquisas sobre criação de peixes, Minas Gerais é hoje responsável por apenas 3,1% da produção nacional. A busca de caminhos para superar essa disparidade entre pesquisa e produção no setor foi tema de audiência pública conjunta realizada nesta terça-feira (22/9/09) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Requerida pelos deputados Adelmo Carneiro Leão (PT), Carlos Gomes (PT), Antônio Carlos Arantes (PSC) e Domingos Sávio (PSDB), a reunião contou com a participação de deputados das Comissões de Política Agropecuária e Agroindustrial e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Para o deputado Adelmo Leão, o encontro foi um primeiro passo de um esforço de planejamento da aquicultura no Estado, que inclua instituições governamentais, acadêmicas e produtivas. "É o início de uma discussão que vai se concluir com a união de todos os atores", afirmou o parlamentar. Já o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Fábio Avelar (PSC), incentivou a realização de outros debates sobre o tema, que possibilitem até mesmo a criação de uma comissão especial para analisar o assunto.

Diferente da pesca extrativista, a aquicultura consiste na criação peixes, moluscos, crustáceos, rãs e algas. A distância entre o potencial mineiro para essa produção e o pouco que é realizado marcou os depoimentos da reunião desta terça. O superintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura, Vagner Benevides, disse que Minas é o estado que tem maior número de estações de piscicultura: 20. "No entanto, quem precisa de alevinos precisa buscar na Bahia", criticou o dirigente federal. Ele cobrou mais ação e colaboração do Estado. "Minas não tem uma secretaria que trate da pesca e aquicultura. Não temos um interlocutor no Estado", afirmou.

O superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Ricardo Albanez, lembrou que em 2008, pela primeira vez, a aquicultura alcançou a pesca extrativista em produção mundial. No Brasil, em 2007, 46% da produção veio da aquicultura.

Representantes da Cemig e das Universidades Federais de Minas Gerais, de Lavras, de Uberlândia, do Triângulo e de Viçosa, além do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (Ifet) apresentaram seus projetos, estrutura, equipamentos e linhas de pesquisa ligados à aquicultura e preservação da fauna aquática. Presente na reunião, o pesquisador da Epamig Vicente Gontijo ressalvou que essas iniciativas, apesar de fundamentais, não têm foco em tecnologia aplicada, algo que a empresa do Estado pode fazer. "Só que a Epamig não tem instalações adequadas", afirmou.

O deputado Domingos Sávio (PSDB) disse que o setor da aquicultura ainda carece de investimentos e regulação, além de uma articulação que represente o setor de forma adequada. O deputado Carlos Gomes (PT) destacou o avanço que a criação do Ministério da Pesca e Aquicultura representou para o segmento. Fábio Avelar lembrou a promulgação da Lei 14.181, de 2002, derivada de projeto de lei de sua autoria, que regulamentou a pesca e a aquicultura no Estado. Ele elogiou a participação dos pescadores na discussão e aprovação do projeto, na Assembleia.

O presidente da Federação dos Pescadores do Estado de Minas Gerais, Valtin Quintino da Rocha, disse que a categoria tem 25 mil profissionais, que poderiam ser aproveitados no desenvolvimento da aquicultura.

Presenças - Deputados Fábio Avelar (PSC), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Vanderlei Jangrossi (PP), presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial; Carlos Gomes (PT), Domingos Sávio (PSDB), Adelmo Carneiro Leão (PT) e Paulo Guedes (PT). Além dos convidados citados no texto, participaram o reitor da Universidade Federal de Viçosa, Luiz Cláudio Costa; o reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro, Eurípedes Ferreira; o gerente de Estudos e Manejo da Ictiofauna da Cemig, Newton Prado; o professor e membro da Comissão de Psicultura da Universidade Federal de Uberlândia, Noé Ribeiro da Silva; o vice-reitor da Universidade Federal de Lavras, Elias Tadeu Fialho; e o assessor da área de Ciências Agrárias da UFMG, Roberto Baracat.

 

 

 

 

 

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