Evento vai discutir importância do etanol para economia
mineira
Responsável por uma produção de 2,3 bilhões de
litros de etanol e 2,7 milhões de toneladas de açúcar, o setor
sucroalcooleiro do Estado, que mantém 120 mil empregos diretos e
indiretos, se prepara para o ciclo de debates que será realizado
pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Em parceria com
diversas entidades, o evento será realizado no dia 29 de outubro, na
ALMG, conforme definido nesta terça-feira (15/9/09) em reunião
preparatória coordenada pelo deputado Zé Maia (PSDB).
O ciclo de debates terá como eixo principal o
impacto do etanol no desenvolvimento de Minas Gerais. Vão ser
realizados três painéis: "A importância do etanol na matriz
energética brasileira e o desenvolvimento de Minas"; "O impacto da
produção e comercialização do etanol na economia mineira"; e "A
cadeia produtiva do etanol: pesquisa, tecnologia e meio ambiente".
Vão ser convidados para fazer palestras pesquisadores, produtores,
trabalhadores e representantes do Ministério Público.
Segundo o deputado Zé Maia, o ciclo terá um olhar
sobre os lados econômico, social e ambiental, por isso a escolha dos
nomes para falar nos painéis e debates tem privilegiado todos os
lados da questão. Já o deputado Vanderlei Jangrossi (PMDB),
presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial,
ressaltou a importância do evento como forma de desmistificar a
atividade, "que sofre muito preconceito e é penalizada com alta
tributação". Ele se referiu à reunião realizada pela comissão em
2008, em Uberaba (Triângulo Mineiro), quando os produtores
reclamaram da carga tributária excessiva sobre o álcool e sobre os
equipamentos agrícolas.
Panorama - O setor
sucroalcooleiro em Minas é responsável por uma produção de 2,3
bilhões de litros de etanol e 2,7 milhões de toneladas de açúcar, o
que representa 8% do total do Produto Interno Bruto (PIB) do
agronegócio mineiro, ou cerca de R$ 7 bilhões, até junho deste ano.
O segmento mantém 120 mil empregos diretos e indiretos; dos empregos
diretos 45% (19 mil trabalhadores safristas), e o restante (24 mil)
são empregos permanentes. E ocupa 1% da área total do Estado, com
quase 70% da produção de cana concentrada nas regiões do Triângulo e
Alto Paranaíba, segundo dados do Siamig/Sindaçúcar, que congrega 43
associados.
Presenças - Deputados Zé
Maia (PSDB), coordenador do ciclo de debates; Vanderlei Jangrossi
(PMDB) e Fábio Avelar (PSC). Também participaram da reunião Mário
Campos e Mônica Santos, do Siamig/Sindaçúcar; Rômulo Campos, da
Fetaemg; Antônio Álvaro Corsetti Purcino, chefe adjunto de Pesquisa
da Embrapa Sorgo e Milho, de Sete Lagoas; e Carlos Silveira, do
IEF.
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