Projeto nutricional Pão Forte é tema de debate em
comissão
O Pão Forte, um tipo de farinha reforçada com
vitaminas e diversos alimentos, é o tema de audiência pública
programada pela Comissão de Participação Popular para esta
quinta-feira (17/9/09), às 14h30, no Auditório da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais. O deputado João Leite (PSDB) solicitou
a reunião para avaliar, em especial, o projeto implantado no
município de Comercinho e outros do Vale do Jequitinhonha, desde
2006.
O projeto é apoiado pela Fundação Oswaldo Cruz em
Minas Gerais, por meio do Centro de Pesquisas René Rachou, em Belo
Horizonte. O Pão Forte Educativo foi implantado em Comercinho por
convênio entre o Instituto de Cidadania dos Empregados do BDMG
(Indec) e a prefeitura. Também são parceiros no projeto a
Pastoral da Criança e o Comitê das Entidades no
Combate à Fome e pela Vida (Coep).
A farinha reforçada, chamada de Pão Forte
Educativo, foi criada no início da década de 90 pelo professor
aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Munir
Chamone. Segundo o pesquisador, a farinha é uma simplificação bioquímica da cesta básica e é preparada com a
mistura de arroz, soja, fubá, farinha, trigo, óleo de soja, ferro,
açúcar, amendoim, sal e com o complemento de duas vitaminas - A e
B12 - que são misturadas à água. Depois disso, o alimento pode ser
servido como mingau ou mesmo se transformar em massa de
pão. O objetivo de Chamone
foi ajudar no combate à desnutrição infantil, oferecendo um produto
barato e prático, ideal para utilização em áreas
carentes.
Ao requerer a reunião, o deputado João Leite
argumentou que o pão forte tem se revelado eficiente
no combate à desnutrição, contribuindo para melhorar o rendimento
escolar e diminuir a evasão. "O custo é de 30% a 50% menor que o do
pão francês", afirmou o parlamentar, defendendo a ampliação do
projeto.
Convidados - O professor
Munir Chamone é um dos convidados para a reunião, juntamente com o
secretário executivo do Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela
Vida (Coep), Ricardo José Dinelli Costa, da Rede Nacional de
Mobilização Social de Minas Gerais; o diretor do Centro de Pesquisas
René Rachou, Rodrigo Corrêa de Oliveira; o prefeito Municipal de
Comercinho, Rogério Rocha Rafael; e o diretor-presidente do
Instituto de Cidadania dos Empregados do BDMG (Indec), Ênio Diniz
França Júnior.
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