Servidores contratados da Fhemig protestam contra demissões

A proposta de transferência dos servidores contratados da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) para a MGS, em...

09/09/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Servidores contratados da Fhemig protestam contra demissões

A proposta de transferência dos servidores contratados da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) para a MGS, empresa de terceirização de mão-de-obra, não agradou aos representantes da categoria. Eles participaram na tarde desta quarta-feira (09/09/09) de reunião da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a pedido do deputado Adelmo Carneiro Leão (PT).

Os trabalhadores foram contratados pelo Estado por meio de contratos temporários, com renovação a cada seis meses, mas centenas deles - a maioria copeiros, faxineiros, cozinheiros, seguranças - já está há mais de 10 anos nessa situação. Agora, os profissionais alegam que estão sendo demitidos sem direito algum, situação considerada inadmissível pelo parlamentar. "Os trabalhadores não podem ser tratados como material de descarte. Eles não estão irregulares. Quem está irregular é o Estado, que permitiu que um contrato temporário virasse permanente. Agora não é justo que saiam com uma mão na frente e outra atrás", afirmou.

Com o apoio dos servidores que lotaram a galeria do Plenarinho I da ALMG, o parlamentar reivindicou que o governo arque pelo menos com direitos trabalhistas, como fundo de garantia, férias, 13º salário e outros. "Dizer que não há lei para amparar um trabalhador que dedicou boa parte de sua vida ao serviço público é até crueldade", afirmou.

O vice-presidente da Fhemig, Cristiano Canêdo, informou que está cumprindo um acordo feito inicialmente com os trabalhadores, com a participação do Ministério Público, transferindo-os para a MGS por seis meses. Nesse período, eles passariam a ter os direitos trabalhistas assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e poderiam se preparar para uma seleção pública feita pela própria MGS. "Quase 50% dos servidores da Fhemig mantinham esses contratos precários. Essa situação irregular vem de administrações passadas e precisava ser resolvida. Agora terão a segurança jurídica da CLT", afirmou.

Concurso - Cristiano informou que no âmbito na Fhemig não existem cargos que exijam apenas nível elementar, conforme atual política do Governo do Estado em relação à estrutura do funcionalismo público.

O vice-presidente da Fhemig informou que a instituição vai realizar em breve mais um concurso público, com mais de 4 mil vagas de nível médio e superior. "O edital foi suspenso para alterações. Agora estamos esperando a liberação do Ministério Público para que o edital seja publicado novamente nos próximos dias", informou.

Cristiano Canêdo se comprometeu a acompanhar o processo de seleção a ser feito pela MGS para que o máximo possível de profissionais hoje na Fhemig sejam posteriormente aproveitados. "Se o cargo é para auxiliar de cozinha, temos que elaborar um certame que exija exatamente a qualificação que desejamos", disse, referindo-se à participação de candidatos com nível médio e superior em concursos que cobram ensino básico.

O diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sindsaúde), Renato de Barros, reclamou que a passagem dos servidores para a MGS vai ficar mais cara para o Estado. Ele pediu a intervenção da Assembleia Legislativa para acompanhar a negociação e reivindicou que a experiência e o tempo de serviço dos atuais trabalhadores sejam levados em conta no processo de seleção da MGS.

Já o diretor da Associação dos Trabalhadores da Fhemig (Asthemg), Carlos Martins, disse que ao banir o concurso para cargos de 1º grau, o governo está "elitizando", o serviço público: "Por que aqueles que não têm nível superior não podem ter uma carreira no setor público? Por isso que problemas como esse acontecem", resumiu.

A deputada Rosângela Reis (PV) e o deputado Ivair Nogueira (PMDB) manifestaram apoio aos trabalhadores e apelaram para a busca de uma solução negociada.

Requerimento - Antes de tratar da situação da Fhemig, a comissão aprovou requerimento da deputada Ana Maria Resende (PSDB) para a realização de audiência pública em Montes Claros (Norte de Minas), para a divulgação feita pela prefeitura e Associação Comercial local sobre a lei que regulamenta a profissão de empreendedor individual.

Parecer - A comissão aprovou ainda parecer de 1º turno ao Projeto de Lei (PL) 3.382/09, da deputada Ana Maria Resende, que dispõe sobre a proibição de venda de bebidas alcoólicas a crianças e adolescentes.

A relatora Rosângela Reis opinou pela aprovação na forma do substitutivo nº 2, que amplia o leque de sanções já existentes para inibir a prática de venda ilícita de bebidas alcoólicas a crianças e adolescentes, sem prejudicar as demais sanções impostas pela legislação em vigor.

Conforme esse substitutivo, o projeto fixa penas de advertência e multa (que pode ser dobrada em caso de reincidência) a estabelecimentos comerciais que venderem, servirem ou fornecerem bebidas alcoólicas a menores de 18 anos

Presenças - Deputada Rosângela Reis (PV), presidente, e Cecília Ferramenta (PT); deputados Adelmo Carneiro Leão (PT) e Ivair Nogueira (PMDB).

 

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

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