Projeto que amplia objeto social da Cemig passa pela CCJ

Já começou a tramitar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais o projeto que amplia o objeto social da Cemig, inclui...

02/09/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Projeto que amplia objeto social da Cemig passa pela CCJ

Já começou a tramitar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais o projeto que amplia o objeto social da Cemig, incluindo o desenvolvimento e a exploração de sistemas de telecomunicação e informação. É o Projeto de Lei (PL) 3.619/09, do governador, que altera a Lei 8.655, de 1984, que dispõe sobre a mudança de denominação da Centrais Elétricas de Minas Gerais para Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e sobre a ampliação de seu objetivo social. Ele passou nesta quarta-feira (2/9/09) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e agora segue para a Comissão de Administração Pública antes de estar pronto para o Plenário, em 1º turno.

O relator pela CCJ, deputado Sebastião Costa (PPS), havia opinado em reunião anterior pela constitucionalidade do projeto, mas a votação do parecer foi adiada em função da distribuição de cópias (avulsos) do texto, para análise dos parlamentares. O artigo 1º do projeto dá nova redação ao inciso II do parágrafo 1º do artigo 2º da lei de 1984, de forma a permitir à Cemig a exploração comercial de serviços na área de telecomunicação e informação, como telefonia, TV a cabo e internet, sem prejuízo das suas atividades nos diferentes campos de energia.

Apesar da aprovação do parecer, o líder do PT, deputado Padre João, afirmou que a bancada continuará a questionar a proposta da Cemig nas demais comissões e também no Plenário. "A companhia está em dívida com o povo mineiro, pois não está dando conta da sua obrigação principal, que é levar energia a todos. A Cemig precisa cumprir esse objetivo antes de investir em outras searas", afirmou. O deputado fez referência explícita ao programa Luz para Todos, que pretende universalizar o acesso à energia em Minas. Segundo ele, apesar da demanda existente de 115 mil ligações, a Cemig teria licitado apenas 53 mil, serviço a ser concluído até dezembro de 2010.

Apesar de também cobrar agilidade na execução do programa Luz para Todos, enfatizando que milhares de famílias do campo estão prejudicadas com a falta de energia, o deputado Chico Uejo (PSB) defendeu a ideia do governo, afirmando que o acesso às novas tecnologias é essencial para o desenvolvimento do Estado. O relator reforçou essa fala, afirmando que a Cemig descobriu um nicho de mercado importante, que pode dar bons resultados à companhia. Sebastião Costa afirmou que o Luz para Todos não é assunto que deva ser discutido junto com o PL 3.619/09 e ponderou que o programa tem recursos não somente de Minas, mas também do Governo Federal. Já o presidente da CCJ, deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), lembrou que o projeto ainda será objeto de debates na Assembleia, antes de ser votado.

Governo dá explicações na mensagem encaminhada à ALMG

Segundo o governo, a Cemig participa hoje de 43 empresas e sete consórcios para o desenvolvimento de atividades direta ou indiretamente relacionadas ao seu objeto social. O PL 3.619/09 pretende ampliar esse campo de atuação. "Os serviços de desenvolvimento e exploração de sistemas de telecomunicações, associados à vasta malha de redes de transmissão e distribuição do grupo Cemig, têm ganhado considerável importância nos seus processos de trabalho. Viabilizam infraestrutura econômica e eficiente de suporte de telecomunicações. Ademais, para além do consumo interno, esses serviços, de caráter instrumental, também tendem a gerar receitas adicionais e aumentar a lucratividade da estatal", informa a Secretaria de Desenvolvimento Econômico na mensagem que encaminhou o projeto à ALMG.

O governo destaca que a Cemig tem uma capacidade excedente de infraestrutura como reserva de segurança de informações, o que torna factível a comercialização associada de programas de informação a possíveis interessados. De acordo com o Executivo, esses sistemas de telecomunicações e de informação poderão ser desenvolvidos isoladamente pela estatal, bem como por intermédio de empresas de que participe, majoritária ou minoritariamente, pois a legislação concede-lhe tal possibilidade.

O relator destaca que o envio do PL 3.619/09 à Assembleia é o reconhecimento da importância do Legislativo na definição das políticas públicas em âmbito estadual. Além disso, é uma demonstração de obediência à Lei Federal 6.404, de 1976, que exige que o objeto social das sociedades anônimas seja definido de modo preciso e completo. De acordo com o parecer, a redefinição do objeto social depende de expressa previsão na lei que autorizou a criação da companhia de economia mista.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), presidente; Chico Uejo (PSB), vice; Padre João (PT), Ronaldo Magalhães (PSDB), Sebastião Costa (PPS), Lafayette de Andrada (PSDB) e Gláucia Brandão (PPS).

 

 

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